___-___-___-___-___-__M A̸̡̹͔͇̰̺͖͍͕͚͕͓̭͓̰͔͇ͪ̓̇ͪ͛͆ͣ́̈̃͞͡ͅN I F E̫̦͎̪̗̰̯͕͍͇̬͉ͪ̆͑̑̾̀̃ͯ̉͋̓̎̃͑͑͐͠ S T Ǫ̛̪̯̘̱͇̺̰͇̖̬̬̜̼͖͕̎̒̑ͅͅ

Rodrigo Moon
A Casu
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5 min readApr 23, 2017
Dá um play M̥̱̬̰̭͔̼͐̑̋̈ͤ̃̋̂̎̈́̀̌͟ͅa̬̜̗̳̝͇̭͙͍̘ͭ̓̉͊̂͌̀͡͠r̷̟̝̮̞̫̘̖̪͎͈͖̗̞̯ͭ̂͂͑͂̉ͭ͌ͪ̃́o͉͍͍̭̭̙͎͇̻̥ͧ̔̐͒̾̓ͬ̽̋ͣ̔ͣ͌̏̑̀̀ţ̸̸̥͈̦̝̦̱̰̘̬̘̙̜͍͕̙̗̗̿̓͒ͥͅǫ̵̞̳͙̹͍͎̮̭͔͖͈̭̤̙͌͒͑̎ͨ̒̆ͫ̾̽̏ͧ̒ͯͨ̈͠ͅ

a·ca·so Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (Brasil)

substantivo masculino

1. Ocasião imprevista que produz um facto | 2. O que acontece fortuitamente.

advérbio

3. Expressão usada para indicar uma hipótese (ex.: acaso haverá algum médico entre nós?) | 4. Casualmente | 5. Talvez.

ao acaso
• Sem a reflexão necessária. = À TOA, À VENTURA

H̶͎͚̲̲̹͈̙͔͙͓͌͌ͭͣ̓́͘͡Ú̸͚̮̭̱̮͈̦͍̓̈͐ͣ͘ͅ3̢̦̲̲̟̜ͥ̊ͬ̑͑̉ͬ͐͌̅̌̒̃̑ͯͬ̋̚͟H̻̰̣̗̙̪͎̺͕̹̪̣̙̫͓̍̍̃̓̑̾̋̾ͯ̇̓ͯ̚͢͠ͅƯ̯̦͎̘̘̞̓ͦ̓ͣͭ̋̾ͮͯ̃̓ͦ̕̕͜3ͣͦ͌̋ͪ͗̈́̄̃̐҉̨̢͠҉̩̘̤̗̝͕̼̪͙̱͈̯̖H̔̂̈́ͥ̿͛̿͒̇̔ͥ͊ͦ͌ͨ҉͎̖̙͍̜̺̯͓͈̪͈̻͈̱͎̕͠ͅU̯̼̦͙͔̫̻̐̈́̌̿̓̅ͫ̾̀͆͆ͮ̏͢3̸̛͖̟͙͔̥̱̠͙̺͉̄̌̆͗ͪͮͯ̈́̊ͮͯͥ̌ͮ̕͝ͅH̷̢̨̰͇̪̻͇̔̑ͯ̿͊ͪ́̐ͫͧ͆̓ͨ̒̉̉̃͐͝͝U̝̜̙̅̌͋́́͘͜͡3̷̧̨̖̳̖̮̩̟͆ͯ̐͋͝H̴̨̞͍̗̺̙̣͓͇̟̖́̉͛̔́ͣ̑̒̈ͥ̽ͩͫ͒̔̄́͞U̝̥̖͈̱̪̲͈̅̉̓̈͆͊̒ͭͥ͛͛͞͠3̛̄͛̓͒̊ͬ̅̍̉҉̭͚̭͍͎̰̰̩͓̣̤͙̺

1- O conceito de acaso nos fenômenos da natureza é relacionado ao conceito da aleatoriedade objetiva de Epicuro, que é a aleatoriedade da ausência de causas.

É a aleatoriedade associada à estruturas e processos (sequências de fenômenos) que não são determinados por nenhuma causa, que negam todo recurso a mecanismos antecedentes; uma estrutura com aleatoriedade objetiva é impossível de descrever completamente, portanto, sobre ela não podemos construir modelos físicos (ou seja, construir uma Física que os descreva).

Um processo com tal aleatoriedade objetiva tem comportamento impossível de ser previsto e controlado, e se o repetirmos experimentalmente a partir de seus estados iniciais e causas idênticas produzirá efeitos diferentes que são determinados de um modo totalmente ao azar (aqui, podemos usá-lo como um sinônimo de acaso).

