Sobre tentativa, aprendizado e perseverança

Yellow Brick
3 min readMar 13, 2018

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A Yellow Brick surgiu da sede por mudança. Uma sede compartilhada por duas pessoas que virou algo coletivo.

Nosso sonho era criar um Festival de rock autoral que pudesse ajudar os animais, destinando parte do lucro à causa, porém, a ideia de que na teoria é uma coisa e na prática, outra TOTALMENTE diferente, é uma verdade indiscutível. Como o título do texto adianta, falaremos sobre três pontos e como eles nos levaram a evolução.

Carcadia, banda de Santa Rita do Sapucaí-MG que tocou no dia 08/09. Foto: Gabrielle Evaristo

Já imaginaram iniciar um Festival de R$10.094,62 com apenas R$1.587,10 em caixa, vindo exclusivamente de duas festas anteriores? Sem qualquer patrocínio (apenas apoio para o projeto em si que por sinal, já foi empregado — agradecemos ao Adriane Bazzo Tattoo Studio —) ou dinheiro de emergência? Pois bem, foi nesse clima de 8 ou 80 que o Pré Festival Yellow Brick aconteceu. Sim, ACONTECEU!

Durante o evento conseguimos mais R$2.878,00 com venda de ingressos e bebidas, mas agora imaginem um rombo de R$5.629,52 para duas pessoas cobrirem? E cobrimos!

Esse texto levou seis meses para ser finalizado, pois queríamos que tudo fosse quitado antes, e após isso, explicado em detalhes, deixando claro que não prestamos nenhum desserviço.

Dissemos desde o início que grande parte do lucro, vindo principalmente da venda de ingressos, seria revertido para a causa por meio do apadrinhamento de animais que estivessem em lares temporários e seus tutores precisassem de suporte financeiro, mas como viram, não houve lucro, tanto que passamos todos esses meses pagando contas, e não temos vergonha alguma em dizer isso. Citando Martin Luther King:

É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.

Magnólia, banda de Florianópolis-SC que tocou no dia 09/09. Foto: Luiza Gonçalves

Dois jovens que amam os animais, de um dia para o outro resolveram criar um festival juntos, com o único intuito de ajudá-los. Sem dinheiro suficiente e quase nenhuma experiência, apenas muita vontade e amigos incríveis ao lado(modo de dizer, pois não achamos que seja pouco!). Loucura? Sem dúvidas! Hoje vemos o risco que corríamos por sermos efervescentes e o quanto nos custou(monetariamente falando, R$2.814,76 para cada), mas pedir desculpas por uma tentativa nobre? Não, obrigada.

Do nada conseguimos 12 BANDAS com interesse em participar, sendo elas daqui e de vários outros lugares do país. Imaginem tantas pessoas tocando em uma cidade com pouco mais de 40 mil habitantes e isso tudo por acreditarmos e acreditarem em nós, por enxergaram valor em nossa proposta. Mesmo que não tenhamos conseguido colocá-la plenamente em prática, valeu cada minutinho de correria, música boa, cachaça e prosa.

Hoje, olhando para trás, vemos que o Festival é uma bagagem única e que a experiência que geramos, seja para as bandas ou para o público, sem contar a que obtivemos durante o processo, não há dinheiro que pague.

Indigo Som, banda de São Paulo-SP que tocou no dia 08/09. Foto: Pedro Franco

Como Walt Disney disse: Se você pode sonhar, você pode fazer.

A Yellow Brick (r)existe, mas vimos que para alcançar o topo, devemos subir um degrau de cada vez. Para um festival acontecer, inúmeras festas devem vir antes. E virão!

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