[#29] A BREVE PASSAGEM DE YUVAL HARARI
Inspirado na breve passagem de Yuval pelo Brasil partilho aqui algumas percepções desse incrível momento histórico que estamos vivendo.
🖖🏻
Sobre o aspecto do rápido avanço tecnológico e a nossa gradual perda de liberdade e originalidade humana. Reflito a seguir…
Exatamente no ponto da partilha orgânica que reside toda a riqueza humana, em contraponto com as facilidades do compartilhamento digital que é limitado pela falta das habilidades essenciais.
Diferentemente da presença orgânica que existe uma consciência perceptível, mesmo quando replicada por meio artificial.
A essência é impossível de se replicar nos meios logarítmicos, pois é preciso que exista um componente integralmente vital para se abrir a uma consciência de conexões sutis.
O fato é, o que toca a originalidade dos relacionamentos é o auto-reconhecimento de ser livre, no sentimento vivo que traga uma identidade com nome e sobrenome, uma identidade e uma história como parte única e insubstituível da coletividade humana, nem mais e nem menos, nem melhor ou pior, sem comparações, mas com a identidade inequívoca que viemos de um lugar comum em direção a um futuro incomum.
Cada um na sua ordem e talento a favor, seja claro ou não, de servir a uma Inteligência Sistêmica Maior e mais poderosa que tudo que se possa hoje ser capaz de pensar e identificar somente com a limitada razão.
Pode-se tranquilamente se servir das múltiplas inteligências artificiais, porém o que deve prevalecer são os atributos que nos tornam humanos como a misericórdia, a bondade e a disciplina como força de realização coletiva para garantir a convivência.
O momento é de mergulhar na inteligência mais profunda, mais reverencial, lém do que era somente observável.
É de quebrar padrões particulares de pensamento somente para gerar o autoaperfeiçoamento, do autoajustamento, do auto-sacrifício a serviço dos holofotes. Só aqueles que são capazes de romper com todo condicionamento podem descobrir aquilo que não é mensurável pela mente.
Romper as armadilhas da sociedade e da própria mente que essencialmente se baseiam na ganância, na inveja, na comparação, competição.
Deixar de ser um "escravo digital" sem identidade para ser um livre cocriador (parcial) do mundo.