Primórdios da Fundação

A concepção da principal obra de Asimov

Thiago Patrício
Nexus: AOF
15 min readMar 4, 2016

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Tida como um dos pilares da literatura de ficção científica, Fundação é uma série de sete livros concebida pelo escritor e bioquímico russo, Isaac Asimov, entre os anos de 1942, quando ainda publicada pela revista Astounding Stories, e 1993, quando seu último volume, Origens da Fundação, foi lançado.

A trama mostra um futuro onde a humanidade se desenvolveu e expandiu por toda a Via Láctea, colonizando uma série de planetas e se organizando sócio-politicamente através da formação de um Império. Desta forma, o Império Galáctico reina absoluto há mais de dez mil anos, forte e inabalável aos olhos de todo e qualquer cidadão, com excessão de Hari Seldon, matemático que diz ter criado uma ciência estatística capaz de prever o futuro da raça humana, a psico-história.

Através da psico-história, Seldon alega prever a queda do Império galático e o consequente surgimento de uma era de trevas e barbaridades que perdurará por trinta mil anos. O matemático cria então um plano para diminuir os anos de catástrofe que virão, estabelecendo uma organização responsável por preservar todo o conhecimento e história da humanidade. Surge assim a Fundação.

Essa publicação visa analisar a construção e importância do primeiro livro da série, chamado apenas de Fundação. Para isso, faz-se necessário um estudo sobre o contexto histórico da literatura de ficção científica da época, responsável por uma série de obras que tratavam do tema de viagens intergaláticas.

Abordaremos ainda as inspirações de Asimov e a forma como o autor utiliza conceitos e ideias populares dentro do gênero de ficção para construir de forma singular a sua narrativa.

O alvorecer da ficção científica: a Era de Ouro

Enraizada na cultura pop através de filmes, quadrinhos, livros e jogos, a ficção científica surgiu primeiramente pelo meio literário ainda no século XIX, com obras como Frankestein, de Mary Shelly, e Vinte Mil Léguas Submarinas, de Julio Verne. Impulsionados pelos avanços no campo da ciência e tecnologia que ocorriam na sociedade da época, autores começaram a se aventurar em histórias que especulavam sobre o futuro da raça humana e como as tecnologias criadas poderiam agir mais a frente.

Segundo o próprio Asimov:

“A ficção científica é uma resposta literária a modificações científicas, resposta esta que pode abarcar a inteira gama da experiência humana. A ficção científica engloba tudo.”

Nascido em Petrocichi, na antiga União Soviética, Isaac Asimov se mudou para Nova York com seus pais em 1923, quando tinha apenas três anos de idade. O jovem russo passou sua infância lendo as chamadas Revistas Pulp, especializadas em temas relacionados a ficção e que, em 1926, ganhara uma seção destinada somente à histórias do gênero de ficção científica, a chamada Amazing Stories.

Influenciado pelas histórias que lia, Asimov começou a escrever seus primeiros contos com onze anos, passando a vende-los a partir dos dezenove. As histórias passaram a ser publicadas na revista Astounding Stories, sob editoria de John W. Campbel, um dos principais responsáveis pela divulgação do gênero de ficção científica na década de 1940.

A revista de Campbell contava ainda com outros grandes nomes do gênero como Robert Heinlein, Theodore Sturgeon, Arthur C. Clarke e E. A Van Vogt. Essa geração de escritores compôs o que chamamos de Era de Ouro da Ficção Científica, como aponta a pesquisadora Fátima Régis em seu trabalho”Nós, ciborgues: tecnologias da informação e subjetividade homem-máquina” (2011, p. 18)

“John Campbell exerceu grande influência sobre o formato e o estilo da ficção científica no período 1938–1950, denominado The Golden Age. Planetas exóticos e raças alienígenas forneciam os cenários para aventuras intergaláticas, que exploravam o imaginário das invençoes científicas da época.”

Em um cenário com temáticas parecidas, o grande diferencial era a forma como cada autor tratava os assuntos. Nesse ponto, Asimov destacava-se por conferir aos seus enredos, personagens e tramas, caracterísicas novas e até então pouco exploradas. Um exemplo disso é a maneira como o escritor redefiniu as figuras dos robôs (ver primeira parte do nosso especial Asimov: Eu, Robô), que ganharam uma nova roupagem e uma profundidade que fugia ao complexo de Frankenstein, responsável por caracterizar as criaturas robóticas como monstros ou apenas seres que acabavam se voltando contra a raça humana.

