Notas, complementos, segredos e agradecimentos

Abaixo você encontrará notas sobre as fontes que citei, sugestões de leituras futuras, muitos “obrigados” e alguns comentários que não entraram nos capítulos. Vale a pena ler!

Introdução

O acampamento de verão que eu frequentava na infância era o Deer Crossing (http://www.deercrossingcamp.com), que, ao término da escrita deste livro, completou seu 32º ano de operação contínua.

O livro de John Taylor Gatto que me deixou em chamas foi o A Different Kind of Teacher.

O “Acampamento de Quem Não Volta à Escola” (Not Back to School Camp) também continua em funcionamento, e eu tenho trabalhado com eles todo ano desde 2006. O site deles é http://www.nbtsc.org.

Para saber mais sobre minha empresa, a Unschool Adventures, visite http://www.unschooladventures.com.

A Menina que Navegou o Mundo

Laura Dekker gentilmente me deu permissão para compartilhar sua história, me enviando um e-mail diretamente da Nova Zelândia. Você pode saber mais sobre ela buscando o perfil que publicaram a seu respeito na revista Outside, assistindo a sua fala no TEDx ou pesquisando pelo documentário Maidentrip, que narra a viagem que ela fez pelo mundo.

O Que Aprendizes Autodirigidos Fazem

Sabe aquela analogia do mapa e da bússola? Gosto bastante dela. Sempre que estou caminhando numa trilha, costumo agradecer pelo fato de alguém antes de mim ter se dado ao trabalho de abrir caminho em meio à floresta.

Sem isso, é provável que eu nunca começasse a apreciar esse tipo de atividade. Ainda assim, eu sei que as melhores experiências na natureza estão quase sempre fora dos caminhos preestabelecidos, e tudo que você precisa para encontrá-las é cultivar algumas atitudes básicas de navegação — tipo ter uma bússola, um norte. Aprender de forma autodirigida é se dispor a buscar as melhores experiências educacionais que, muitas vezes, só podem ser encontradas fora das rotas habituais.

E aí, mandei bem na analogia? Diz que sim, vai!

O Que Aprendizes Autodirigidos Não Fazem

Eu e Nate Singer, um colega de Berkeley, criamos o curso Nunca Fui Ensinado a Aprender por meio do programa de Educação Democrática da Universidade da Califórnia (De-Cal Program). Acabamos tendo muito mais participantes do que o previsto inicialmente, mas tentamos não nos desesperar muito. Oferecer um curso para 70 colegas de faculdade aos 20 anos é um desafio bastante complicado. No semestre seguinte eu ofereci novamente o curso, mas desta vez sozinho e com um grupo bem menor (Nate também foi quem me emprestou o primeiro livro de John Taylor Gatto que li na vida).

Se alguém um dia me presentear com uma touca igual a que perdi naquele dia, isso me faria tão, mas tão feliz!

Aprendizagem Consentida

Quantos anos você precisa ter para tomar uma decisão consciente a respeito da sua educação? É uma pergunta em aberto. Muito do que faço é direcionado para jovens e adultos, os quais acredito serem plenamente capazes (ou pelo menos potencialmente capazes) de decidir conscientemente. Para crianças menores, talvez isso não seja uma possibilidade, mas é sempre possível ir preparando o terreno.

Existem formas de se aprender e se desenvolver num ambiente de aprendizagem não consentido? Sim, com certeza. Flores conseguem florescer mesmo nos lugares mais inóspitos. No entanto, não acho que esta seja uma boa desculpa para forçar alguém (ou você mesmo) a aderir a uma iniciativa educacional de longo prazo que lhe pareça eternamente sofrida e pouco produtiva.

A citação de Ana Martin, a mãe por trás da página The Libertarian Homeschooler no Facebook, foi utilizada com sua autorização.

Autonomia, Maestria e Propósito

A ideia por trás da ilustração é “carregue sua própria cenoura”. Em outras palavras: motive a si próprio. Shona, a ilustradora deste livro, apareceu com a ideia e eu adorei! (mesmo que o sistema de “porretes e cenouras” seja algo que busquemos evitar).

A família de Celina encontrou as 50 famílias que os hospedaram nos 17 países por meio da rede Servas (dê um Google). Escolas Waldorf receberam as aulas de dança que a família dava para se sustentar durante as viagens.

Veja as fotos da pequena casa que Celina construiu em seu blog: http://www.mytinyabode.blogspot.com. Celina me deu permissão para compartilhar sua história.

