No início desse ano, a Aerolito anunciou a lista 22 Futuros Para 2022. Reconhecimento da Aerolito a vinte e duas pessoas que estejam criando, já no Brasil de hoje, impacto positivo para o amanhã.
A divulgação das pessoas aconteceu em nosso perfil do Instagram, ao longo deste ano. Agora, com a lista finalizada, decidimos reunir em um só lugar os vinte e dois nomes que, através de seus projetos, histórias e visões de mundo, representaram futuros mais plurais, criativos, e capazes de ampliar as possibilidades para o que desejamos adiante.
Cairê Moreira é Consultor de Vestuário 3D da Lojas Renner. Contemplado na edição de 2020 da lista Forbes Under 30 e indicado pela GQ Brasil como um dos 10 nomes que constroem o futuro das tendências nessa década, respira moda, inovação e tecnologia. E combina tudo isso em projetos incríveis, como o uso da tecnologia 3D e da realidade virtual para simular a experiência de experimentar os vestuários. Quer construir uma moda que abraça mais a pluralidade de padrões e de público.
Com background em conteúdo editorial, Kemilly Matos é jornalista e conta com publicações sobre direitos humanos e consumo periférico, em veículos como Nexo e UOL Tab. É co-autora do Prato Firmeza — Guia gastronômico das das Quebradas de SP. Já foi parte do time de líderes da MESA, onde orquestrou times de alta performance para resolver desafios complexos. Atualmente, lidera a produção de conteúdo de um núcleo de inovação da TV Globo com foco e classe, raça, gênero e causa lgbtqia+, colaborando na construção de abordagens mais inclusivas e que ganharam repercussão nacional.
Roberta Duarte é doutoranda em astrofísica na USP e, na sua pesquisa de mestrado, liderou a primeira simulação de buracos negros com o uso de Inteligência Artificial. Em outras palavras: a cientista construi uma IA que aprendeu a física de buracos negros. O projeto resultou num artigo publicado pela Universidade de Cornell. Além disso, em suas redes, Roberta faz divulgação de temas sobre astrofísica e IA de maneira fácil e acessível.
Raquel é programadora e desenvolvedora de jogos. Fundadora do Sue The Real, estúdio de jogos com o objetivo de resgatar histórias e de criar experiências de impacto social por meio de jogos com temáticas afro brasileiras. O estúdio produziu jogos como: Angola Janga, One Beat Min e Aya. Este primeiro, produzido de forma independente e liderado por Raquel, foi finalista do edital SPCINE. Já Aya, foi idealizado por Raquel ao pensar ‘e se fizermos um jogo sobre cabelo crespo?’.
Larissa é uma jovem estudante, reconhecida pela NASA como cientista astrônoma cidadã. Com apenas 17 anos, concluiu uma análise astronômica onde classificou sozinha 1.450 galáxias para o projeto Galaxy Cruise, uma rede de estudos colaborativa do Observatório Astronômico Nacional do Japão. Antes, a jovem foi responsável pela descoberta de um asteroide, certificado pela NASA. Larissa faz divulgação científica de forma voluntária. Ela é integrante do InSpace Group, parceira do Planetário Rubens de Azevedo e participa de projetos como Sem Parar, que impulsiona meninas na ciência. Nele, suas alunas já classificaram mais galáxias que Larissa.
Ale é publicitário, roterista e escritor afrofuturista. Foi finalista do Jabuti 2020 com seu primeiro livro, Rastros de Resistência: Histórias de luta e liberdade do povo negro, que resgata as histórias de personagens afro. Através de seu perfil no Twitter, escreve threads sobre personagens negros deixados de fora pela história oficial. Ale também é podcaster no Infiltrados No Cast e criador da série Ficções Selvagens. Foi vencedor do Sim à Igualdade Racial 2020. Recentemente, lançou o romance afrofuturista O último ancestral.
Tiago é cofundador da Inevitable, uma plataforma com a missão de ajudar a integrar bilhões de usuários na Web 3.0. Através da Inevitable, Tiago pretende remover as barreiras associadas à Web 3.0 para tornar a próxima geração da Internet mais democrática. Faz isso por meio da tecnologia e da educação. A proposta é justamente fornecer as ferramentas e o conhecimento necessário para uma participação mais inclusiva de empresas e profissionais na Web 3.0.
