Transformações a dois

Allen Ribeiro Porto
A Bíblia, o Jornal e a Caneta
3 min readSep 25, 2019

O casamento dos Schaeffers teve um início difícil.

Francis e Edith Schaeffer se casaram em 1935, logo após Francis concluir seus estudos pré-ministeriais. À época, eles tinham 23 e 20 (ela ainda faria 21) anos de idade.

Casaram-se com o orçamento apertado e sem grandes planos financeiros. Schaeffer havia concluído os estudos pré-ministeriais, e agora seguiria para o seminário em regime interno, de modo que não poderia assumir um trabalho externo para prover para a família. No início da vida a dois, ambos combinaram que Edith contribuiria para a provisão com as suas habilidades de costureira.

A sua lua de mel foi do tipo mais simples, com algumas cenas trágicas (ou tragicômicas). Edith conta como, na viagem para o pequeno chalé, eles pararam para tomar um sorvete numa lanchonete da estrada, e parte dele sujou a linda roupa escolhida de modo tão especial por ela. Ficou irritada e frustrada, mas depois aprendeu que a vida é cheia desses episódios. Reservaram um chalé pequeno, de apenas um cômodo, e como tentaram fazer tudo de modo mais econômico, o cheiro da comida que eles haviam levado nos recipientes e o pouquíssimo espaço entre malas e outras coisas no chalé atrapalharam o momento.

Antes de sua transformação, Schaeffer também tinha de lidar com sua propensão à ira e Schaeffer não agiu sabiamente no período próximo do nascimento de sua primeira filha (ele estava ajudando na formação do Faith Theological Seminary, e acabou não dando tanta atenção e suporte a Edith).

Nada disso parece agradável, né?

E, no entanto, Deus sustentou e transformou aquele casal de tantas formas, que eles puderam ajudar vários outros indivíduos e casais em sua caminhada.

Nós carregamos expectativas irreais sobre o casamento. Queremos começar por cima, queremos conforto e tranquilidade, queremos ser e ter o melhor marido/esposa logo nos primeiros dias de casamento. Mas vem a realidade e nos atropela.

O casamento é o palco de novas transformações de Deus para nós. É quando abriremos os olhos para algumas inseguranças e fraquezas, quando aprenderemos a confiar na provisão do Senhor; é quando, seja pelos momentos de frustração ou de satisfação, poderemos abrir os olhos e perceber que Deus nunca falha.

Mas por diversas razões, como essas expectativas irreais que carregamos, a mentalidade individualista que assumimos e a secularização da nossa agenda, muitos estão se privando do casamento, ou experimentando-o em uma base frágil e insuficiente.

Solteiros deveriam estar fortalecendo sua masculinidade e feminilidade segundo a Bíblia; namorados deveriam estar conversando sobre as perspectivas para casar; noivos deveriam estar mediante sobre as bases sólidas para a vida a dois, e recém-casados deveriam continuar buscando em Deus a graça para iniciar bem.

Mesmo que você tenha começos bagunçados, como o de Francis e Edith, Deus poderá fazer algo incrivelmente belo.

* * *

Se você tem interesse nessa caminhada de preparação e reflexão, na próxima semana teremos a "Semana Quero Casar”: uma semana de reflexões sobre masculinidade, feminilidade, aliança, família, e tantos outros temas que surgem nessa conversa. Como todas as semanas que organizamos, o material é inteiramente gratuito.

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Allen Ribeiro Porto
A Bíblia, o Jornal e a Caneta

Allen Porto é pastor presbiteriano na cidade de São José do Rio Preto, SP. É casado com Ivonete, e pai de Matias e de Lúcia.