Autonomia, maestria e propósito são os pilares que sustentam todas as manifestações da motivação intrínseca, conforme se vê no trabalho dos psicólogos Edward Deci e Richard Ryan. Para saber mais, recomendo fortemente os livros Porque Fazemos o Que Fazemos, de Deci, e Drive, de Daniel Pink, cuja obra foi meu primeiro contato com o tema. (Na linguagem criada por Deci e Ryan, os três ingredientes básicos são autonomia, maestria e afinidade. Pink relançou o terceiro elemento chamando-o de propósito eu seu livro.)

Adoro o significado da palavra autotélico (uma pena que é uma palavra tão pouco difundida). Csikszentmihalyi é mais um autor pertencente ao campo da “psicologia positiva” — junto com Deci e Ryan, Martin Seligman, Abraham Maslow e muitos outros — que merece ser lido. O termo autotélico foi retirado de um dos livros de Csikszentmihalyi, A Descoberta do Fluxo, de 1997.

Disciplina, Dissecada

Neste capítulo eu combino os conselhos que encontrei no livro The War of Art, de Stephen Pressfield, e o ensaio transformador de Paul Graham intitulado What You’ll Wish You’d Known. Leia gratuitamente todos os ensaios de Paul Graham neste link: http://www.paulgraham.com.

Prisões e Chaves

Este é o primeiro de muitos capítulos que só existem devido à existência de Jim Wiltens e do acampamento Deer Crossing. Em nenhum outro lugar (e por meio de nenhuma outra pessoa) eu aprendi tanto sobre como aprender a aprender.

Se você for jovem e estiver planejando uma temporada no Deer Crossing, peço desculpas por ter arruinado a surpresa da caminhada na escuridão.

Sempre que alguém no acampamento dizia “eu não consigo”, havia na verdade três coisas que os instrutores sugeriam como substitutos:

  • Diga “OGISNOC OÃN”, isto é, “não consigo” dito de trás pra frente. Há toda uma história sobre o monstro OGISNOC — que eu não te contarei — que faz parte da genialidade do acampamento.
  • Diga “Eu escolho não fazer”, uma forma básica de reconhecer que você está se decidindo por algo.
  • Diga “Eu poderia se…”.

Examinar suas conversações internas, identificar crenças irracionais e tentar substituí-las por outras mais racionais são os mesmos passos por trás da terapia cognitiva comportamental.

Não Vá com a Primeira Resposta Certa

Sean me autorizou a compartilhar sua história. Contudo, não pedi permissão a ele para fazer um desenho de seus incríveis dreads. Espero que ele goste.

Tomei contato pela primeira vez com a ideia das múltiplas respostas certas por meio de Jim Wiltens.

Googlando Tudo

A citação de Austin Kleon foi retirada de seu maravilhoso livro Roube Como Um Artista, o qual foi uma grande inspiração para este livro e suas ilustrações.

Bryan (o cara que quebrou o tornozelo) me contou sua história com a condição de que eu dissesse que ele viajou sem aval médico e que ele não recomenda o mesmo procedimento para outras pessoas.

Talvez a habilidade mais importante na Internet seja saber distinguir entre conteúdos falsos e reais online. Minha amiga e jornalista Michelle Nijhuis escreveu um artigo sensacional chamado The Pocket Guide to Bullshit Prevention: http://www.lastwordonnothing.com/2014/04/29/the-pocket-guide-to-bullshit-prevention.

Dê uma olhada no livro Why School?: How Education Must Change When Learning and Information Are Everywhere, de Will Richardson, para saber mais a respeito da integração entre tecnologia, educação e escolas.

Enviando E-mails para Estranhos

Jonah, que me deu permissão para compartilhar sua história, foi aluno da escola North Star, localizada em Hadley, Massachusetts, na época em que se encantou por química. Se você ainda não conhece a North Star, vale a pena dar uma olhada (http://www.northstarteens.org): trata-se de um modelo inovador para apoiar jovens autodirigidos que está se espalhando para outros lugares.

A inspiração para este capítulo veio do artigo de Mattan Griffel intitulado “Como fazer que uma pessoa ocupada responda seu e-mail”, disponível neste link: http://papodehomem.com.br/como-fazer-que-uma-pessoa-ocupada-responda-seu-e-mail.

Nossos Rastros Digitais

Cuidado: Girl Walk //All Day contém letras com conteúdo explícito! (Desculpe, provavelmente já é tarde demais…)

Tentei fazer contato com Anne Marsen a fim de pedir permissão para compartilhar sua história, mas não tive sucesso. Minha fonte principal foi um artigo do New York Times sobre ela e seu projeto disponível aqui: http://www.nytimes.com/2011/03/06/magazine/06GirlWalk-t.html.

