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Calcifer Zecaiê
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Published in Calcifer Zecaiê

·Aug 21, 2020

FITAS

Mil fitas Mil e uma Duas três e tantas e tais A cada dia vão se sobrepondo Fitas antigas, fitas atuais Se expondo. Todo dia eu e a mesma fita, a mesmíssima algazarra Meu pensamento lógico a tecer sua gambiarra Remendando sentidos Terrivelmente partidos Abissais. Meio sentido noutra metade e dá-lhe fita E dá-lhe remendo que num acaba mais! Mas, nesta altura, já tanto envolto às mil fitas Os sentidos, eles mesmos, não os vejo mais; Já não me lembro e sequer diria O que fora, esta cousa, um dia O que nela haveria por detrás.

Poema

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FITAS
FITAS

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·Aug 20, 2020

VERSOS TRANSPARENTES

(e ainda não revisados) Será que alguém tá vendo o meu cinismo? Será que alguém tá vendo meu cinismo? Estaria, assim, estampado testa afora? Porra. O problema é sempre ter de ficar com esses pensamentos duplos emparelhados. Será que alguém vê transparência nesse meu pragmatismo? Insensibilíssimo pragmatismo ao qual fui acometido. Se souberem de mim eu tô no sal Salgado ao…

Poema

2 min read

VERSOS TRANSPARENTES
VERSOS TRANSPARENTES

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·Aug 20, 2020

Fragmentos Perdidos

nº 1 Acho engraçado Os signos regionais De semântica polivalente Como um 180.1 poder dizer Casa, tumulto, alívio ou rolê nº 2 Acostumado ao dissabor A cachaça ressoava doce no retrogosto da sua existência. nº 3 Vendi um fanzine de poema Por bem quistos 20 reais: Sem demora pus na calça. E a cada…

Poema

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Paz infantil
Paz infantil

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·Aug 20, 2020

SONETO DA IRRECONHECÍVEL

(um exercício dodecassílabo) Aperceberam-lhe os traços diferentes E feições insensivelmente relaxadas Nada habitava aquela defunta parada Senso e anseio não lhes eram inerentes Algo terrivelmente a todos estranhava Naquela face morta não se reconhecia A mulher que, outro dia, com eles, ia A devorar o mundo — e como devorava! E o velório demonstrou-se irrelevante Pois não mais a veriam, nunca mais: O que fazia, dela, ela, eram seus ais!

Poema

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SONETO DA IRRECONHECÍVEL
SONETO DA IRRECONHECÍVEL

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·Aug 20, 2020

DA CORRIQUEIRA SINGULARIDADE

Era um exemplar único Inédito no mundo inteiro Primeiro e último e verdadeiro – Mas tão à esmos! – O fato é que todos eram, também Exemplares singulares de si mesmos

Poema

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DA CORRIQUEIRA SINGULARIDADE
DA CORRIQUEIRA SINGULARIDADE

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·Aug 20, 2020

Soneto Cristão

Cristo lá estava plenamente presente Em todos seres e em tudo o que havia Mas era o pastor fascista, quem, todo dia Respondia com palavra as palavras do crente E por mais que estivesse em todo canto A luz passava direto pelo Divino, invisível. Já o ódio pastoral chegava a ser tangível Dentro da igreja, aos gritos, e tantos! E os cristãos partiam da casa do todo poderoso Com o coração quentinho de intransigência; Herméticos para qualquer indecência:

Poema

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Soneto Cristão
Soneto Cristão

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·Aug 20, 2020

VERSOS DESVAIRADOS

As vezes tropeço o passo de cabra são. Caio e meu dedão dói e minha cachola sangra. É engraçado isso do minuto pro outro. Rolo no chão liso da insanidade. Escorrego, escorrego absorto derretido. Meu dedão dói e minha cachola sangra. o mundo noventa graus virados em sentido anti-horário passam versos a minha frente eu sei…

Poema

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VERSOS DESVAIRADOS
VERSOS DESVAIRADOS

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·Aug 20, 2020

AUTORRETRATO

Muita coisa me aflige muita coisa me renova surgem, à frente, esfinges e, logo após, supernova Ciclicamente lampeja o sentido desta vida na arte como à igreja verbalizando a ferida Hierática que transcende para mim ainda moço junto aos lampejos acende um fogo da alma ao dorso. Sangrando e insatisfeito com a linguagem da língua estanquei sangue do peito com película, à metalíngua, Fazendo cenários, cenas, nas…

Autorretrato

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AUTORRETRATO
AUTORRETRATO

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·Aug 20, 2020

UM POEMA DESSES QUE A GENTE SE DEIXA LEVAR

Ela disse ter sonhado comigo E me dei conta, para além Do cogito, ergo sum Que sou um: Dei-me conta de mim. Mas Mais que um: Como se eu fosse bem mais, Conjurado tal qual fiat lux, Afora em projeções individuais Eu aqui Eu acolá Surgindo feito fóton capturado Banhado em nitrato de…

Poema

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UM POEMA DESSES QUE A GENTE SE DEIXA LEVAR
UM POEMA DESSES QUE A GENTE SE DEIXA LEVAR

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·Aug 20, 2020

Buá!

A razão é uma represa Deveras conveniente Concretismo de defesa Guardador d’água demente Em toda liquidez de dor e de delícia Verso e reverso que dá numa coisa só Reverberando a geleia em lá maior Batendo ao crânio em rudimentar carícia Processo que ciclicamente se dará Que água mole em pedra dura Tanto bate Que buá Buááá Buáá

Razao

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Buá!
Buá!
Calcifer Zecaiê

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"Até que nem tanto esotérico assim"

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