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19- Jesus, o Cristo

Gabriel Louback
Advento cronológico
3 min readDec 23, 2018

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(Dia 18: Ninguém podia esperar)

“No princípio...”

Ao ler essas duas palavras assim, soltas, sozinhas, sinto um arrepio tomar conta de mim: são elas que dão o pontapé inicial de toda a nossa jornada. Primeiro, essa jornada cronológica, da Criação ao Messias: o livro de Gênesis começa com as palavras “No princípio...” e o evangelho de João, de forma idêntica, “No princípio era aquele que é a Palavra”.

João fala daquele que temos chamado de Libertador prometido, ou Messias, e situa-o no espaço-tempo. Aquele que é a Palavra, o Verbo, estava no princípio, no início de tudo. Ele estava com Deus, e ele era Deus.

“Ele estava com Deus no princípio” (João 1:1–2).

Mateus, Marcos, Lucas e João falam todos do mesmo homem, o Libertador prometido: Jesus Cristo. Esse seria seu nome de batismo, Jesus, que significa “O Eterno, Eu Sou, é a Salvação”. Cristo: o ungido, o Messias. Sim, era ele. O momento havia chegado; aquele que nos salvaria não seria apenas mais um profeta, apenas mais um rei, apenas mais um sacerdote: Ele era a salvação, em pessoa, literalmente em carne e osso.

Jesus havia sido escolhido por Deus para ser o Cristo. Por isso, seria o último profeta, o responsável por anunciar a mensagem final de Deus para a humanidade, sua mensagem derradeira (Deuteronômio 18:15). Deus, seu Pai, estava enviando Jesus, o Cristo, ao mundo, para pregar sua mensagem e nos mostrar o caminho que, de uma vez por todas, nos libertaria e traria a reconciliação definitiva entre nós e o Eterno.

Jesus, o Cristo, seria também o sacerdote final de Deus, que nos levaria de volta para Ele. Nos tempos do Tabernáculo, do Templo e das sinagogas, os sacerdotes sacrificavam um animal, aplacando a ira de Deus, adiando seu julgamento por algum tempo.

Porém, agora, testemunharíamos o sacrifício definitivo, que não tiraria apenas a condenação de Deus sobre nós, mas nos limparia de uma vez por todas, tirando a nossa culpa; um sacrifício que não apenas adiaria a condenação, mas cancelaria a sentença de morte e acusação sobre nós.

Jesus, o Cristo, era o Filho de Davi, descendente do maior rei que Israel já havia visto. Agora, o plano de Deus era que o Messias fosse o novo modelo de rei para Israel e para todas as nações, para a nossa vida; sem mais reis em Israel que se comparassem a Davi, sem mais reis de nações vizinhas para invejarmos, sem mais intermediários entre nós e Deus.

Se Davi era admirado por ser o pastor que tornou-se rei, Jesus, o Cristo, nos mostraria que Ele é justamente o rei que se faz pastor, o bom pastor; que pastoreia não pela espada, mas com seu cajado, cuidando de suas ovelhas.

A Palavra havia tornado-se homem, e seria profeta, sacerdote e rei, tudo o que Israel sempre teve entre si e Deus, cargos e representantes necessários para serem pastoreados, para terem um líder que falasse a seus corações e um servo que em suas práticas trazia perdão ao povo. Não mais.

O ungido do Eterno que é a salvação estava para caminhar entre nós.

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Dia 20: A origem de Jesus

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