Escrevi mais coisas a respeito da criação de conteúdos compartilháveis online (“entregáveis”) no meu segundo livro, Better Than College (http://www.better-than-college.com).

Informação x Conhecimento

Minha editora disse que eu criei uma imagem muito negativa dos MOOCs nesse capítulo. Cheguei a concordar com a defesa dela a respeito da taxa de evasão dos cursos online: na Internet, quando algo é gratuito, a taxa de abandono será naturalmente alta porque não há nenhum incentivo negativo. Mesmo assim, me mantenho firme em relação à minha perspectiva original sobre os MOOCs. Penso que eles são uma ótima ideia se o objetivo for escalar a escola a partir de uma visão de negócio, mas eles não inovam no que se refere à criação de alternativas ao modelo de aula.

A taxa de evasão de 95% dos MOOCs é apontada aqui: https://www.bloomberg.com/news/articles/2014-01-21/harvard-online-courses-dropped-by-95-of-registered-study-says.

Sozinho, Junto

A ideia para a imersão de escrita da Unschool Adventures surgiu quando conheci o National Novel-Writing Month (NaNoWriMo), um desafio de escrita de 50.000 palavras que ocorre geralmente em novembro. Criado em 1999 pela escritora freelancer Chris Baty, o NaNoWriMo estimula colegas escritores a desligarem seus editores internos e, no lugar disso, focarem na quantidade diária de palavras que conseguem escrever. Tentei esse desafio duas vezes; falhei nas duas. Na primeira tentativa, consegui 11.000 palavras e, na segunda, aproximadamente 30.000. Para saber mais: http://www.nanowrimo.org.

Se você é um “eu-preendedor”, freelancer ou faz parte de uma equipe muito pequena, recomendo fortemente que você dê uma olhada nos espaços de coworking mais próximos. Esses locais oferecem uma atmosfera de escritório compartilhado em que você pode trabalhar sozinho, ao mesmo tempo em que está junto de várias outras pessoas com carreiras semelhantes à sua. (Eu mesmo escrevi vários trechos desse livro em um espaço de coworking que me fornecia pausas de conversas e pingue-pongue extremamente necessárias.)

O comentário de Michael F. Booth pode ser encontrado aqui: https://news.ycombinator.com/item?id=2462777.

Tribos Nerds

A inspiração para escrever esse capítulo veio de mais um ensaio de Paul Graham, intitulado Why Nerds are Unpopular. Morar e trabalhar em casas compartilhadas foi a parte mais importante da minha experiência de faculdade. Se você tiver a chance de morar com pessoas nesses termos, eu recomendo muito. Pesquise online por “co-housing [sua região]” para encontrar espaços criados por pessoas simplesmente apaixonadas pela ideia de morar e cooperar com outras pessoas.

Aprendendo a Aprender

Aqui vão algumas fontes de inspiração para as atividades que utilizei na imersão de liderança:

  • Fim de Semana Empreendedor: Tina Seelig da D.School de Stanford.
  • Fim de Semana do Clipe: veja o projeto de Kyle MacDonald chamado One Red Paperclip no link http://youtu.be/BE8b02EdZvw.
  • Fim de Semana de Rua: me inspirei na “viagem de ascensão” do acampamento Deer Crossing.

A fonte da citação de Seth Godin que utilizei é a que segue: http://sethgodin.typepad.com/seths_blog/2013/09/the-truth-about-the-war-for-talent.html.

A frase “pessoas são contratadas por suas habilidades profissionais e demitidas por suas características pessoais” foi dita por Pieter Spinder, da Knowmads, uma escola de negócios em Amsterdam.

A Aula de Dança

Grace Llewellyn (autora do Teenage Liberation Handbook e fundadora e coordenadora do Acampamento de Quem Não Volta à Escola) foi quem me conectou primeiramente com Alicia Pons. Obrigado, Grace.

Tentei recordar as falas de Alicia de cabeça, o que significa que elas não são citações diretas. Contudo, talvez minha memória seja um pouco imprecisa…

Sensualidade Indescritível

Fiz uma adaptação desse workshop a partir do trabalho de Jim Wiltens, que ensina essas técnicas como parte da formação de instrutores do acampamento Deer Crossing. Alterei sutilmente as palavras e acrônimos originais: a terminologia que Jim usava era composta pelas siglas POGSS (Postura, Olhos, Gestos, Sons e Sorriso) e EAPE (Escuta Reflexiva, Afirmações do Eu, Perguntas Abertas e Experiências).

