O seu maior erro
Quando as paixões se tornam efêmeras…
Às vezes, eu sei que você não vem... Às vezes, acho que só o amor não é o bastante. Talvez porque nossos objetivos sejam completamente opostos. Talvez seja porque crescemos em instantes diferentes. Nossos planetas já não são tão compatíveis assim, e a minha alma segue vagando em um universo cheio de possibilidades por fora, mas que por dentro já está completamente vazio...
E eu já não sinto nada há bastante tempo. Toda a chama, toda a cor... Todo o brilho já se apagaram. Sinto um abandono imenso dentro do peito... Mas não é pela lágrima que você me deixou como um último aviso, um último adeus... Sinto a sensação de abandono porque eu me abandonei no meio do caminho! Fui fraco e deixei as emoções dominarem. Fui intenso e me entreguei a isso completamente, e no final, não recebia nem 1% disso de volta... Desperdício de energia.
Mas tudo bem... A culpa é só minha! Me iludi mais uma vez. Enxerguei amor onde só existia uma paixão efêmera e pequena... Quero acreditar que no fundo, eu seja grande demais pra você. Quero acreditar que o meu brilho ofusca toda a tristeza e amargura que cê carrega no fundo desse olhar e tenta disfarçar com as suas maquiagens. Quero acreditar que no futuro não tão distante existe algo melhor pra mim.
Eu caí num abismo profundo e sem fim. Sem expectativa de resgate ou perspectiva de sobrevida... E quando a nossa história acabou... Eu ainda consegui me reerguer. Ainda me mantive de pé por um milagre!
Talvez quando fechar os olhos, ainda lembre daquele sorriso que um dia me fez tão bem... Talvez as memórias boas ainda continuem lá... Surgindo como um gatilho mental e com um impulso entre os dedos, fazendo com que eu te mande mensagem em alguma madrugada perdida... Mas acredito, que posso ser maior que isso!
Quem sabe seja louco... Quem sabe, não me contente com o pouco. Será que a lua está de fato ao meu favor? Será que o eclipse pode ser tão raro quanto um relacionamento saudável?
Não entendo o motivo de cairmos em tantas armadilhas. Do nosso sangue ser sugado por vampiros. De nos apaixonarmos por quem está distante e não vibra na mesma sintonia...
Sim... Eu poderia ter sido o seu refém para
sempre... Mas você só me subestimou. Se acostumou com um brinquedo que demorou para ser conquistado e quando enjoou fez questão de jogar fora na primeira oportunidade!
Sentiu a calmaria do lazer, desfrutou de cada prazer... E no fim desse dia, o seu maior foi me tratar como um poeta qualquer…
Texto originalmente publicado na Newsletter Diga Olah! Disponível no Substack.