Onde está Nicinha?
Nesta semana, dia 7, completaram seis meses do desaparecimento da companheira Nilce de Souza Magalhães, a “Nicinha”, liderança do Movimento dos Atingidos por Barragens — MAB em Rondônia. Até hoje, nem a família nem o movimento receberam respostas sobre o caso. Em nota, divulgada nesta terça-feira (7) o MAB pede explicações sobre o desaparecimento:
"Companheira Nicinha, presente!
Hoje, completam-se seis meses do desaparecimento da companheira Nilce de Souza Magalhães, a “Nicinha”, liderança do MAB em Rondônia, que deu sua vida na luta contra as barragens e em defesa dos direitos dos povos ribeirinhos da Amazônia.
Até hoje, não tivemos nenhuma resposta concreta sobre o caso!
Há cerca de dois meses, o único suspeito, Edione Pessoa da Silva, que teria confessado o assassinato de Nicinha, fugiu da cadeia onde estava preso em Porto Velho.
Até o momento, as investigações que vem sendo conduzidas pela Polícia Civil não tem sido claras, apresentando inúmeras lacunas legais na realização do inquérito. Exigimos que os fatos sejam devidamente esclarecidos, e o caso seja apurado, respeitando o devido andamento jurídico. Acima de tudo, exigimos justiça!
Nicinha, mãe de três filhas, vó de sete netos, pescadora e militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Rondônia, lutava em defesa da vida, do rio e da floresta, era ribeirinha da beira do rio Madeira, de onde lutava para jamais sair.
Para Nicinha, nem um minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta!
Aqui está um dos últimos registros de Nicinha antes do desaparecimento, a entrevista é um trecho do documentário “Jirau e Santo Antônio: relatos de uma guerra amazônica.