Ativista climática, Amanda Costa é fundadora do Perifa Sustentável, um instituto mobilizado por jovens em prol do desenvolvimento sustentável, a partir da justiça racial e ambiental. Amanda também atua como jovem embaixadora da ONU e, este ano, foi convidada para ser Conselheira Jovem do Pacto Global da ONU. Eleita Forbes Under30, Amanda tem como agenda o movimento negro, o direito das mulheres, o empoderamento juvenil e a justiça climática.
Referência do xadrez, Luis Paulo Supi é Grande Mestre (GM), titulação mais alta dada a jogadores pela FIDE (Federação Internacional de Xadrez). Em 2020, em uma partida de blitz online, ganhou do campeão mundial de xadrez Magnus Carlsen com um sacrifício de dama que chocou o mundo e o tornou celebridade instantânea. Já em 2021, se tornou o atual campeão brasileiro absoluto de xadrez, ao vencer o 87º Campeonato Brasileiro. Com a popularização da série ‘O Gambito da Rainha’, Supi virou streamer e, hoje, é figurinha carimbada em lives com milhares de visualizações.
Iane Cabral é idealizadora do Setor W Lab, um laboratório experimental de pesquisa em tecnologias vestíveis. Diretora criativa e artista, Iane foi nomeada pela Regenerative Futures como uma dos jovens que estão construindo futuros regenerativos. Seu projeto Plasma foi selecionado no Rumos Itaú Cultural, além de ter sido contemplada com uma bolsa na Fabricademy.
VIGAS é um artista multimídia brasileiro com obras que transitam entre projeções de grande escala, esculturas de luz, produção sonora, espaços urbanos e projeções imaginárias. Ele é um dos artistas expoentes em videomapping, trabalhando com o mapeamento de projeções de grande escala e até 360º. Seus projetos de arte pública e urbana focam na imersão do espectador como ponto de partida para experiências únicas. Em sua trajetória conta com apresentações em festivais ao redor do mundo.
Plinio Thomaz Aquino Jr é professor no departamento de ciências da computação na FEI e atua na área de interação humano-máquina. Plinio também é responsável pelo Projeto Competições Robóticas, da equipe RoboFEI que venceu o mundial de robótica, RoboCup 2022. A equipe conquistou primeiro o lugar na categoria At Home com Hera, um robô com inteligência artificial programado para realizar atividades domésticas.
Líder e ativista indígena, Txai Suruí, foi a única brasileira a discursar na abertura oficial da COP26, onde falou sobre medidas para frear as mudanças climáticas e ressaltou a importância dos povos indígenas na proteção da Amazônia. Txai Suruí trabalha na parte jurídica da Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), lidera o Movimento da Juventude Indígena de Rondônia e é produtora executiva do premiado documentário O Território.
Estudante de design e artista carioca, Gean Guilherme, enxergou na arte e na tecnologia um caminho de transformação social e financeira. Nascido e criado no Morro Santo Amaro, Gean fundou um marketplace de NFT, o SocialCryptoArt. Através das NFTs comercializadas foi possível a distribuição de cestas básicas, oferecer assistência a comunidades carentes e promover iniciativas educacionais. Dentre suas criações estão NFTs como ‘Menor Portanto’ e ’Sobrevivendo no Inferno’, esta última inspirada na capa do álbum do Racionais MC’s.
George Lai é fundador e diretor de tecnologia do Azimolab, um laboratório criativo multidisciplinar que promove experiências interativas e imersivas por meio do físico e digital. Com a proposta de criar tecnologias criativas, o Azimolab conta com um amplo portfólio de projetos, desde uma Maquete Urbana Interativa para discutir sustentabilidade, até um Smart Mirror Experience, um espelho interativo que facilita elaboração de insights que foi desenvolvido para a Academia Santander.
Artista e pesquisadora de futuros, Caroline aposta na criatividade radical e na tecnologia experimental para criar novos futuros. Ela é co-fundadora do Pollinations, um ecossistema dinâmico e colaborativo focado em Arte e Inteligência Artificial. Como artista, Caroline usa de tecnologias emergentes e de conhecimentos da natureza para desenvolver artefatos e instalações. Ela enxerga na impressão 3D, uma ferramenta que poderá mudar a maneira como nos relacionamos com as coisas, reduzindo o lixo e criando um ecossistema de objetos de código aberto e colaborativo.
