05 Autores Para Amar a Ficção Científica

Ou, pelo menos, ficar com medo dela.

Natan Andrade
Revista Simbiose

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Depois de Hogwarts e de Baker Street, o jovem menino leitor dentro de mim danou que queria coisa mais "metida à besta". Quando se tem seus catorze ou quinze anos, você mal entende realmente o que quer, mas eu queria algo mais.

Daí, me apareceu um safado de um H. G. Wells e a sua máquina do tempo. Ah, malandro! Foi tiro e queda, ou melhor, tiro e espaço-tempo dobrado. Depois disso, saí em busca de coisa que me fizesse sentir a mesma sensação do numinoso que a ficção-científica havia me dado.

Dito isso, separei cinco livros que, de alguma forma, me fizeram sentir mais perto do divino que qualquer missa já fez. Vamos lá?

1. Isaac Asimov

Asimov da massa. Asimov do povo. Esse cara não só inventou o termo robótica, como foi um dos principais divulgadores científicos que esse nosso mundinho já conheceu. Sua série Fundação é uma das obras mais clássicas da ficção-científica e especulativa. Esse cara também escreveu sobre robôs quando o Brasil ainda nem tinha ganhado qualquer Copa do Mundo. Inclusive, as três leis da robótica são um conceito extremamente válido até hoje.

Pra amar Asimov, comece pelo básico: Eu, robô. Mas deixe pra trás o preconceito por conta daquele filme ruim. Aqui, você vai ver uma série de contos sobre como os homens mecânicos influenciariam numa sociedade pensada pelo Asimovão. Agora, para apaixonar-se mesmo, você pode tentar O Cair da Noite ou O Fim da Eternidade. Espera aí, acabei de lembrar de um conto dele que vai mudar tudo o que você acha que sabe sobre contos ou ficção científica. Pare por cinco minutos e leia A Última Pergunta.

Livro: Eu, robô

2. Carl Sagan

Outro bicho que era fodido em divulgação científica. Assista Cosmos e você vai entender porquê (pode ser até a versão atual, inclusive). Se você não estiver atrás de livros mais "cabeçudos" e quiser ficção mesmo, esse cara escreveu o arrebatador Contato. Esse livro mudou minha cabeça em relação a ficção científica e a ciência em si. Na real, mudou meu entendimento do universo e da nossa pequeneza em relação à ele. Espera, tem algo mais. Mudou o jeito que eu penso em Deus. Calma, ainda tá faltando um termo. Me fez chegar um milímetro mais perto da resposta à pergunta: "Para onde vamos?". Pronto, é isso.

Livro: Contato

3. H. G. Wells

Esta fera aí, meu. O vovô da ficção-científica. O que dizer dessa pessoa? Além de ter ido onde ninguém jamais havia estado com suas obras, o acervo do cara é remexido e remixado até hoje. Com uma leitura fácil e um olhar até "inocente" em relação a ciência, o Wells deu um passo importantíssimo para a fixação desse gênero no mundo. A Máquina do Tempo, A Ilha do Dr. Moreau e Guerra dos Mundos falam por si só da genialidade deste prodígio.

Livro: A Guerra dos Mundos

4. George Orwell

Ainda não leu 1984? Leia. Aqui não tem naves espaciais e descoberta de novas galáxias. Aqui é distopia das brabas, irmão. Aqui é ditadura facista no futuro em guerra suportada por vigilância constante. Falar mais estraga.

Livro: 1984

5. Arthur C. Clarke

Deixei esse cabuloso pro final. Arthur C. Clarke é ninguém menos do que o cara que escreveu 2001: Uma Odisseia no Espaço, Encontro com Rama e Areias de Marte. Além disso, seus contos são reverenciados até hoje. Se você já viu 2001, vale a pena dar uma chance pro livro. Prometo que o final fica um pouquinho menos confuso.

Livro: 2001

Qual autor ou obra ficou faltando? Esses cinco aí de cima são bem conhecidos. Comenta aí com gente nova, autoras e novos autores. Vamos lá?

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Natan Andrade | Há 10 anos contemplando o final de A Máquina do Tempo.

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Natan Andrade
Revista Simbiose

Escrevo histórias de amor, de boteco e mais algumas coisas.