Escritas de um campo nada particular
A aventura da escrita se faz de formas plurais. Considero a minha uma partilhas de um mundo nada particular no sentido de pesquisar manifestações estéticas de caráter público. Essa aventura pode dar-se pensando as políticas de escrever que incluem aqui o ato da caminhada e da fotografia. Portanto caminhar e fotografar fazem parte das políticas de escrita, que vai muito além do papel e da caneta.
Em 2017 conheci Celo Pax. Fascinado pela presença urbana de um monstro dentuço, personagem reconhecido pelos habitantes de Porto Alegre, procurei acompanhá-lo em sua trajetória enquanto artistas urbano. As imagens são da exposição “Utopias”, uma das primeiras do artista, que buscou levar o que pintava nas ruas para dentro do Museu Erico Veríssimo.
As feiras de arte gráfica também fizeram parte de um percurso de pesquisa nada particular. Abertas ao público elas foram um espaço importante de reconhecimento e divulgação de obras de artistas que pintam a cidade. Xadalú e Trampo são personagens destes espaços quando manifestam sua arte nas mesas destas feiras. As imagens abaixo são da Feira de Arte Gráfica ocorrida no Santander Cultural em Porto Alegre no ano de 2017.
Durante o período de doutorado tive muitos momento de orientações. Algumas destas estão sistematizadas em folhas de papel a “moda antiga”. Em todas procurei sistematizar atentamente as reflexões colocadas por Ana Luiza Carvalho da Rocha e Ricardo Campos. Essa é uma pequena amostra de orientação que tive com Ricardo logo que chegara em Portugal.
Na minha volta de Portugal foi procurado por Celo Pax que me contou um alegre notícia: iria fazer outra exposição. Pediu-me que escrevesse a abertura pensando nas dinâmicas do seu trabalho. Escrevi com muito gosto o texto que circulou pelas redes sociais e representou uma maturidade na relação entre o pesquisador e os parceiros de pesquisa que agora me procuravam pra trabalhar com eles escrevendo textos de divulgação dos seus trabalhos.