Escola de Rebeldes
Hoje fiz uma coisa chamada Dragon Speaking (Fala de Dragão). Eu estava com uma equipa de indivíduos co-criando um espaço de escuta resiliente, que era seguro o suficiente para libertar o nosso recurso interno da Raiva consciente. Cada um de nós falou o que precisava dizer. Alguns de nós tomámos uma posição acerca do que dissemos. O meu ser e o meu coração falaram acerca do que me dá raiva, e acerca do que me importa realmente. O resultado desse processo empoderador é esta carta para vocês.
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Estou aqui para tomar uma posição de ação para curar as feridas da minha escolaridade e para desaprender o thoughtware do império patriarcal capitalista globalizado atual.
Estou aqui para a criação de um outro jogo, onde ocorre uma aprendizagem diferente, onde as crianças e adultos não são programados para se adaptarem ao que está a ser vendido pela cultura moderna.
Estou presente para a criação de espaços de aprendizagem em que os alunos não se conformam a um paradigma dual de certo/errado ou uma visão de mundo boa/má e, em vez disso, ajudam às qualidades do Ser de cada um a se revelar e manifestar. A intenção é ser-se claro e presente, descobrir quais são os Princípios Brilhantes de cada um, a Linhagem Arquetípica e os Objetivos Ocultos. Cada pessoa neste Gameworld tem o poder de ser a Fonte e criar os seus próprios mundos e as suas próprias interações, as suas próprias relações, as suas próprias aldeias, o seu próprio caminho na vida… uma vida que vai muito além do patriarcado, do colonialismo e do capitalismo.
Fico colérica com o atual sistema educacional convencional, que é uma das primeiras armas da máquina patriarcal colonialista. Este sistema recebe as crianças e os adultos e a suas fontes inesgotáveis de inspiração e criatividade, e esmaga as mesmas com a crueldade do toughtware do domínio imperialista. Cada criança é mantida isolada da vida e informada de que se está a preparar para a mesma ao ir à escola. As crianças e adultos são levados a dar o seu centro de poder, agência e autoridade a figuras externas de autoridade, para se adaptarem ao controlo das regras e da ordem. Os alunos são vistos como folhas em branco para serem preenchidas com informações memorizadas para fazer cumprir e reiterar o paradigma social atual e, logo a seguir, competir com colegas para serem melhor programados para o ‘mundo do trabalho’, criando e perpetuando o thoughtware que diz que vivemos num mundo de escassez. A escola pública convencional é uma arma do status quo das atuais culturas ocidentais que trabalha para nos fazer acreditar que precisamos que a sociedade permaneça como está e, acima de tudo, valorizar acima de tudo conhecer o que já é conhecido.
Além de criar condições de exército ou de prisão para crianças e jovens — tempos rígidos para entrada, pausa, alimentação, brincadeira, possivelmente até um uniforme escolar -, as escolas ensinam as crianças e adultos a tornarem-se consumidores entorpecidos, desprovidos de esplendor.
Grito de indignação que o corpo intelectual seja apenas um dos pelo menos cinco corpos ao dispôr da aprendizagem escolar! Apesar de haverem outros talentos na sua aprendizagem, os alunos são avaliados principalmente pela sua capacidade de articular intelectualmente o seu conhecimento, e através de apenas uns poucos meios específicos.
O corpo emocional é completamente desconsiderado, resultando em crianças emocionalmente atrofiadas em corpos adultos a enfrentando as realidades da vida, sem ferramentas ou a competência emocional necessária para criar uma vida adulta responsável e livre, e com relações vitalmente revigorantes.
O corpo energético é passado ao lado, e muitas das competências de presença e impressão energética de cada pessoa, e o seu estado experiencial de estar centrado na sua própria autoridade natural, é deixado de lado. Ficamos com adultos que se mergem uns com os outros não conseguindo distinguir claramente a sua essência da dos outros. O corpo arquetípico então está totalmente fora do radar da escola, ainda que a maioria das pessoas estejam esfomeadas para descobrir qual é o seu propósito, o seu talento e o seu serviço no mundo. E o mundo precisa que as pessoas encontrem os seus propósitos, não precisa de mais consumidores e carneiros que mantêm o seu entretenimento regular enquanto se desenrola a destruição deste planeta vivo e da sua habitabilidade.
Eu defendo a possibilidade da Guerra nas Estrelas, onde as pessoas aplaudem os Rebeldes, Aqueles que não são lineares, aqueles que se recusam a ser dominados pela Primeira Ordem do Império. Os rebeldes defendem a liberdade, em vez de se esperarem cegamente como um stormtrooper, seguindo as ordens que empoderam o Imperador. Eu apoio os Jedi, os Skywalkers, a Rebelião. Mas depois do filme terminar, vejo a maioria dos espectadores sair e comprar o refrigerante da Primeira Ordem, ligar os seus smartphones e segue os mídias sociais do Império, e dar parte dos seus salários à elite. Keep calm and carry on (mantenha a calma e continue).
Não vou manter a calma e continuar! Eu tomo uma posição para a construção de uma Unschool de Rebeldes, uma Unschool de Piratas que recuperam o seu verdadeiro poder e autoridade, que sentem que outro mundo é possível além de ser zombies entretidos com os mais novos aparelhos e vícios entorpecedores entregues à porta com apenas um clique de um botão, enquanto lá fora não há água limpa.
A minha Unschool é feita de pessoas que questionam seu próprio status quo. Nós inventamos as nossas próprias formas de emprego, servindo Gaia e a dignidade humana, criando novos níveis de intimidade nas nossas vidas, celebrando a tanta possibilidade que vemos ao nosso redor.
A minha Unschool é para pessoas que se comprometem a uma vida extraordinária, fazendo o que é desejado e necessário para preencher o seu Ser.
Se você pode ser um spaceholder da Unschool de Rebeldes, ou um facilitador ou treinador capaz de criar espaços radicais de aprendizagem onde os participantes podem atualizar o seu thoughtware, passar por processos de cura e transformação como iniciações autênticas à vida adulta, e capacitar outras pessoas a seguir o curso de cumprir o seu verdadeiro propósito, o meu nome é Vera Luísa Franco e eu estou a aguardar o seu contato: WhatsApp +44 7748 934374. A Unschool de Rebeldes já está aberta!