Em meio ao imaginário que levou Asimov a inventar e reinventar formas de se trabalhar elementos em seus contos na Astounding, uma nova ideia surgiu a partir da leitura de uma obra escrita em 1776. Era hora de pensar sobre o futuro a partir de elementos do passado.

Uma história sobre o futuro inspirada no passado

Escrevendo contos para a Astounding Stories desde o início da década de 1940, Asimov viu em uma obra sobre o declínio de uma das maiores civilizações da história da humanidade, a inspiração para a criação de algo novo.

O livro A História do Declínio e Queda do Império Romano foi escrito pelo historiador inglês Edward Gibbon, tendo sido lançado em seis volumes entre os anos de 1776 e 1788. A obra é considerada por muitos historiadores como a primeira da modernidade, sendo ainda a mais famosa da historiografia inglesa.

Autointitulado iluminista, Gibbon não utilizou de explicações religiosas para tratar o assunto, ao invés disso, o texto foi feito a partir de uma pesquisa criteriosa e minuciosa a fontes e documentos históricos sobre o Império Romano. Segundo o próprio historiador, esse período da história pode ser visto como “o triunfo da barbárie e da religião sobre as nobres virtudes romanas.”

Não se sabe quando Isaac Asimov leu o livro de Gibbon, porém o escritor russo diz ter encontrado em A História do Declínio e Queda do Império Romano, os elementos que precisava para desenvolver a premissa dos vindouros contos da Fundação.

O conceito de Fundação foi desenvolvido junto a John W. Campbel e as oito primeiras histórias da série foram lançadas na revista Astounding entre maio de 1942 e janeiro de 1950. O livro Fundação foi lançado em 1951, contando com quatro das oito histórias iniciais, além de um novo conto, escrito diretamente para compor a história do primeiro volume.

Talvez seja nesse primeiro livro que as influências da obra de Edward Gibbon estejam mais presentes. É curioso notar que o Império Galático criado por Asimov não é retratado como uma figura totalmente opressora e vilanesca, mas sim como uma ordem política responsável por trazer grandes avanços e conhecimentos a humanidade e que, no momento, atravessa um período marcado por algumas falhas e traços de corrupção. O paralelo feito com a visão do historiador inglês sobre o Império Romano é mais do que claro.

Os fatores que seriam responsáveis pela queda do Império Galático também podem ser considerados motivos que levaram o Império Romano à ruína. Segundo o personagem Seldon, quando interrogado pelos membros superiores do Império:

“ … a queda do império, cavalheiros, é uma coisa sólida e não será fácil evita-la. Ela é ditada por uma burocracia em ascenção, um dinamismo em declínio, um congelamento de castas, um represamento da curiosidade e uma centena de outros fatores.”

O matemático social criado por Asimov termina seu discurso com uma previsão dos anos caóticos de trevas e barbáries que viriam a seguir.

“Guerras interestelares serão intermináveis; o comércio interestelar entrará em declínio; a população declinará; mundos perderão contato com o principal corpo da galáxia — e assim as coisas permanecerão”

Mais uma vez, o texto de Asimov segue a linha da história, no intuito de salientar a sua visão cíclica da trajetória humana, visto que, após a queda do Império romano, conflitos sucessivos pelos domínios de terra, regiões e bens de valor cultural e financeiro, anteriormente pertencentes à Roma, aconteceram por centenas de anos, levando a morte de milhões de pessoas.

Momentos como a perda do controle imperial nas áreas de periferia, ou os futuros embates da Fundação com o Império, são mais associações que podem ser traçadas entre as duas obras. Mas Fundação não é só a mesma história contada de maneira diferente. O principal êxito do título são os conceitos e ideias criados, além da maneira como se estabelece e desenvolve a narrativa.

Fundação e a forma Asimoviana de contar histórias

Os críticos literários costumam classificar Isaac Asimov como um escritor não literato. Isso significa que o autor é pouco descritivo ao longo das páginas de seus livros. Cenas grandiosas que poderiam ser relatadas por dúzias de palavras são resumidas em frases ou em um único parágrafo, e isso não foge a narrativa de Fundação.

