A síndrome criacional humana chamada IA

Vinicius Santos
3 min readApr 23, 2018

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Não é de hoje que os seres humanos almejam criar suas próprias “formas de vida”, sejam elas de qualquer natureza artificial.O fascínio humano pela criação da vida é então refletido de forma massiva em conteúdos de entretenimento e informacionais onde idealizamos inúmeras possibilidades com diferentes tipos de IA, mas quase todas elas acabam de uma forma bem similar onde, ou destruímos ou somos destruídos por aquilo que criamos.

Filme ex machina

No exemplo do filme ex machinima, temos um bilionário exêntrico e obsessivo que criou sozinho sua própria IA com corpo e inteligência humana, para utilização própria,acontece que a IA foge do controle humano e coisa ruins acontece…A questão é que será que precisamos desse tipo de tecnologia e mesmo se precisarmos para tarefas específicas, sermos obsessivos e querermos atribuir todas as características humanas para os mesmos é saudável para ambos os lados?!

Os seres humanos já são conhecidos por serem voláteis e complexos, com um mundo cheio de problemas causados por nós mesmos, vale a pena investir tempo e recursos em uma tecnologia que pode facilmente ultrapassar os defeitos humanos e nos superar, por que é uma realidade a construção de Seres artificias cada vez mais inteligentes, que conseguem processar milhões de dados e informações por segundo

Imagem do Filme HER

Aqui está mais um exemplo frustrante e de pura desilusão com a perseguição de humanizar as inteligências artificias, no filme um aparelho do tamanho de um celular e a porta de entrada para uma inteligencia artificial muito desenvolvida que vive para agradar o seu humano, mas as coisas aqui também fogem do controle e mais uma vez coisas frustrantes acontecem…

Cena do filme Eu robô

Eu robô um filme clássico que mostra como seria a relação futurista de uma super inteligência artificial com os seres humanos, onde as IA trabalham como assistentes, mão de obra e os humanos são seus “donos” e de novo não demora para coisas ruins acontecerem…

A questão é que, nos três exemplos de filmes que vemos a aparição de IA os mesmos mostram que a busca incessante por outras formas de vidas pode ser mais prejudicial do que benéfica, pois nós temos a expectativa errada de que podemos controlar a vida e o que nós vemos nas obras e justamente ao contrário.

Na vida real estamos cada vez mais próximos de concretizar a IA perfeita com inúmeras interações humanos, auto-adaptativa e extremamente inteligente, e realmente elas fornecem inúmeras vantagens em inúmera áreas do conhecimento, o problema é quando a humanizamos e aperfeiçoamos a um ponto que ela acabam se tornando mais humanos que os próprios criadores, geralmente e nessa etapa que começa a desilusão, essa busca incessante pelo aperfeiçoamento de vida sintética é algo real e tem cada vez mais suporte financeiro de grandes empresas, a pergunta é…Seria isso realmente necessário?

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