Até logo

caroline machado
a coluna
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2 min readFeb 27, 2023

Quando fiz minha primeira publicação n’A Coluna, em abril de 2021, o mundo parecia um lugar diferente.

Havíamos completado mais de 1 ano de pandemia, eu ainda estava experienciando com bastante força os sintomas da Covid-19 que tinha pego meses antes, as máscaras eram obrigatórias, o governo brasileiro parecia viver às traças e as visitas aos amigos, quando não inexistentes, eram extremamente limitadas.

Na época, também uma outra Caroline escrevia. Recém-formada, trabalhando horários impossíveis de serem sustentados à longo prazo, morando com os pais, planejando um futuro incerto e com um livro de contos inacabado cujo fim parecia distante.

Agora, em 2023, os tempos parecem ser mais gentis.

O carnaval foi retomado, as máscaras já não são mais obrigatórias (embora haja controvérsias sobre a sua desnecessidade), tenho um emprego agradável, retomarei os estudos em breve, estou de casa nova e até um cachorrinho adotei. E A Coluna, que ultrapassou tantos momentos dolorosos comigo, agora me toma um tempo precioso e parece, ao menos por ora, ter cumprido o seu papel em minha vida.

Esta, portanto, é uma coluna não de “adeus”, mas que traduz um “até breve” dificílimo de pronunciar, embora necessário. Esta fase, finalizada com a ajuda deste texto, abrirá espaço para outras — e, também, para uma evolução necessária no meu labor com a escrita, pois, na linha de pensamento de George Orwell, chega um momento em que o escritor deve deixar a imaturidade para trás.

Assim, até breve! Na minha ausência, estou certa de que as outras componentes deste projeto poderão contribuir para uma existência alheia mais bacana, reflexões e risadas.

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caroline machado
a coluna

escritora e estudante. autora de “Como matar Olga?” (2019). co-criadora da @acoluna.