Top 5 Séries Originais Netflix

5 — Demolidor (2015)

A série é fruto da parceria da Netflix com a Marvel e adapta os personagens e eventos das histórias dos quadrinhos do Demolidor. Após o filme do herói (2003) que não foi bem recebido pela crítica, os fãs estavam apreensivos com a qualidade da série, mas foram surpreendidos positivamente: ela agradou tanto aos espectadores quanto aos críticos que elogiaram a série, dando notas altíssimas.

A atuação de Charlie Cox é um dos pontos positivos da série. Ele interpreta o protagonista Matthew Murdock, um advogado que perdeu a visão quando era criança em um acidente químico. O desafio de interpretar alguém com deficiência visual é ultrapassado por Cox com tanta maestria que faz parecer fácil. Outro ator de Demolidor que merece elogios é Vincent D’Onofrio, o vilão Rei do Crime. O personagem exige frieza em momentos de violência brutal e o ator cumpre muito bem esse requisito.

Cenas de luta bem coreografadas são outra marca da série, algumas delas foram feitas em plano sequência, o que as tornam visualmente atraentes. Em contrapartida, cenas excessivamente escuras que ocorrem com frequência causam desconforto no espectador.

Mesmo fazendo parte do mesmo universo dos filmes da Marvel, a série diverge deles ao adotar um tom mais sombrio e temas mais sérios. A dualidade e o conflito interno que o protagonista, um homem religioso, tem com sua fé e seu desejo de fazer justiça com as próprias mãos levam imprevisibilidade às ações do personagem, cativando o leitor.

4 — Narcos (2015)

Estrelada pelo ator brasileiro Wagner Moura, a premissa original da série é retratar a trajetória de vida de Pablo Escobar, um dos maiores narcotraficantes da história, misturando fatos com ficção. Os episódios de Narcos alternam entre a construção do império de Escobar e as investigações feitas pelos policiais contra ele. Isso cria a idéia de perseguição que se permeia por toda a série. Dessa forma, muitos personagens acabam ficando presos em suas funções e não conseguem se desenvolver ou ganhar empatia do público.

O responsável pelo fator carismático da série é ator Wagner Moura, que conseguiu que muitos espectadores torcessem pelo seu personagem, apesar de todos os defeitos e maldades praticados por ele. Contando com um roteiro ágil, a série se desenvolve sem clichês e prende seus espectadores que ficam ávidos para saber qual será o próximo passo da polícia para tentar prender Escobar e como ele se livrará disso.

Apesar de ter conquistado muitos fãs, os familiares de Pablo Escobar vieram a público, diversas vezes, insatisfeitos pelas mudanças presentes na série. De acordo com eles, Escobar não estava sendo retratado de forma fiel à realidade.

3 — Orange Is The New Black

Uma das primeiras séries originais da Netflix, Orange Is The New Black mantém-se consistente ao longo de suas seis temporadas. Ganhou diversos prêmios e conquistou muitos aficionados que acompanham religiosamente a história de Piper Chapman e as outras detentas da prisão de Litchfield.

O diferencial da série está justamente na diversidade cultural, racial, e sexual presente no elenco que compõe as colegas de prisão de Piper. Através delas discussões importantes para a sociedade são abordadas, desde o empoderamento feminino, ao contar as lutas diárias de um elenco majoritariamente composto por mulheres, à visibilidade LGBT, ao explorar os relacionamentos homoafetivos das personagens.

Pelo menos uma vez a cada episódio é abordado, em diálogos, os problemas da nossa sociedade e são feitas críticas ao machismo, racismo e misoginia. Orange Is The New Black também não hesitou ao abordar temas como a cultura do estupro, abandono dos pais e relacionamentos abusivos. A série conseguiu mesclar todos esses assuntos sérios com cenas divertidas, tornando-se uma das mais completas da atualidade.

2 — House of Cards (2013)

Apesar dos últimos acontecimentos, é impossível falar de House of Cards sem elogiar a atuação de Kevin Spacey, que durante as 5 temporadas em que esteve no elenco foi impressionante. A mudança de expressão que ele performa rapidamente ao quebrar a quarta parede e se comunicar com o espectador conquista desde o primeiro episódio.

Talvez, House of Cards tenha sido onde Spacey entregou a melhor atuação de sua carreira, afinal, Frank Underwood é um personagem complexo e com diversas camadas. Ele nos surpreende a cada episódio e a cada decisão que toma. Frank desperta ódio ou admiração a quem assiste, provocando, em diversos momentos, os dois sentimentos ao mesmo tempo.

No entanto, a série nunca foi apenas sobre ele. Robin Wright, que interpreta sua esposa Claire Underwood, sempre foi peça-chave em todos os arcos e sua personagem foi crescendo cada vez mais ao longo das temporadas.

Cheia de reviravoltas, muitas delas mirabolantes, House of Cards que poderia ser uma sátira do cenário político americano e mundial, foi assustadoramente se aproximando da realidade em face da crise política que vivemos hoje.

1 — Stranger Things (2016)

O clássico moderno da Netflix. Arrebatadora, a série se tornou uma das mais populares do mundo logo após seu lançamento. Bebendo da fonte da cultura popular dos anos 80, a nostalgia do seriado cativou um público adulto e saudoso, enquanto que o elenco repleto de atores mirins encantou o público jovem.

A série de ficção científica tem seu ponto de partida com o desaparecimento de Will Byers e os esforços dos amigos e da mãe do garoto para encontrá-lo. Os pontos positivos são muitos. Ao falarmos do elenco, além dos jovens atores que foram alavancados à fama instantaneamente, destaca-se o ressurgimento de Winona Ryder que há tempo não fazia algo tão interessante.

A ambientação bem construída de Stranger Things, usando elementos como a fotografia, trilha sonora, a atmosfera e o próprio ritmo da série, faz com que mergulhemos na história e desperta a curiosidade de desvendar os mistérios juntos dos personagens.

Após um sucesso tão grande, o desafio da série seria se manter interessante em um segundo ano. E isso, felizmente para os fãs, aconteceu. A excelente segunda temporada veio após uma grande e criativa campanha de marketing, onde até mesmo no Spotify, o público poderia “entrar” no mundo invertido.

As expectativas continuam altas para a próxima temporada e os Duffer Brothers — criadores da série — já prometeram uma Stranger Things cada vez mais sombria e com ainda mais ação.