Métricas de vaidade
Eu não vou mentir para vocês, já compilei e analisei muitas métricas de vaidade nos meus anos de trabalho. E tenho certeza que você, profissional da área, também.
Diferente do meu texto anterior onde falava em analisar o que realmente importa para seu negócio, hoje vou comentar sobre os indicadores que não contribuem diretamente para seu sucesso.
Bonitinhas mas ordinárias
Houve uma época em que fãs em redes sociais importavam muito. Tanto que a regra era investir para angariar seguidores e ter uma página corporativa maior que a do concorrente.
Também havia a obrigatoriedade de ser ter uma campanha de adwords. Para quê? Aumentar tráfego do site. O público não importava. “Faz uma segmentação pro Brasil todo e investe mais por dia!” Essas eram a instruções.
O que isso mostrava sobre o negócio? Que ele tinha 364784632 seguidores nas redes sociais. Ou que o site tinha 3589574537 acessos por mês, e só.
Taxas de engajamento também eram misteriosas. Elas apareciam nas company pages e permitiam você se comparar com outras marcas. Lidei com três cálculos diferentes que rodavam entre fóruns e gente da área para chegar nessa tão desejada taxa, mas no fim não se podia saber qual o “adversário” estava usando. Então tinha gente que literalmente criava uma taxa para parecer grande.
E relatórios longos e cheios de esquemas de design tentavam fazer os dados parecem ainda mais bonitos.
O que não se percebia na época, é que o resultado dessas ações não podia ser contabilizado em algo palpável para as empresas. Um retorno em vendas, em faturamento, algo que mostrasse com clareza se o negócio estava indo bem ou não. E como geralmente era o marketing que cuidava desta parte, ainda ficava estigmatizado como o setor que só gastava.
Embora ainda existam profissionais que insistem em analisar só métricas assim, os tempos estão mudando! Várias empresas já entenderam a importância de definir objetivos claros e associar o pensamento matemático ao criativo.
Mantenha o foco
As métricas de vaidade não precisam ser deixadas de lado completamente. Elas podem ser acompanhadas para enriquecer análises paralelas.
A diferença está em dar mais importância a elas e esquecer do foco. E para ilustrar deixo esse vídeo simpático da corrida de uma tartaruga e uma lebre.
Embora pareçam sedutoras e provocativas, as métricas de vaidade não te levam para onde você realmente quer.
“É melhor ter acurácia do que velocidade. Não adianta chegar rápido ao ponto errado”. Essa frase copiei de um post excelente do pessoal da Aquarela Knowledge and Innovation.
