Fundadores de projetos sociais mostram alternativas para desenvolvimento e sustentabilidade social

Vitória Braga
4 min readAug 31, 2018

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“A informação/comunicação que chega no coração, têm muito mais potência, do que aquela que chega aos ouvidos, na cabeça”, destaca André Palhano

Matéria transmídia produzida pelas alunas Drielly Peniche e Vitória Braga para a disciplina “Jornalismo Digital:Prática”. Orientação por Fernanda Iarossi.

A Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação realizou nos dias 20.08 e 21.08, o 11º Simpósio de Comunicação. Foram apresentados três debates, abordando temas importante para a sociedade. No segundo discussão, o conteúdo foi voltado para “Coletivos: novas práticas e novas leituras”, que abordou como grupos/projetos podem influenciar em um melhor bem-estar e na convivência em sociedade.

Foto reprodução: Blog.Fapcom

O projeto Sarau do Capão, criado há um ano e meio, trouxe aos jovens do bairro mais uma forma de se expressar através das palavras, dança ou música. Além de transformar pensamentos e vivência na sociedade em versos, tentando transcender o que acontece na vida de diversas pessoas com um discurso chocante.

Gabriele Nascimento e Jéssica Campos, fundadora do projeto, participam e organizam o Sarau que acontece uma vez no mês e permite que qualquer pessoa possa participar e fazer a apresentação que desejar, e não precisa de inscrição.

O Sarau é caracterizado por um movimento que luta pela a educação, diversidade, negritude e homofobia. “O movimento social não precisa ser composto por uma, duas pessoas. As pessoas vão se ajudando para como a maioria, a gente cresça”, comenta a fundadora. A reunião ganhou visibilidade e maior crescimento através das mídias sociais, e diversas pessoas e instituições tiveram interesse no estudo da periferia, porém o objetivo do Sarau é levar a pessoa para o ambiente onde vive. “Se você quer conhecer mais, senta aqui no chão com todo mundo, vem participar do Sarau como todo mundo. Não adianta a gente abrir esse abrir o espaço se a pessoa vem de forma muito observadora, participa de verdade, sente o sarau”, completa Gabriela.

Foto Reprodução: Blog.Fapcom: Mestre Marcela Scheneider, Jéssica Campos e Gabriele Nascimento

O lado não verde da sustentabilidade

Tudo começou quando André Palhano, fundador da Virada Sustentável, estava com os amigos e analisou “O que é sustentabilidade?”, e pesquisando no Google, deparou-se com imagens verdes, de árvores, natureza. “A sustentabilidade inclui muito mais que meio ambiente, inclui erradicação da pobreza, questão da desigualdade, diversidade, cultura de base, e outras que não são associadas ao termo sustentabilidade”, descreve o idealizador.

A criação do festival foi voltada para educação da sustentabilidade, com eixos de ação, cultura e conhecimento, um evento co-criativo, colaborativo, que estimula as pessoas para fazer ações positivas para o seu redor. Um lugar onde diferentes causas se conversem para um meio maior: a mudança e a transformação. A virada tenta levar uma “visão transversal, inerente ao tema da sustentabilidade”, complementa André.

Existe uma necessidade de dar voz e visibilidade para pessoas que estão nas periferias ou em situação de rua, pelo simples fato de mostrar que essas pessoas também têm seus saberes, seus conhecimentos e o seu diferencial. E através da sustentabilidade podemos lidar melhor e aproveitar os valores que estão nas ruas. Afinal o desenvolvimento sustentável é um desafio, é um modelo que a sociedade tem que levar para frente, tanto pela geração presente, quanto para os sucessores futuros, pois é um através desse desenvolvimento que leva a uma série de coisas que é preciso resolver no presente, para garantir no futuro.

Foto Reprodução: Blog.Fapcom: André Palhano

Ajudar sem ver a quem

Maria Eulina Hilsenbeck, nascida no norte do país — Maranhão-, deixou a cidade natal para vir tentar a vida em São Paulo, assim como diversas pessoas com esperança de ter um emprego. Crescida na rua, a iniciadora de um programa social: Clube de Mães, têm a missão de cuidar e ajudar pessoas em situação de rua na capital paulista. Conhecido como Castelinho, que encontra-se no centro de São Paulo, onde reside a sede da ONG.

Existe uma precariedade das pessoas em situação de rua, assim como qualquer outro ser humano, essa população necessidade de humanização, acolhimento. A ex-moradora de rua ressalta que é preciso humanizar. “Nós precisamos olhar para o nosso vizinho, como o próprio Deus diz: ‘amai a Deus sobre todas as coisas e teu próximo como a ti mesmo’. O meu próximo são todos vocês, são as pessoas de rua”.

O Clube Mães dá todo o suporte para quem não tem condições de ir a um dentista, tirar um documento, além de ajudar com orientação psicológica, em conversação, em grupos de apoio e oficinas para estimular as pessoas a começarem a trabalhar.

O programa tenta mostrar para os indivíduos a importância deles na sociedade. “O carroceiro não é apenas uma pessoas que pega a reciclagem, ele é um agente ambiental. Ele colhe todos os resíduos que as pessoas jogam sem se preocupar para onde vai. Isso tudo é uma questão de educação e cultura.” destaca a fundadora do Clube.

Foto Reprodução: Blog.Fapcom. Maria Eulina

Os entrevistados deram uma entrevista especial para o Canal no Youtube “Fapcom Tv”, que logo estará disponível:

Para mais informações sobre o evento, acesse: 11º Simpósio de Comunicação da Fapcom

Matéria transmídia produzida pelas alunas Drielly Peniche e Vitória Braga para a disciplina “Jornalismo Digital:Prática”. Orientação por Fernanda Iarossi.

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