11- Deus manda construir o templo
(Dia 10: Deus entrega a Lei, os 10 mandamentos)
Apesar de Israel ter aceitado aquele acordo com Deus (“Se vocês obedecerem tudo, eu vou abençoá-los”), Ele sabia que nós nunca conseguiríamos manter a nossa parte do combinado. Por causa do nosso pecado (nossa escolha rebelde em caminhar nossa própria jornada sem Ele, seguindo nossas próprias intenções), estaríamos separados para sempre de Deus.
Os israelitas ficaram com medo da voz de Deus, quando Ele falou os 10 mandamentos. Por isso, Moisés ficou sozinho com Deus no Monte Sinai. Enquanto Ele ainda estava passando o restante da Lei e não tinha nem terminado de dar todas as instruções do pacto a serem seguidas, o povo já estava quebrando o primeiro mandamento. É como se antes mesmo de uma corrida começar, a gente já estivesse desclassificado. Cansados de esperar por Moisés, Israel constrói um bezerro de ouro como ídolo, para adorá-lo. Chegam inclusive a dizer que esse bezerro que construíram foi o responsável por tirá-los do Egito. (Ex 32:1–4)
Porém, porque Ele é misericordioso (não dá aquilo que merecemos) e gracioso (nos dá aquilo que não merecemos), Ele cria uma maneira de nos relacionarmos, de estarmos próximos; e instrui os israelitas a construírem um templo, o tabernáculo: “E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles” (Êxodo 25:8).
No meio de nós: esse é o lugar que Deus escolheu estar, fazendo parte de nossos dias e da nossa vida, como pretendia e planejou desde o início, quando vinha caminhar no Jardim com a brisa ao cair da tarde.
O Tabernáculo não seria somente um local para Ele habitar entre nós, mas também para irmos até Ele, levarmos sacrifícios e adorá-Lo, para recebermos o Seu perdão e a Sua misericórdia. Nesse lugar, no local indicado para isso, o sangue dos sacrifícios seria derramado uma vez por ano, como símbolo de Deus limpando a nossa maldade daqueles últimos 365 dias.
O sangue de animais não era suficiente para limpar nossos pecados e a nossa maldade, somente adiava por mais um ano o julgamento de Deus e a consequência disso, a morte. Porém, Deus é tão misericordioso e gracioso que, passado um ano, era possível repetir o processo e, por mais 12 meses, adiar Sua sentença sobre nós.
Deus havia nos criado para estarmos face a face com Ele. Nós decidimos dar as costas a esse relacionamento e, mais uma vez, Ele se moveu em direção a nós, para habitar em nosso meio.
Com graça e misericórdia, o Tabernáculo foi a maneira de Deus adiar o inevitável, a prolongar a declaração final de nossa sentença, demonstrando o tamanho e alcance de sua paciência e bondade; até que viesse o Libertador prometido, o Cordeiro substituto.
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