Crítica — Venom

O primeiro filme do Universo compartilhado da Sony e Marvel, diverte, mas a história deixa a desejar

Andressa Mendes
Acabou em Pizza
3 min readOct 4, 2018

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Reprodução: Divulgação

O primeiro filme do universo compartilhado, chamado SUMC (Universo Sony de Personagens da Marvel), entrega o anti-herói Venom repaginado. No filme, é vivido por Tom Hardy (Mad Max: A Estrada a Fúria, 2015). Eddie Brock é um jornalista que investiga o trabalho de um cientista, suspeito de utilizar cobaias humanas em experimentos letais. Durante a investigação Eddie acaba entrando em contato com o simbionte alienígena, fazendo com que ele se torne Venom, um parasita incontrolável e com sede de morte.

Venom é um dos vilões mais populares e adorados do universo do Homem Aranha, porém dessa vez ele se desenvolve independente da história do herói, já que conta apenas com a produção da Marvel Studios.

Com direção de Ruben Fleischer (Caça aos Gângsteres, 2013) e “Zumbilândia 2” com lançamento previsto para 2019, Fleischer desempenha bem a sua função, sabendo aproveitar as cenas de ação e a relação entre Eddie e Venom. O filme, também, traz outro conhecido do estúdio, o Jeff Pinkner (O Espetacular Homem Aranha, 2014), que teve mais um chance de brilhar depois do fracasso do Homem Aranha da Sony, mas não conseguiu. A trama não consegue se sustentar até o final, e falta profundidade aos personagens. O único que se sobressai é Venom.

Reprodução: AdoroCinema

A produção conta com um super elenco, Tom Hardy no papel de Eddie Brock (Venom), diverte e faz uma boa atuação, porém não passa disso. Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn, 2011), interpreta Anne Weying, noiva de Eddie. Ela se mostra uma mulher independente e segura, tenta demonstrar seu carisma, mas devido a limitação de sua personagem, é difícil criar alguma empatia. Já o papel de “vilão” é de Riz Ahmed (Rogue One: Uma História Star Wars, 2016), que vive o cientista Dr. Carton Drake, o personagem tenta justificar seus meios e passar um imagem imponente, mas acaba sugado por sua falta de perspectiva. Assim como a atriz Jenny Slate (Hotel Artemis, 2018), que interpreta a Dr. Dora Skirth, ela mostra não concordar com o rumo das pesquisas do Dr. Carton Drake, e tenta impedí-lo, mas sua atuação termina nisso, não aproveitando, infelizmente, as nuances que sua personagem poderia ter.

Um destaque positivo é a trilha sonora, composta por Ludwig Göransson que também compôs a do filme Pantera Negra (2018), ele nos entrega ótimas canções, principalmente entre as cenas de ação. Além disso, o cantor Eminem é o responsável pela música tema intitulada “Venom”, que faz parte do seu novo álbum Kamikaze, com ritmo pesado e sintetizadores, a canção faz alusão a vida de Eddie e o simbionte, é uma letra perfeita e uma boa trilha. No entanto, os efeitos visuais deixam um pouco desejar quando são exigidos demais, mas não chega ao ponto de incomodar. Em uma cena é possível claramente perceber o uso do dublê de Tom Hardy.

A aposta da Sony Pictures Entertainment, não foi certeira, mas trouxe outra visão para o universo de Venom, com um ótimo elenco e um bom filme, no entanto, apenas isso.

Ps: Tem duas cenas pós créditos.

Trailer do Filme

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