Marvila e um mundo de verde, ruina e cor

Para caminhar é preciso despir-se dos planos de uma ciência exata. É o que aprendi no curioso bairro de Marvila em Lisboa. A imprevisibilidade paisagística atingiu seu auge quando áreas verdes, ruínas de antigas fábricas e grandes prédios de habitação social se confundiram no mesmo lugar. Idosos capinam e ordenam ovelhas. Jovens socializam na praça da esquina. Um homem engravatado está atrasado para o metro. Ando pra ver. Ando para narrar. E é nesse entrelaçamento entre olhar e narrativa que Marvila se apresenta.

Biev Ufrgs
Jan 26, 2021

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