Design pra Vida — Desenhando a minha bússola

Marcela Leon
Design pra Vida
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3 min readFeb 21, 2018

Entrei nesse processo de descoberta de como seria um curso de Design pra Vida à partir de uma provocação do Tales Gubes.

Nosso grupo foi convidado a seguir um exercício onde o objetivo era desenhar uma bússola, uma ferramenta que irá nos guiar no caminho que queremos seguir, a partir da conjunção de duas visões: de trabalho e de vida.

A essência do exercício é bastante simples: escrever uma visão de trabalho e uma visão de vida à partir de algumas perguntas. Se você ficou curioso e gostaria também de se aventurar nessa navegação, o livro Design da Sua Vida traz esse e outros exercícios bastante interessantes.

Minha Visão de Trabalho

O trabalho é algo que se deve fazer, que pode (e deve) ser divertido, mas que podemos trocar por um bom gim tônica em uma rede com um pôr do sol como paisagem.

Criamos um modelo onde estamos todos conectados pelo trabalho: indivíduo, o outro, a sociedade; uma conexão de co-dependência do trabalho de um e dos outros; do um para o(s) outro(s). Desde a chegada do alimento na mesa todos os dias até o filme que assistimos no cinema na hora de lazer. O trabalho está em todos os lugares.

Eu gosto de aprender e ser estimulada. Basicamente ser paga para estudar e pensar, em um horizonte de desafios possíveis. O ambiente é importante também: pessoas inspiradoras, do bem, abertas aos aprendizados e que valorizem o coletivo.

A remuneração justa é o resultado da soma das necessidades pessoais + responsabilidades propostas.

A cereja do bolo é sentir-se parte importante da engrenagem do trabalho.

Minha Visão de Vida

A vida não é para amadores. Não encontramos respostas para a sua razão (ainda, talvez) e devemos apenas aceitá-la como presente.

É aterrorizante e maravilhosa AO-MESMO-TEMPO.

Se completa através das relações que construímos com os outros. As interações materializam a vida em algo real e tangível.

Se existe algo maior — Deus, talvez — não sei. Mas que eu posso fazer da minha vida na minha comunidade algo positivo que transcende meu tempo nesta Terra, tenho certeza. E esse é o meu propósito.

Cada um dos temperos da vida — alegria, tristeza, ansiedade, paz, raiva, amor, etc. — tem seu lugar.

A terceira etapa do exercício consiste em alinhar as visões e ver onde elas se complementam e/ou conflitam. O resultado dessa análise nos dá o primeiro vislumbre do caminho em nossa bússola particular. Primeiro vislumbre porque essas visões se alimentam e modificam com o passar da vida.

Enquanto humanos estamos em constante movimento e transformação, assim como nossa bússola, nossos desejos e objetivos.

(in)Concluindo

Na medida em que entendo a vida em sua forma coletiva e o trabalho é uma das cordas que nos amarra nesse coletivo, acredito que ambos estão relacionados diretamente.

Entretanto, muito mais por conta do modelo social atual que vivemos do que por uma determinação natural das coisas.

Como Yuval nos diz, somos contadores e acreditadores de histórias:

Yet none of these things exists outside the stories that people invent and tell one another. There are no gods in the universe, no nations, no money, no human rights, no laws, and no justice outside the common imagination of human beings. [Kindle 468]

Esse texto teve dois objetivos:

1o dar o pontapé inicial na meta de escrever pelo menos um texto por mês durante 2018 (antes com 21 dias de atraso, do que nunca, certo?)

2o trazer uma amostra da experiência que vem acontecendo durante os encontros promovidos pelo Tales Gubes. (gratidão ❤)

OBS: nada que foi escrito aqui está também escrito em pedra ;-)

Se você acha que e desenhar uma bússola pra te ajudar a guiar a sua vida e ser mais protagonista do que passageiro, se desafie também nesse exercício, clique nas palmas e compartilhe esse texto.

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Marcela Leon
Design pra Vida

oi! eu sou criadora e produtora do podcast de histórias Baseado em Fatos Surreais. tô no www.papodeprodutora.com.br compartilhando sobre produção em áudio 😉