Escritores da Liberdade
Uma pequena resenha crítica.
Escritores da Liberdade, que filme fascinante. Já tinha o visto em uma outra ocasião, mas, nunca tinha parado pra pensar de verdade, na história de vida que aprendemos com ele. Na sexta, a professora do curso passou esse filme, foi lá que olhei, e senti, o que verdadeiramente o filme queria passar. A história magnífica daqueles jovens, com vidas que tinham tudo pra dar errado, e, no entanto, deu certo…
O filme que é baseado em fatos reais, consegue retratar na minha humilde opinião, de forma bem dramática o desafio da professora Erin Gruwell, em ensinar inglês e literatura em uma turma de primeira série do Ensino Médio, numa escola de Periferia em Los Angeles. A turma em suma, era composta por adolescentes que possuíam em todo o seu contexto histórico, social e cultural uma infância frustada, e marcada pelo medo que os fizeram crescer totalmente desacreditados com a vida.
Vendo pelo lado estrutural do filme, conseguimos dividi-lo em três momentos básicos. Creio que o primeiro é quando agente vê toda aquela alegria da professora, o entusiasmo que ela sentia em poder, finalmente se dedicar a atividade de docência, que era um de seus sonhos. O segundo momento destaca todas as frustrações e desafios nos quais ela passa na tentativa de realizar um trabalho significativo para aqueles jovens. É nesse momento onde a personagem principal (a professora) passa por problemas sentimentais, acabando por romper o casamento com o marido, e, sofre ainda mais. Senti que essa é a parte do filme que mais nos toca. É onde podemos ver com clareza as reais dificuldades dos alunos, seus anseios, suas necessidades, suas limitações, a discriminação, e a forma com que eles lidam com os problemas que muitos de nós certamente nunca passamos. O terceiro, e último momento do filme, enfatiza as conquistas alcançadas com a turma, os frutos colhidos diante de tanto esforço. Certamente é a parte mais gratificante para nós espectadores que rimos, choramos, e lutamos em todo o enredo junto com os personagens, para que no final, tudo desse certo. E, deu…
Eu percebi que embora sem uma boa perspectiva de vida, esses alunos tiveram uma grande oportunidade e por que não sorte em encontrar em sua trajetória escolar uma educadora que embora com pouca experiência prática, mas, com bons fundamentos teóricos e, com muita motivação para enfrentar os desafios, buscou transformar aquela triste realidade.
A história é tão fascinante que quando acaba você fica olhando pra tela escura e se perguntando: Porque acabou? Sabe aquela vontade de continuar na história? De acompanhar o amadurecimento da turma, de ver como vai ser de agora em diante…
São tantos os ensinamentos que podemos retirar dessa história, mas, particularmente, um que tiro, e levo pra toda minha vida, é simples, e único:
“Nunca desista de seus sonhos. Por que por mais que eles pareçam estar nas nuvens, não se preocupe, eles estão no lugar certo, basta construirmos os alicerces para que eles possam se tornar reais.”
A história como já falei, é real. A turma existiu/existe, e toda a história dessa turma, bem como, a de cada um de seus alunos pode ser lida em um livro que está a venda por aí. Vale a pena.
