De coisinha em coisinha

Eloisa Capraro
a coluna
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3 min readAug 2, 2024

Mais uma vez sigo eu nas minhas empreitadas de tentar alguma coisa. Usei alguma coisa porque não sei bem como definir — e provável que é aí que esteja o problema, mas tudo bem.

Ora digo que é um estilo de vida saudável que eu procuro. Ora digo que é o sucesso profissional. Às vezes dá vontade de comprar uma lojinha e ir cultivar plantas, que talvez seja para viver melhor mas talvez seja para ganhar um dinheirinho, ou talvez tudo isso e nada disso.

No momento estou tentando tirar da cabeça que quero emagrecer, porque já fiz dietas demais para ter a certeza que não adianta. Não é que não adianta fazer dieta, é que se não mudar o estilo para sempre a sombra da gordura volta — e sempre onde a gente não quer.

Então estou tentando enganar meu cérebro, que nesse momento deve se sentir um palhaço enquanto digito estas palavras. É isso que você acha, Márcia? Que sou seu palhacinho de massa encefálica?

Não, não. Calma aí, cara pálida. Só estou dizendo que tento usar de pequenas artimanhas para fazer você entender — agora estou falando com meu cérebro — que preciso tornar as coisas mais definitivas, se é que você me entende. Dieta da melancia não funciona; zerar carboidrato também não; mas tem que ter um jeito, óstia.

Hoje de manhã a corrida que era pretendida terminar em 6k terminou em 3k. Metade? Metade. Mas tentei ver que meu corpinho não está mais acostumado com essas pancadinhas e a culpa é de quem mesmo? Ah, é… Minha. Então vamos devagar. 3k, tudo bem.

Ontem as comidinhas foram saudáveis o dia inteiro, fora a meia barra de chocolate que foi comprada para ser usada em receitinha saudável para aproveitar bananas. Tentei pensar o seguinte:

Em qualquer outra época teria comido a barra de chocolate igual e não teria me cuidado o resto do dia. Então, em vez de demérito, temos um pequeno mérito.

Conversa fiada de gente sem-vergonha? É possível também, mas a intenção não é essa não, juro!

Na verdade já fui orientada até a pensar o seguinte: uma coisa de cada vez. Primeiro faça os exercícios, se der certo, ótimo. Continua. Depois tira uma coisinha, bota outra coisinha, e assim vai. De coisinha em coisinha.

É um exercício muito difícil. É mais fácil tentar se matar para fazer tudo e se frustrar por não ter conseguido tudo e largar a carroça, chutar o balde, escolha o ditado que mais gostar.

Mas como nada funcionou até agora, vamos tentar essa nova estratégia. Tipo não se lamentar por comer uma comida gordinha depois da academia porque poderia não ter ido ao treino e comido igual — e isso é beeeem possível.

Daqui um tempo ou quem sabe nunca venho contar o resultado aqui.

Até lá, beijo para quem é de beijo e abraço para quem é de abraço.

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Eloisa Capraro
a coluna

Há algum tempo tentando não ser uma sem-noção.