Sobre as tais das curiosidades da vida

Eloisa Capraro
a coluna
Published in
3 min readJan 28, 2022

Mais uma semana que segue rumo ao fim do mundo. Só pode, porque olha, todo esse calor… só para doido.

Imagem via O Arquivo

É uma casca de banana para a vida fitness; um convite ao ócio, mas não aquele criativo; e uma judiaria para aquelas 106 plantinhas, que já viraram umas 120, depois 110. Porque sim.

Só o Capitão gosta desse calor, porque, acreditem, ele fica amuado nos dias de chuva e rola embaixo do sol, sorrindo. Sim, mesmo nesses dias insuportáveis. Pode ir lá agora (12h47min, 33 graus e sensação térmica de 40), vê se o cara não está deitado na calçada, embaixo da estrela laranja. Aposto um picolé.

Eu tenho sofrido, porque o cachorro tem problemas de pele. O veterinário disse para passar protetor solar no bichinho, eu sei que deveria, mas eu também sei que deveria passar na minha cara. Existe a chance de eu levar isso no capricho? Para mim, não. Para ele, talvez qualquer hora.

Está aí uma curiosidade que nem é tão curiosa. A maioria das pessoas que possuem animais, ao menos as que eu conheço, são capazes de fazer mais pelo amiguinhos de patas do que para si.

Alguns tem até perfil na internet, tipo influencer. Eu sigo a Tiquinha, o Frederico, o perfil conjunto da Fumaça, Sisi e Nino; fora os que não lembro de cabeça. Engraçado, todo mundo quer participar dessa realidade virtual, que por vezes nem é tão real.

A parada do momento é listar curiosidades sobre si. Mal consegui listar meia dúzia de coisas que sou luz, que era dever de casa. Imagina 5 curiosidades. Tem nada de curioso, tudo muito “regular” por aqui. Mas, conversando com a Escarlate, sobreveio a expressão curiosidades não publicáveis.

Já pensou? Curiosidades não publicáveis, tipo aquelas coisas que as pessoas, eventualmente, podem ter vergonha de dizer. Talvez algo como: adoro spoiler; Friends é uma série ruim; gosto mais do vilão da série e não ligo para o mocinho. Ou pior: gosto de quando morre cachorro no filme. Ah, não. Tudo tem limite! Perdoa ele, não sabe o que diz.

Uma curiosidade sobre mim: eu sou simpática. Metade porque eu nasci assim, a outra metade porque eu quero ser. Isso porque me disseram, há uns quase 10 anos, que eu não era bonita, mas era muito simpática, então isso me deixava bonita. Entendeu?

Nem é uma curiosidade, é meio que óbvio, mesmo porque é quase um acordo social. Acho que se eu fosse tipo a Jennifer Aniston, não cumprimentaria nem os cachorros. Claro que cumprimento e puxo conversa com os da rua, minha simpatia não é seletiva. Se eu falo com as plantas, claro que falo com os bichos.

Menos com cobra. Já disse mais de uma vez que tenho pavor. Também já disse que sei que a bicha tem uma função para a tal da biodiversidade. Blá blá blá. Mas continua feia igual. Então volta o negócio do acordo social, se a cobra é um bicho feio, ela deveria ser simpática. Pronto.

Mas voltando ao calor, parece que vem uma onda de frio por aí. E chuva também. Ah, como eu gosto de chuva. É um ânimo e uma preguiça ao mesmo tempo — mais um daqueles dilemas da vida. Agora, um desejo pessoal: que venha chuva na medida certa e que escorra levando aquelas coisas que a gente dispensa.

E, após, que brotem coisas boas.

Gostaria de receber as futuras publicações d’A Coluna diretamente no seu e-mail? Inscreva-se na nossa newsletter!

--

--

Eloisa Capraro
a coluna

Há algum tempo tentando não ser uma sem-noção.