O que temos nesse primeiro livro, e em toda a série, é uma história contada na base do diálogo entre os personagens. Asimov confere ao texto de Fundação um dinamismo característico, dando ao leitor quase todo o trabalho de imaginar os trechos da história.

Para o escritor russo, a coerência interna da narrativa é o elemento mais importante para uma boa história de ficção científica, como ele mesmo aponta ao falar sobre o livro Viagem ao centro da Terra (1864), de Jules Verne:

“a história de Jules Verne tudo narra em pormenores tão cuidadosos que se mostra suficientemente interessante a ponto de nos permitir esquecer suas limitações científicas”

Júlio Verne foi um escritor francês pioneiro do gênero de ficção científica. Os temas trabalhados em seus livros eram pesquisados exaustivamente pelo autor. Desta forma, as histórias conciliavam fatos históricos e científicos com suposições do imaginário de Verne, o que enriquecia e credibilizava mais os argumentos dos enredos.

De Verne, Isaac Asimov herdou a narrativa de aventura, o hábito de estudar sobre os temas que iria escrever e o poder de raciocinar e teorizar seus argumentos a partir de seu imaginário científico.

Sendo assim, o escritor russo estabelece uma aventura intergalática em Fundação, cujo argumento foi construído e desenvolvido a partir de um um estudo sobre a queda do Império Romano, feito através do livro de Gibbon, sob o imaginário futurístico de viés científico de Asimov.

Se em Viagem ao centro da Terra, a aventura é narrada em primeira pessoa pelo personagem Axel, em Fundação as coisas são bem diferentes. O livro de Asimov não depende de um único personagem, mas de vários deles. A trama se passa através dos anos que sucedem a criação da Fundação e os personagens vem e vão através das estórias. As únicas constantes de toda a história são a própria Fundação e o Plano Seldon.

O avanço temporal entre cada conto de Fundação poderia atrapalhar a coesão do enredo e dificultar a relação do leitor com a obra, porém, Asimov conduz muito bem sua narrativa a partir da inserção de novos elementos, personagens, tramas e desfechos épicos que prendem a atenção do leitor e conectam muito bem os pontos principais da história.

Ainda sobre a importância da narrativa, destacamos a colocação do escritor e pesquisador Bráulio Tavares:

“Cada narrativa de fc nos mostra, por baixo das aventuras que conta e dos ambientes que descreve, uma tensão permanente entre o conhecido e o desconhecido. Em termos de enredo, isso se manifesta muitas vezes através da chegada de um personagem estranho em nosso mundo, ou da viagem de um de nós a um espaço (ou tempo) diferente do nosso. Tais situações forçam os personagens (e o leitor) a se depararem com situações ‘além da imaginação’, nas quais ele é obrigado a identificar, prever e controlar fenômenos inexplicáveis (TAVARES, 1986, pg. 17).

A passagem da obra de Tavares chama a atenção para a questão do diferente.

A narrativa da ficção científica tem a capacidade de problematizar o próprio humano ao nos apresentar um futuro a partir das tecnologias e questionamentos do nosso presente. Temos então um mundo novo e desconhecido criado a partir daquele em que vivemos.

No universo de Fundação, tecnologias e conceitos científicos da época são constantemente repensados no futuro. Encontramos alí naves espaciais capazes de viajar a uma velocidade de anos luz, a tecnologia nuclear utilizada de diversas maneiras diferentes, armas tecnológicas especiais, entre diversas outras coisas.

Outro rótulo atribuído a Asimov é o de escritor expoente da chamada ficção científica hard, por colocar o campo das ciências teórico-experimentais (física, a química, astronáutica …), como plano principal em suas histórias. O primeiro livro de Fundação pode ser enquadrado como um exemplo da ficção científica hard, visto que Terminus, o planeta onde se localiza a Primeira Fundação, é o centro do conhecimento científico de toda a galáxia.

No decorrer da história, cabe a Terminus levar esse conhecimento científico aos povos bárbaros da periferia galática. A doutrinação dos planetas vizinhos a Terminus é feita através da criação de um mito religioso conferido a própria ciência pelos povos que a desconhecem.

Com o crescimento da Fundação, o mito religioso se torna insuficiente para a expansão. A ciência perde o caráter religioso e ganha um teor comercial, tornando-se moeda de troca entre a Fundação e os demais planetas.

