O suficiente
Às vezes acho que não sou a suficiente pra você…
Muitas vezes me questiono sobre o meu caminho, sobre o meu jeito, sobre como vou demostrar amor e carinho por quem amo...
Eu tenho um mundo muito fechado, e quem me conhece já sabe disso... Encontrei nas palavras um refúgio. Uma forma de falar sobre vários sentimentos estranhos e que até então, eram desconhecidos pra mim...
Já tentei inúmeras vezes ser um pouco mais racional porque não quero ver o meu coração quebrar novamente. Mas simplesmente não consigo... Eu não consigo controlar o impulso das minhas emoções. Não consigo controlar àquilo que vem da alma... Não sei qual foi o momento exato em que as emoções tomaram o controle. E por muitas vezes, tentei voltar atrás, mas aí já era tarde demais pra isso.
Escrevo sobre sentimentos quase todos os dias da semana... Muitas vezes na tentativa de entender melhor da onde vem essa sede. Essa vontade inconsciente de querer sentir algo novo e em todas as formas possíveis... E talvez, seja por isso que ache os meus textos sempre iguais...
Não é novidade que te fale ou escreva coisas bonitas... Mas isso é um impulso. É mais forte do que eu! E você vai ver que daqui a alguns minutos estarei arrependido por te enviar esse texto... Mas vai fazer o quê, né? Esse é o meu jeito!
Sempre arrumo um tempo pra inventar alguma nova! Criar rabiscos de cartas que talvez nunca irão enxergar a luz do dia e chegar em alguém... Escrever poemas que logo depois voltam pra gaveta porque não achei bom o suficiente. Mas o que é bom o suficiente? Essa é a pergunta que me faço todos os dias...
Eu nunca acreditei que era bom o suficiente. Nem para criar coisas e nem para um outro alguém... Por isso me calo e guardo as palavras não ditas em um rascunho de papel amassado. Mas, se por um acaso você encontrar esse papel amassado...
Saiba que eu sempre te amei... Mas não me acho o suficiente pra você.
Texto originalmente publicado na Newsletter Diga Olah! Disponível no Substack.