E sim, eu realmente adoro vídeos online de gatos.

Prática Deliberada

Mais informações sobre a pesquisa de Ericsson você encontra facilmente online; minha fonte principal foi o excelente livro Desafiando o Talento, de Geoff Colvin.

A recomendação de Daniel Coyle foi retirada de seu ótimo guia para colocar a prática deliberada em ação: The Little Book of Talent.

Limpando Cocô para Chegar Lá

Vou compartilhar um segredo meu com você: estou trabalhando duro para começar meu próprio acampamento / não escola / programa de aprendizagem neste momento. Estou super empolgado com isso. Espero que, na hora em que você estiver lendo estas linhas, eu já tenha mais detalhes a respeito para compartilhar. Fique ligado no meu blog (http://blakeboles.com), ou então você também pode me stalkear no Facebook (http://www.facebook.com/blakeboles).

Paixão, Habilidade, Mercado

Carsie Blanton me deu permissão para compartilhar sua história enquanto ainda se preparava para a turnê pelos Estados Unidos de seu disco financiado coletivamente. Se você tiver a oportunidade de vê-la no palco, faça a si mesmo esse favor: http://www.carsieblanton.com.

Para saber mais sobre os conselhos de carreira de Tina Seelig, dê um Google no vídeo que ela gravou para o Stanford eCorner sobre “interesses, habilidades e mercado” ou leia o livro que ela publicou, Se Eu Soubesse Aos 20… — Lições Para Ser Bem Sucedido Em Qualquer Idade.

A abordagem da paixão, habilidade e mercado não é a mesma coisa que ganhar dinheiro com um trabalho convencional (pelo qual você não é apaixonado) e desenvolver hobbies no seu tempo livre. É possível fazer isso e, ao mesmo tempo, ser um aprendiz autodirigido? Desde que você esteja consciente de sua escolha e preste bastante atenção nos seus níveis de sanidade, então sim, acredito nessa possibilidade. (Particularmente, prefiro o risco de ficar pobre na busca pelo ponto de interseção entre paixão, habilidade e mercado).

Riqueza de Tempo

Dev Carey, que trabalha comigo na Unschool Adventures e recentemente lançou seu próprio programa de aprendizagem (veja mais em www.hdcss.org), autorizou a publicação de sua história.

Dicas de Carreira de um Robô Dinossauro

Veja mais sobre Fake Grimlock nos endereços https://twitter.com/FAKEGRIMLOCK e http://fakegrimlock.com.

A entrevista que o criador do personagem concedeu pode ser encontrada aqui: http://thenextweb.com/insider/2012/03/31/breakfast-of-champions-meet-the-man-known-as-fakegrimlock.

O post que fala sobre personalidade intitulado “Minimum Viable Personality” pode ser lido neste link: http://avc.com/2011/09/minimum-viable-personality.

Como Incendiar sua Mente

Leia mais sobre a teoria de Carol Dweck em seu livro, Mindset, ou online em seu site, http://www.mindsetonline.com (de onde as citações que utilizei foram retiradas).

A citação de Geoff Colvin foi retirada de seu livro Desafiando o Talento.

Agradecimentos finais

Este livro não teria sido possível sem o apoio generoso dos meus 264 apoiadores no Kickstarter (https://www.kickstarter.com/projects/blakeboles/the-art-of-self-directed-learning), dos membros do meu time de super-heróis da escrita, dos aprendizes autodirigidos que compartilharam suas histórias comigo e de Franki Wangen. Obrigado a todos.

Muitas pessoas importantes ajudaram a transformar meu manuscrito num produto final bem acabado e publicado de maneira independente. Lori Mortimer, minha editora, escavou meu manuscrito profundamente e depois me ajudou a colocá-lo de pé novamente; Shona Warwick-Smith, a ilustradora deste livro, captou minha mensagem e, de forma autônoma, elaborou muitas das ilustrações; Ashley Halsey combinou palavras e imagens num lindo PDF; e Dawn Forbes revisou o texto como ninguém.

Por uma nova forma de trabalhar e gerar valor

Ei! Sou o Alex. É com muita alegria que faço este blog.

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Alex Bretas
A Arte da Aprendizagem Autodirigida

Alex Bretas é escritor, palestrante e fundador do Mol, a maior comunidade de aprendizagem autodirigida do Brasil. Saiba mais em www.alexbretas.com.