A noiva do Chucky
Quem me conhece, sabe: para todas as ocasiões em que filmes de terror estão envolvidos, não estou disponível. A minha teoria é que o meu horror aos filmes do gênero se originou em um processo traumático que envolve a abertura do seriado Lost e o “bad robot!” ao final de cada episódio.
Dia desses, entretanto, me rendi ao furor da internet e decidi dar uma chance para “A noiva do Chucky”, quarto filme de um total de oito sobre o boneco assassino mais temido pelas crianças dos anos 80 e 90 e suas peripécias.
Sentada e comendo uma pizza deliciosa enquanto assistia, posso dizer que transcendi para um outro plano espiritual. Repleto do sangue mais falso que vi na vida e das mortes mais irreais já retratadas na história do cinema (sim, é um exagero), o filme é um deleite para quem gosta de ver gente chata levando prego na cara e explodindo dentro de um carro, só que de um jeito engraçado.
Mas o mencionado acima não passa perto de ser o melhor do longa, porque bonecos assassinos com bocas miúdas e dedos roliços são a melhor coisa que poderia ter sido inventada pela humanidade, especialmente quando acompanhados de risadas ridículas de tão engraçadas.
O plot de amor entre os emborrachados malignos é quase comovente e é definitivamente apimentado por uma cena de amor explícita entre os principais — que eu não posso frisar o suficiente: são bonecos! — , contando até mesmo com um plano sequência do cofrinho da Tiffany.
É bem possível que o máximo admitido pelo meu corpo, quando o assunto é terror, seja este que vos descrevi. Aquelas histórias de susto não me caem bem, fazem doer meu estômago e se formar uma bolha de ar no meio da garganta. Por hora, vou deixar as invocações do mal, jogos mortais e premonições para o entretenimento alheio, não o meu.
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