Nesse trecho, a linha do futuro mostrado em Fundação passa mais uma vez a tangenciar o nosso passado. Através da passagem, Asimov mostra como a religião foi usada como justificativa expansionista e como o comércio serviu para o mesmo propósito. A história, como mostrado, tem um caráter cíclico.

Assim sendo, Fundação configura-se como uma Space Opera Clássica com suas aventuras marcadas por personagens grandiosos e memoráveis, mundos colossais e instigantes, viagens interplanetárias e seus combates espaciais. A trama, porém, é mais bem elaborada e narrada, se comparada com as demais Space Operas convencionais. Existe ainda um novo conceito novo e inventivo criado por Asimov: a Psico-História, responsável por definir a força motriz de toda trilogia original, o Plano Seldon.

A Psico-História e o Plano Seldon

Ao apresentar a ideia do que viria a ser Fundação para John W. Campbel, Asimov tinha em mente a premissa, mas não o conceito. A trama iria se passar em um futuro muito distante, envolveria espaçonaves e planetas diversos, assim como as boas Space Operas da Era de Ouro, e tomaria por base a história da queda do Império Romano para contar a derrocada de um grande e milenar Império Galático.

Mas como o cenário para queda de um Império com mais de dez mil anos seria montado e executado? Para responder a pergunta, Isaac Asimov desenvolveu junto a Campbell a ideia de um conceito científico com o qual o comportamento de grandes grupos de indivíduos poderiam ser previstos. A psico-história, como foi batizada, era uma nova ciência pautada na matemárica, história e sociologia, criada pelo matemático social Hari Seldon que poderia, através de cálculos estatísticos, antever o comportamento e as ações de grandes aglomerados.

É importante o entendimento que a psico-história não pode ser aplicada em um único indivíduo, suas previsões só podem ser precisas se um grupo suficientemente grande de pessoas for avaliado.

A nova ciência criada por Seldon não foi aperfeiçoada a tempo de salvar o Império Galático, mas ela ainda poderia diminuir os danos de sua queda. O matemático cria então o Plano Seldon, que envolve a criação de duas Fundações, localizadas em pontos opostos na galáxia.

O primeiro livro da série foca apenas na Primeira Fundação, composta pelos principais cientistas e tecnologistas reunidos por Seldon. O propósito e a localização da Segunda Fundação são desconhecidos.

A missão inicial dos membros da primeira fundação é assegurar a realização do Plano Seldon. Para isso, os cientistas alocados no planeta Terminus ficam responsáveis por criar uma Enciclopédia Galática responsável por agregar todo o conhecimento humano acumulado na história.

Ao longo da trama, somos apresentados ao real propósito do Plano Seldon e como ele deverá se desenrolar até o surgimento do Segundo Império.

A psico-história criada por Asimov em Fundação não está tão próxima da realidade como algumas outras “previsões” profetizadas em livros do autor. Porém, se pensarmos no sistema de funcionamento do Big Data, criado por Haseeb Budhani em 2008, podemos notar os primeiros passos da, até então, ciência fictícia de Seldon.

Segundo Luciano Leonel Mendes, em seu artigo “Quão visionário foi Isaac Asimov?”, publicado no site Obvious:

“O Big Data não visa prever o comportamento de indivíduos, mas sim de conjuntos, que não precisam ser necessariamente de pessoas. Big Data é empregado hoje para estudos nos campos de economia, física, biologia, sociologia e diversos outros … Com o Big Data, o interesse não está na mecânica precisa da relação de causa e efeito de um fenômeno complexo, mas sim nas correlações de comportamentos que podem ser usadas para estimar um determinado resultado com certa probabilidade.”

Seria o Big Data um embrião da Psico História?

Leonel aponta ainda que o grande empecílio para a otimização do Big Data é o problema relacionado ao armazenamento das informações que precisam ser processadas. Em Limites da Fundação (1982), quarto livro da série, Asimov pensa em uma solução para o problema de armazenamento massivo de conteúdo, mas isso é assunto para outra publicação.

Fundação como inspiração

Com mais de 70 anos desde seu lançamento, Fundação inspirou grande parte da indústria cultural relacionada a produtos que tematizam aventuras espaciais. Filmes, séries, músicas, quadrinhos e diversos outros produtos midiáticos tem influência dos livros de Asimov.

