Tupac Amaru II

Augusto Preto
A Revolta de Tupac Amaru II
6 min readMay 13, 2020
Tupac Amaru II: Créditos: WikimdiaCommons

Ponderação:

Como mencionado no fim do podcast: este projeto não possuí fins lucrativos. Segue abaixo dados de direitos autorais, referências e ilustrações.

Roteiro: Augusto Preto e Gustavo Ferreira

Narração: Augusto Preto

Edição: Augusto Preto

Trilha sonora

France (The Medieval Era), por Roland Rizzo. Sid Meier’s Civilization VI.

Inca (The Ancient Era), por Roland Rizzo e Phill Boucher. Sid Meier’s Civilization VI.

Inca (The Atomic Era), por Roland Rizzo e Phill Boucher. Sid Meier’s Civilization VI.

Mapuche (The Atomic Era), por por Roland Rizzo e Phill Boucher. Sid Meier’s Civilization VI.

Trait deus, Deus meus · Esemble Vox Clamantis, Jaan-Eik Tulve, Jean-Pascal Ollivry, Kadri Hunt, Mikk Uleoja.

More Than His Share, por Martin O’Donnell e Michael Salvatori. Halo 3: ODST.

Overture, por Martin O’Donnell e Michael Salvatori. Halo 3: ODST.

Hungarian Dance №5 in G Minor, WoO 1 №5, por Brahms. Orch Schmeling.

Bibliografia

GERAB, Katia; RESENDE, M. Angélica. A Rebelião de Tupac Amaru. São Paulo: Brasilience, 1987. P. 25–66

TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO

(As transcrições dos episódios são publicadas diretamente do roteiro, sem revisão, podendo haver ainda erros ortográficos/gramaticais.)

Roteiro de dublagem podcast Tupac Amaru

Sul das américas, Novo mundo. Anno domini de 1492.

No horizonte, de onde chamamos de Bahamas, emergia a armada espanhola a comando do genovês: Cristóvão Colombo. A história escrita a partir de então, será uma história de injustiça e luta.

Com a presença espanhola no continente americano, não tardou para começarem a busca por riquezas. Com sua rápida expansão, alcançaram o Peru em 1527, achando as minas de prata e estabelecendo as mitas.

Mitas eram formas de extração de minérios exercida por indígenas selecionados de forma aleatória e compulsória.

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Em Tinta, um pequeno povoado no Vice-reino do Peru, acostumado a ser explorada pelos espanhóis, o dia amanheceria diferente de todos os outros nos últimos 200 anos. Era dado o último suspiro de Antonio Arriaga, corregedor da província de Tinta. Ao seu lado estava o responsável: uma figura alta, de traços marcantes e sangue real. José Gabriel Tupac Amaru se encontrava comandando a execução daquele que explorava seu povo. Vestido com roupas indígenas e ornamentos incas, ele incentivava seus semelhantes a se levantarem contra a opressão.

A luta revolucionária não era a primeira opção de Tupac Amaru. Anteriormente, ele havia escrito cartas denunciando os abusos sofridos pelos indígenas. Porém, a justiça os foi negada.

Tupac reivindicava o fim do cumprimento da mita pelos indígenas de Tinta. As minas exploradas pela coroa espanhola se encontravam em Potosí, na atual Bolívia. Mais de 9.000 quilômetros separavam os indígenas de seu destino exploratório. Era uma caminhada longa, onde a maioria não resistia até a chegada. Aqueles que chegavam, devido ao meio que eram expostos, não voltavam.

O levante havia começado.

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Com aglutinações em Tinta, os rebeldes pretendiam marchar para o norte, rumo a Cuzco. E assim fizeram. Eles marcharam e eliminaram tudo em seu caminho. OS “obrajes” que encontraram, foram destruídos. As armas e os bens dos corregedores foram tomados e distribuídos para os revoltosos. Aqueles que ali eram aprisionados, foram libertos. Escravos negros, indígenas e mestiços se juntaram as fileiras tupamaristas. Isso se repetiu até Cuzco.

As forças tupamaristas tiveram seu verdadeiro teste em 18 de novembro 1780. As tropas realistas se organizaram em no vilarejo de Sangarará em uma tentativa de parar o avanço dos revoltosos. Após um conflito feroz, os realistas se refugiaram na igreja local. A mando de Tupac, foi pedido que os mestiços e criollos que ali se sencontravam abandonassem a sua posição e reiterassem as fileiras tuparamaristas. Muitos tentaram, mas foram assassinados pelos espanhóis. Isso gerou um tumulto, culminando na invasão e destruição do reduto religioso. Vitória rebelde.

Apesar de ser um ponto de vitória para o exército tupamarista, o ocorrido resultou na excomunhão do líder Inca.

Apesar de ser um ponto de vitória para o exército tupamarista, o ocorrido resultou na excomunhão do líder Inca.

Excomunhão

O efeito dessa punição cristã resultou na deserção de muitos revoltosos nas fileiras tupamaristas. Isso mostra que o cristianismo era muito presente no imaginário indígena.

Após a vitória em Sungarará, Tupac se volta para o sul com o objetivo de expandir ainda mais a ideia de insurreição. A marcha ao sul foi bem sucedida. Os rebeldes se apoderaram de mais armas, munições e mais soldados.

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O clima era de agitação dentro dos portões de Cuzco. Chegava cada dia mais e mais homens da realeza para reforçar a defesa da cidade inca. Além de espanhóis, havia ali tribos locais que eram verdadeiramente leais a realeza. Junto com os espanhóis, havia também membros de vilarejos locais que não simpatizavam com os espanhóis, mas temiam a violência que as forças rebeldes expressavam. Gerando um boom populacional na cidade.

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Tupac Amaru alcançou os limites da cidade de Cuzco no dia 2 de janeiro de 1781. Do lado de fora dos portões da cidade se encontravam mais de 40 000 homens livres que queriam romper com aquela logica sanguinária imposta a eles e seus ancestrais contra. Tupac contava com a ajuda de um comandante aliado que chegaria para reforçar suas tropas. A vitória era certa.

O conflito iniciou-se após três dias da chegada. Houve investidas de ambos os lados. Ambos lutaram bravamente. As lutas se estendiam e o avanço não ocorria. Os rebeldes começavam a ficar decepcionados quando chegou a noticia que as tropas que Tupac Amaru aguardava não chegaria.

Após inúmeras batalhas, o líder inca decide voltar ao sul, reunir forças e preparar novas estratégicas. A retirada das tropas rebeldes foi o resultado da inferioridade bélica, desorganização e a falta de suporte. Assim, rumou para o sul.

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Senhoras e senhores, muito obrigado por ouvirem o podcast. Gostaria de lembrar que este projeto não possui fins lucrativos. É apenas um trabalho acadêmico com intenção de dinamizar os eventos latinos americanos. Você achara mais informações, como trilha sonora, imagens e bibliografia no artigo publicado no Medium.com chamado A Revolta de Tupac Amaru II, escrito por Augusto Preto.

Até breve

Para fins de correção

  • Augusto Preto, RA: 2204918
  • Gustavo Ferreira dos Santos, RA: 2401461

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Augusto Preto
A Revolta de Tupac Amaru II
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