Indígena e dois espíritos (trans), Emerson, é formada em Biologia, com mestrado em Ecologia, atua como artista visual, arte educadora e pesquisadora. Reside em Manaus, onde se transforma para viver Uýra, uma Árvore que Anda. Tendo o corpo como suporte, narra histórias de diferentes Naturezas via fotoperformances e performance. Uýra participou de diversas exposições pelo Brasil e pelo mundo. Este ano estreiou seu longa, já premiado, Uýra — A Retomada da Floresta, que retrata a luta por justiça social e climática no Brasil. Além disso, Uýra foi uma das vencedoras do PIPA 2022, prêmio que tem como objetivo premiar artistas brasileiros cuja trajetória seja recente, mas que já tenham uma produção consistente em evidência.
Bailarina, modelo, atriz e cantora, Tuany Nascimento é criadora do Na ponta dos pés, projeto localizado no Morro do Adeus no Complexo do Alemão que promove desenvolvimento, aprendizagem e transformação social, por meio de atividades educacionais focadas na arte, cultura, educação. Inicialmente, o projeto era focado em oferecer aulas balé clássico para meninas. O que começou com 7 meninas, hoje conta com mais de 270 alunos. Em 2018, o projeto recebeu o prêmio Malala Yousafsai. Em 2019, os alunos participaram do clipe AmarElo do Emicida e do show do Shawn Mendes. Em 2021, Tuany participou de uma série documental do National Geographic, Impact, que acompanhou seis mulheres, que estão causando um impacto extraordinário em suas comunidades ao redor do mundo.
Cientista em construção na vida e cientista da computação no diploma, Nina da Hora se apresenta com HackerAntirracista por dedicar-se a pensar a IA de forma crítica e a explorar tecnologias decoloniais. Nina é pesquisadora na área de Pensamento Computacional e idealizadora de duas iniciativas, o Computação da Hora e o Ogunhê, podcast onde conta sobre e entrevista cientistas negros. Nina é Advisor de Tecnologia Responsável na Thoughtworks Brasil. Escreve sobre ciência, tecnologia e sociedade no Mit Technology Review Brasil e Canal Futura. Membro do conselho consultivo de segurança do TikTok no Brasil. Nina também ministra aulas e palestras em diferentes organizações e universidades Brasil a fora.
Pedro Cruz usa da Comunicação como ferramenta de transformação social. Publicitário, Pedro é sócio do SampaTalks, um hub de ferramentas sociais, que fomenta o desenvolvimento das pessoas para os novos contextos e desafios da sociedade, com foco em Diversidade, Equidade e Inclusão. Pedro também é colunista na Fast Company Brasil e Top Voice e Creator no LinkedIn. Já foi embaixador do Dia Mundial da Criatividade, movimento chancelado pela ONU. É Membro Global Shapers, iniciativa do Fórum Econômico Mundial. Pedro é fundador do Escritas Diversas, clube de leitura LGBTI+ integrado ao Conexões Diversas. E também é conselheiro na Batekoo, plataforma de cultura e entretenimento voltada à juventude urbana, negra e LGBTI+.
Comunicadora, diretora criativa e estrategista para a regeneração, Lua Couto é idealizadora do Futuro Possível, um coletivo que investiga futuros a partir da lente da regeneração. Um de seus outros projetos é o Diálogos para a Transição, um laboratório de educação que atua a partir da urgência na recuperação de narrativas ancestrais e da construção de um pensamento crítico decolonial. Lua também é TEDx speaker e palestrante, onde já conversou com empresas privadas e com organizações como a Unesco abordando temas como alfabetização de futuros, transformação sistêmica, narrativas regenerativas e esperança.
Maria Clara Araújo dos Passos é educadora e atua como articuladora política das pautas LGBTQIA+ e de mulheres. Seus temas de pesquisa permeiam questões como intersecções entre gênero e raça, currículos decoloniais, movimentos sociais progressistas na América Latina e transfeminismos. Ativa nas redes, Maria Clara está sempre trocando e compartilhando seu conhecimento com seus seguidores. Entre 2022–2023 faz parte do Grant Review Committee do Black Feminist Fund. Este ano, Maria Clara lançou seu livro Pedagogias das Travestilidades, onde registra a luta do Movimento de Travestis e Mulheres Transexuais no Brasil.
Esta lista é parte da nossa iniciativa em ser um Ecossistema para a Alfabetizaçāo de Futuros. Esperamos que essas pessoas também possam inspirar você, assim como inspiraram o time da Aerolito.