Exemplos de fenômenos com tal aleatoriedade são o decaimento radioativo de um átomo, a emissão de um fóton por um elétron de um átomo excitado, a geração de um elétron e um pósitron conjuntamente a partir de um fóton de alta energia (partícula gama), no que é chamado de produção de par, a produção de partículas a partir da instabilidade do vácuo e diversos outros fenômenos tratados na mecânica quântica. Não existe modo algum de se prever o momento exato no tempo e até a direção em que se dará a ocorrência de tais fenômenos.

Na interpretação de Copenhaga da mecânica quântica, a questão de ausência de causa nos fenômenos quânticos é relacionada aos conceitos e consequências do princípio da incerteza de Heisenberg, as implicações da violação das desigualdades do teorema de Bell e as implicações de causalidade no tempo relacionadas ao teorema de Noether. Aqui, devemos ter em conta e concluir que todo o efeito possui uma causa, mas não necessariamente, na natureza, todo o evento necessite de uma causa, havendo, pois, eventos sem causa, ou ao acaso.

Sou eu, em múltiplos, tudo o que já viveu e o que viverá. Distinguo-me, pois, pela minha singularidade, minha unicidade e ao mesmo tempo minha memória. Se fui, jamais sou, pois serei; ao mesmo tempo que apenas o presente aponta uma mínima determinação. O acaso é transtemporal e universal. Se teísta, chame de Ḑ̠̥̘̪̜̳̰̫͚̟͕̱̳̬̝͇̱͎ͭ̿̊ͪ͆͐͟ę̷̞̘͕͖̹̘͉̜̣̱̤͉͇͚͇ͥͤ̇͊͑͐͐̒̐̀͡ų̸͖̙̳͓̻̦̱̠͚͖̫̖̰͈̥͓͎̘̈́̐̂̏͗̌̕͘s̨̻̥̗͍̳͉͇̰͓ͥ̂̎̌ͤͬ͡͡͡, do contrário, venha como eu e seja presente. Não nomeie, não se ocupe de coisas chulas, perdas de tempo que lhe convenceram serem fundamentais. Você não é nada, você não é um nome, ou pronome, ou qualquer vocativo que qualquer língua possa proferir.

N̴̛̛̠̳̺̩͖̻͓̱̽̏̈́̐̌͌̏ͨ̾̏̿ͮͥ̾ͦ͋͒ͬ͢A̵̷̸͇̫̗̼̹̻͙̹̲̭̔ͤ̉̓̍̉́̒̈ͧͦ̾̀ͩ̍̂ͫͅǪ̫̭͔̝̱̻̦͙̤͇̬̳̬̩̱̓͆ͧ̚͜ͅ ̴̧̝̺̣̭͔ͧ̒̑̔ͫ̋͛ͧͭ̈̌̔ͧ͢ͅF̵̷̡̼͓̫̦͍̻͉̦͎̳̙͇͍̓̈́̓̾̾̀̿ͪ̐̇̑́́͌̂̾́͟Ą̛̹͙̺̙̜͕̞̺̯̬̳̫̤ͨ́ͤ̇͛͟͜͞Z̷̢̼͉̳̲̼͍͙̯͚̟͓̝̳̮̟̱̮ͫͤͭ̔̒̎̇̊̌̄ͮͥ̓̄ͦͦ̓̏ ̡̛͗̓ͪ̓͛ͨ̒ͭ̽̃͏͏̷̖̗̯̱͍͚̩͖̬͉͙̰̻̠ͅͅͅS̡̡̝͚̹͖͂̅ͯ̂̍̇̓̾̿̀͋͌̍̓ͪ̀͠Ë̶̑͒ͥ̓̈́҉̢̢̘̮̗̪͔͔̳N̸̪̬̲̘̞̮̦̦̳̬ͫ͆ͭ̉͆̏̽̿̀͝Tͭ̋̓̐ͭ̏̾͜͏̥̟̮̱̲̮̭͓̬̫͍̮ͅI̷̺͚̩͖̯͇̭̠͙̜͈͙̹̘͔̪̗̮̻ͩ̍ͤ̎̈ͤ͌ͨ̊͒ͨ̚̚͘̕Dͩͣ̆ͬ͌̀͊̉̀͘҉̱͉͉̮̖̠̕Ȯ̸͉͍̙͉̹̜̤͈̲͖͎̩̊̇̽ͯ̀͘͜ͅ

