Naval
Um poema de Caroline Machado
Published in
Sep 10, 2024
Queria ser amarelo,
Como goiaba madura;
Amarelo como o sol,
Mas sou azul.
Sou azul marinho, naval,
Da cor do mar
Bem abaixo da superfície,
Onde a corrente carrega tudo
Sem ninguém perceber
E os estragos, ninguém pode conter.
Sou tão azul marinho, tão naval,
Que é debaixo do reflexo do sol
O local onde costumo me esconder.
Enquanto observam o cintilante furta-cor,
Ninguém consegue me ver.
(2018)