Talvez as mais famosas franquias que beberam da fonte de Fundação sejam Star Wars e Star Trek. Na série de filmes de George Lucas, a referência mais clara é a galáxia regida por um Império, que em Star Wars ganha uma roupagem opressora e malígna. Os planetas com suas características únicas e bem definidas e as viagens espaciais em velocidades de milhares de parsecs também são ideias em comum entre as obras.

Duas das maiores franquias do cinema possuem elementos de Space Operas diversas, entre elas, Fundação.

Em Star Trek, temos referências ainda mais claras ao universo asimoviano. O escritor russo era grande fã da clássica série de TV que mesclava elementos clássicos de diversas space operas. Ingredientes de Fundação e os robôs de outros títulos de asimov estão presentes por toda obra de Genne Rodenberry. Os desfechos de episódios onde os antagonistas são derrotados pela sabedoria dos mocinhos, as estratégias mirabolantes utilizadas em confrontos e crises espacias, os personagens pragmáticos e idealistas, os planetas e pulos espaciais, entre outros, são alguns exemplos do universo de fundação em Star Trek.

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Na literatura, Douglas Adams em seus livros da série Guia do Mochileiro das Galáxias presta uma homenagem à Enciclopédia Galática de Fundação. No livro de Adams, O Guia é uma paródia clara da Enciclopédia, sendo a mesma existente no universo da série. O livro dos Enciclopedistas é considerado muito formal, vendendo muito menos que o próprio Guia.

Nos quadrinhos, podemos citar revistas como Bill, o herói galático e histórias do Quarteto Fantástico. No primeiro caso, o planeta Helior é inspirado e descrito de maneira muito similarmente a Trantor. No caso do quarteto, o personagem Reed Richards tenta desenvolver a psico-história na revista número 542 do quarteto, que se passa no contexto da Graphic Novel Guerra Civil.

Reed Richards, o Hari Seldon da Marvel.

Na música, a faixa The Mule do clássico ábum Fireball do Deep Purple foi inspirada no personagem criado por Asimov em Fundação e Império, segundo livro da série.

https://www.youtube.com/watch?v=512UKHYD1gk

A série de livros também inspirou pessoas como o psicologista norte americano Martin Seligman e o economista Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2008. Ao receber o prêmio, Paul falou:

“Há uma série muito antiga de Isaac Asimov — os romances da Fundação — no qual os cientistas sociais entendem a verdadeira dinâmica da civilização e a salvam. Isso é o que eu queria ser. E isso não existe, mas a economia é o mais próximo que se pode chegar. Então, como eu era um adolescente, embarquei nessa.”

A trilogia da Fundação é vencedora do Prêmio Hugo Especial de Melhor Série de Ficção Científica e Fantasia de todos os tempos. As ideias, conceitos e a forma de escrever de Asimov, expressas nos livros, continuarão a influenciar pessoas e obras por muito mais tempo.

Ficha técnica:

Livro: Fundação

Autor: Isaac Asimov
Ano: 1951

Bibliografia:

ASIMOV, Isaac. Fundação. Trad. Fábio Fernandes. São Paulo: Editora Aleph — Primeira Edição, 2009

REGIS, Fátima. Nós, ciborgues: Tecnologias da informação e subjetividades homem máquina. Curitiba, Ed Champagnat, 2012

VERNE, Júlio. Viagem ao Centro da Terra. São Paulo: Editora L&PM — Primeira Edição, 2002

GIBBON, Edward. A História do Declínio e Queda do Império Romano. São Paulo: Editora Companhia de Bolso — Primeira Edição, 2005

MENDES, Luciano. “O quão visionário foi Isaac Asimov?”. Site Obvius, 2011 <http://lounge.obviousmag.org/a_entropia_tende_ao_infinito/2014/05/asimov.html>

Wikipedia — Foundation Series — Cultural Impact.<https://en.wikipedia.org/wiki/Foundation_series#Cultural_impact>

Wikipedia — Analog Science Fiction and Fact <https://en.wikipedia.org/wiki/Analog_Science_Fiction_and_Fact>

SFE — The encyclopedia os Science Fiction — Campbell, John W, Jr <http://www.sf-encyclopedia.com/entry/campbell_john_w_jr>

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