Cada despedida, um recomeço

Vinícius Gomes
2 min readNov 8, 2018

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Como o mito da fênix

Hoje rolou a despedida de um amigo que está indo embora explorar novos ares em terras portuguesas. Depois de construir uma vida por aqui e atingir suas metas, ele sentiu a necessidade de dar novos passos em outro lugar. Reunimos alguns poucos amigos — a nata, como ele disse — comemos uns hamburgueres, demos risada, lembramos das histórias, e aí veio o momento da despedida. A despedida que representava um recomeço.

Na volta pra casa vim pensando como muitas vezes precisamos nos despedir para recomeçar. Seja naquele trabalho que o ânimo não vem mais, naquele relacionamento que não faz mais sentido, naquela amizade que há tempos deixou de ser a mesma, ou até na despedida de uma vida sedentária. Todas elas, exatamente todas, representam a ruptura para que uma nova realidade se estabeleça.

Impressionante como a vida é cheia desses paradoxos. Se despedir para recomeçar. E como muitas vezes não nos damos conta disso. Preferimos insistir em situações que estão evidentemente próximas do desfecho ao invés de tentarmos um novo começo, seja por inseguranças, pressões sociais, ou simplesmente por acomodação.

Precisamos deixar que a vida nos surpreenda e ofereça novos caminhos para serem traçados. Estar atentos para que as oportunidades não passem pelo descuido de não enxergá-las. Precisamos entender que, por mais incômodas que sejam no momento que se dão, as despedidas são como o mito da fênix: às vezes é necessário virarmos cinza para que possamos renascer mais altivos e imponentes, recomeçando tudo outra vez.

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Vinícius Gomes

Jornalista que vive aprendendo, conectando e compartilhando