Eu falo, posso falar, e com certeza falarei muitas coisas, de certo que não farão sentido, mas ei, qual o problema? Pensa-se que o anterior ao sentido é o afeto, da ordem das sensibilidades, A̩͍̖̰̠̟ͣ̐ͧͅE̙̖͕̙̪͉͓̗̟̼ͮ̊ͮ̔ͮͯ͊S̹̺͚̬̪̝̝ͨ͊͌̎ͣ̏ͯT̮̻̫̞̻͉̤̭̙̋͒ͣ̒͋ͯͮ̒ͤͦ̐ͬ̇H͔̬̞̣̲̘̺͈͔̥͇̭͈̘̩̗ͮ͋ͮͣ͌ͭ̒ͥ̒̀ͥ͐ͅE̠̙̭̲̬̥̙͕̥̼̱͈̥̮̝̗͖̫̻ͬ̉͐ͯ́̎͌̐̒̒͑͋̚Ṱ͖̠̲͎̺̱̣̠̽͊̾͛̏͂̆ͮ̚I̥̫͖̫̤̖̱̭̩͕̦͙̲͚̭̼̫̤͒̿ͭ̔͐̓̎ͮͯͪ̈́̈̽ͅC͚̲͖̬̭̪̞̖͓̘͕̖̆ͧͩͯ́ͬ̋̋̔̈̓ͣ̌͌̃̚ͅͅS͍̳͙̞͎̮̗̰̫̗̲̼̻͔̆ͭͨ̂͐͑̽, asignificante, por assim dizer. Da ordem do juízo, da aceitação, e do entendimento, temos os signos, humanos, imagéticos, simulações e seus simulacros, que nada impedem a realidade, mas ao contrário, a potencializam, a gama virtual de devires atualizáveis: malha informacional. Mas ei, que será o acaso, que senão, a ordem reguladora da atualização sempre eminente de potencialidades? De previsões, imaginações, projeções complexas dotadas de sentido que tentam antever, mas apenas frustram expectativas: entropia.

Meu manifesto vem em uma defesa esquizofrênica, contra a norma, a previsão, o projeto, contra tudo que se prove antevedor ou da ordem da precaução. Venho em defesa do U̢̨̝̺̰̺̺̱͔̖̝̖͖̗̳̫̰̗̼͓̥͒ͯ͛̄ͩ̏͜͟N̷̶͓̞̹̱̪̦̮͖̮̜͕̖̂͂̈́̏́ͮ̿̎̓ͨ͋̓ͯ̅Ǫ̸̵̭̣͇̜̺̻͈̟̂ͣ̇̑̎̂̐͆ͫ̿̚͟ universalisado, da expansão da consciência, a percepção da complexidade, de uma transição em rede. Não se declara, ele, como fim, muito menos com causa ou como causa, mas enquanto meio, processo de desterritorialização do Design por meio da filosofia.

2- A filosofia não é feita para refletir sobre qualquer coisa. Tratando a filosofia como uma potência de “refletir sobre”, tem-se o ar de lhe dar muito quando, na verdade, tira-lhe tudo. Pois ninguém tem necessidade de filosofia para refletir. […] A ideia segundo a qual os matemáticos teriam necessidade da filosofia para refletir sobre as matemáticas é uma ideia cômica. Se a filosofia deveria servir para refletir sobre algo, ela não teria nenhuma razão de existir.”

E são nestes termos que se pode pensar em algo tal qual novo. Que fique claro a distinção de um novo enquanto criação ex nihilo, pois aqui penso enquanto articulação combinadora, regida pelo acaso (força então indeterminada mas de grande potencial determinante) que nos traga choc, lançando o sujeito ao sublime. Não obstante, parto também do sujeito como centro. Não digo de algo como human centered Design, mas como este jogo coloca extremamente bem, numa linguagem sinestésica, complexa e imersiva. Uma linguagem nova e incrivelmente complexa:

Sou sujeito, sou uno, sou singular, repito-me em diferenças constantes que por meio da minha apreensão, sensível, dos afetos e inputs, articula minha presença no mundo com o meu arredor. Pois, meu ponto de partida é o único possível: o eu. Eu enquanto perspectiva centralizadora, como juízo humano e moral, apreendendo a realidade por diferenças e interpretando o entorno. Por meio destas repetições, eu, então me torno algo mais do que o eu: ora, como limitar uma existência a casu a mera palavra, delimitada, significada? Não significo a mim, mas aquém, outrem; entrelaçando sensibilidades, então como meio de conexão do eu com a realidade, às convenções e perspectivas imaginárias (nunca ilusórias) situo minha consciência na realidade tangível e interpretável.

