Friends of Tomorrow presencial — Segunda e última edição de 2019

Aerolito
Aerolito

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Ano passado iniciamos um novo ciclo de cursos presenciais em São Paulo, e o nosso experimento mais bem sucedido foi o Friends of Tomorrow Short Edition. Uma jornada que acontece na nossa sala de aula imersiva, durante uma semana, sempre das 14h às 20h. Durante esses dias, falamos sobre diversos assuntos: lentes do futuro, revoluções pós-digitais e suas aplicações, digital first, mapas de concorrência digitais, tecnologias emergentes, impacto positivo e outros.

Estamos nos aproximando da segunda edição de 2019, nesse mesmo formato (infos completas no site do curso). Porém, do ano passado para cá, algumas coisas mudaram.

Evolução dos conteúdos

É natural que haja uma evolução de conteúdos, afinal, a Aerolito é uma empresa que tem na essência a experimentação e a exploração de cenários futuros. Estamos sempre nos atualizando, buscando novas fontes de inspiração e construindo teses autorais. Temos uma nova metodologia na grade do curso, o ‘Mapa de Concorrência Digital e Pós-Digital’, que é uma nova forma de olhar para empresas tradicionais que trabalham em frentes de inovação, conexão com startups, implementação de novas tecnologias.

Tudo isso somado à visão de nichos, à adoção das tecnologias e ao movimento de produtos virando serviços.

Em um dos encontros exercitamos a montagem de diferentes mapas/cenários. Trazendo cases inéditos, com reflexões a respeito de seus possíveis impactos transversais. Nosso objetivo é ampliar o olhar em relação ao que, de fato, podemos chamar de concorrência nos tempos atuais.

A metodologia foi concebida após conduzirmos muito espaços de aprendizagem dentro de empresas, onde frequentemente aparecia aquela premissa de que “players grandes afetam players grandes e players pequenos afetam players pequenos”. Acreditamos justamente no contrário: em que cada vez mais existem organismos menores ocupando importantes espaços em jornadas de produtos e serviços.

Enquanto essa lógica não for desmistificada pelas lideranças das empresas, essas continuarão míopes — olhando repetidamente para referências da era industrial: escala massiva, share de mercado, faturamento, sede física, número de funcionárias e funcionários. Abrindo mão, com isso, de olhar para nichos, impacto positivo (e impacto na vida das pessoas), lucro, comunidade, ecossistema.

Mas, de novo: esse é apenas um dos temas que aprofundamos no curso.

E a aprendizagem vai além dos conteúdos em si.

Interação digital em tempo real

Um dos conceitos mais interessantes quando falamos de aprendizagem adaptativa é a possibilidade de interação com quem está conduzindo o conteúdo em tempo real. Mais especificamente, tendo a capacidade de escolher os assuntos/cases que serão exibidos durante os encontros.

No Friends of Tomorrow presencial, toda a interface é feita através de tablets, que recebem os inputs de quem está em sala de aula, alimentando nossa base de dados. A partir disso, cruzamos os dados e entendermos os interesses da turma, para, por fim, recomendar conteúdos individuais que permitem a continuidade da aprendizagem.

Além de ser um dos elementos mais importantes para nos auxiliar na evolução de metodologias educacionais, conseguimos entender quais são as prioridades da turma. É possível, com base nessa leitura, dosar com mais precisão a intensidade de certos conteúdos — falando mais ou menos, mostrando dois, três, quatro ou N cases do tema.

A capacidade de trabalhar nesse nível de detalhamento, em encontros presenciais, é uma das nossas eternas buscas nos espaços de aprendizagem. Quanto mais colocamos elementos durante a experiência física, mais conseguimos refinar o que vem depois.

Autodisrupção da Aerolito

Quem nos conhece sabe que sempre estamos buscando formas de reinventar o nosso próprio negócio. Na verdade, há algum tempo entendemos que as iniciativas que criamos devem coexistir, ou seja, nosso objetivo deve ser acrescentar frentes ao ecossistema de aprendizagem da Aerolito.

Para nós, trata-se de ilustrar reinvenções, mostrando a nossa história, nossas intenções, nossa mutação, nossa visão de negócio. O mais importante é: tudo o que trazemos para o espaço de aula, nós fizemos.

Não contratamos, não compramos, não fizemos hackathons ou aplicamos metodologias de ~open innovation. Apenas fizemos o que acreditamos, seguindo nosso norte, pensando na integralidade das pessoas que trabalham aqui e confiando em nossas métricas.

Este curso presencial é uma ótima oportunidade de ouvir tudo isso. Tendo em vista que essa história sempre tem novidades, as quais abrimos em primeira mão a cada edição. E dessa vez não vamos deixar a desejar. Vamos trazer mais um movimento que vai complementar nosso organismo.

É claro que todos os pontos citados são parte de uma experiência mais profunda. Gostamos de citar outros fatores que levaram o FOT presencial a ser um curso reconhecido nacionalmente quando falamos de Future Studies.

Conexão: o FOT foi corresponsável por conceber algumas comunidades/grupos/iniciativas que mais se interessam sobre Futurismo e Inovação no Brasil. Nossa intenção, ao formar as turmas, é combinar variáveis como: background, diversidade, multidisciplinaridade e outras. Portanto, a rede de pessoas que frequenta esse espaço de aprendizagem é muito rica.

Metodologia: É importante citar que utilizamos muitas referências e inspirações como Experience Learning da Perestroika, Hyper Island Toolbox, Lego Serious Play. Além dessas, desenvolvemos diversas ferramentas autorais, que se prestam a criar o campo (facilitando o aprendizado), trabalhar na sensibilização, levando quem participa para o futuro — e, ao mesmo tempo, tangibilizando, ferramentando e traçando paradoxos com o presente. Sempre levando em consideração o nível da turma em relação aos assuntos.

Condução: um ponto muito importante para nós foi a busca pela descentralização do “palco”. Apesar de não ser uma tarefa fácil, estamos em constante evolução nesse ponto. Hoje contamos com um time consistente de condutores e condutoras, que trazem múltiplos olhares em relação ao futuro. Para nós é importante manter a nossa espinha dorsal, que o time da Aerolito carrega de forma profunda. Mas, sem dúvida, vamos buscar a cada edição pessoas novas para nos ajudar nessa construção de repertório.

Não vou me estender mais falando do Friends of Tomorrow presencial. Depois de participar de quase 40 edições, a cada nova jornada ainda me arrepio, me emociono e saio com um sentimento positivo.

Se você está lendo esse texto e tem interesse, acredite em mim: vale a pena.

Mais infos em https://aeroli.to/fot ou com carol@aeroli.to

Beijos e abraços pra quem chegou aqui.

Santi.

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