Por fim, explicadas as bases, me resta explicar o quê que sobra na pergunta mas sobre o que é seu TCC, Moon? Novamente, não como fim, pretendo estreitar laços entre uma realidade apreensível, as repetições significantes que permeiam as diferenças que se mostram como obra do acaso à prática criativa, ou articuladora, do designer. Não em busca de um limite para com o qual o designer se cerceie; mas na busca da criação da imanência designística, que não se restringe a uma base conceitual (pois de conceitos bastam nossos sonhos) ou campo de apreensão que o conhecimento permite ver. Em termos curtos, e͙͕̳̙͇̝͗̉̊ͤ̂̈́̒̀ͬ͑͋̐͐̇ͧủ͖̹̦̰̳͇̳̭̟̱͙̟̩̩̗͔̻ͪ͋̓̆̔̉ͥͦͩ͂̿̔̌̈ͫͅ ̦̠̦͈͚̻̻͉̻̦̲ͩͣͧ̏q̪̣̫̜̪̠͈̙̖̝͓̥̬̲̓ͦ̂̽̑̊̂̾ṳ̳͙̦̪̥̭̦͇̩̺͖̗̊͊̉̎͛̍́e͈̙̳͎̝͖̯͎̤͈̞̹̝̬̰̘͓̋͋͂̅̃ͧ͆̿r̝̜̱̗̭̫̀̓̈͒̎ͭ̓ó̗̲̩͖̏̀ͦ̓̽ͧ̿ͯ͛̔̽ͅ ̗̙̤̱͕̤̻ͨ̈̏ͪͩ̄̂̌͐̈́ͮ̓ͥ̋̿͆̋̋̚b͔͈̰͇̻̱͐̾ͨ͋͋ͯͣͨ̾͗ͫ̏͋͊r͍̫̘̟͎̙͍̫̠̣̻̦̿̎̌ͬ̑̊i͇̦̖̳͕͍̼̫̬̋ͨ͋̅͊̽͋̐͑̅͛̌̒͑͒̐̏̑ͅś̝̮̪̜͙̘̤̹͖̤͓̦̘̻̺̖ͯͥ̑̅̓̌́͊̏͒͛a̘̞̰̪͎̬̮͇̺̮̩̤̗̘ͩ̏͐̈́ͭͦ͛̑̓͌̒r̜͓̰͎̙̣̩͈̰̦̺̤̯͚ͬ͑́̑̾ͥ̋̾ͬ͑ ̠̮̰̳̮̗͓̫̪͉̰͇̈́̂̊̌͗̒ͧ͋̅ͮ͆̚ͅf̻͈͉̲̭̙̺̼͍̑͊ͭ͋͐ͫ̓ͩ̔ͬͭͪ͑o̫̠̖͈͇̥̜̖̪̼̳̯ͮͦͪͦ̉ͥͯͦ͒̓̏ͮͩͤ̉r͚̺̱͔̱̲̲̜̥̗͔͓͔̽̈́͛̏̏̅͒t̤̗͚̖̯͔̲̙̋ͭ̂̋̌̓ͨ̒ͣ̄͊̿ͯ̈͋͗͒e̦̮̻̰͉̎̏̍̊ͩͮ̂̉͆̈̃̉ͦ̽ͦ̈̈.͉̭̦̘̣͍̳̑̋̅̐̀ͤ̈́̅ͨͬ̈̿ͨ͗̉̒ͩ

se·ren·di·pi·da·de
(inglês serendipity)

substantivo feminino

1. A faculdade ou o acto de descobrir coisas agradáveis por acaso.

2. Coisa descoberta por acaso.

Take me away.

F̲͔͎̤̝ͧ̋͒̈̋̓̍ͪͤ̒̍͊̒͆̓̚̚O̻̠̪͇̟̳̗͕͕̝͓̥͔͔̹͙̓͒ͯͯ͌ͮͅN͓͙̥̳̳̞͓̦̻͍̳̭̓́̑ͦ̓̀̂̋̎ͯ̏ͦͮ́̒̾̉T̩͚̟̰̲͍̃̓̽͛̂̐̐͌͗ͦͦ̿̽̆͐E̩̤͇̼͓̬̘͉͍̘̰͔͙͔̊͂͋̋̏͐̊́̽͊ͨ̇ͣͫ̐͊͆Ś̰̬̮͓̼̂ͮ̓̍͛͐̿̆ͬ̚:

1- https://pt.wikipedia.org/wiki/Acaso

2- DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia?. São Paulo: Editora 34, 1992.

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Rodrigo Moon
A Casu
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Se eu falar diversas coisas mirabolantes sem sentido, não confie em mim nem no que eu falo.