Afya no Web Summit Rio

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6 min readApr 26, 2024

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De 15 a 18 de abril aconteceu no Rio de Janeiro o Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo, que começou em 2009 em Dublin, na Irlanda. Reúne fundadores de empresas, CEOs de startups, políticos, investidores e referências culturais e da mídia para falar sobre o futuro da indústria tech. Em 2016, o evento mudou a sede para Portugal, e só em 2023 teve sua primeira edição fora da Europa, exatamente no Rio de Janeiro, que recebeu a 2ª edição em 2024. Neste ano, contou com a participação de mais de 500 palestrantes e mais de 1.000 startups, e reuniu mais de 34 mil visitantes — entre eles, colaboradores da Afya.

Inquietude nos move, por isso estamos em busca constante por conhecimento e não poderíamos ficar de fora desse evento! Várias pessoas do nosso time estiveram presentes no Web Summit Rio e compartilhamos abaixo as percepções de algumas delas, confira!

Por Cíntia Marin, Diretora de Sustetabilidade

Importante destacar como a temática da Sustentabilidade, nas suas mais variadas nuances, tornou-se mandatória em eventos de inovação, como o Web Summit e mesmo o SXSW, em Austin, no Texas. Assisti a debates sobre os desafios da COP 30, que acontecerá em Belém, no Pará, em 2025. Vi uma indígena na plenária principal falando sobre os desafios que temos a enfrentar como planeta para nossa própria sobrevivência.

Outro tema que me chamou a atenção: um debate sobre empreendedores que criaram negócios de impacto ligados à saúde e à medicina. Os temas são variados: vão de plataformas para ajudar alcóolatras a largarem o vício, passando por soluções de saúde mental e acompanhamento do câncer e doenças cardiovasculares.

Por Nicole Mendes, Analista de Marketing

Basicamente todas as palestras que assisti falaram sobre IA, do quanto já é importante e o quanto ainda irá se desenvolver para o futuro da web. Na palestra The New Brazilian Economy, Luiza Trajano (Magalu) e Mate Pencz (Loft) falaram bastante sobre como a desigualdade social vai enfrentar essa nova era de IA, se todos terão acesso, se é inclusivo, e como empresários e CEOs irão lidar ou ignorar esse problema.

Na palestra de Diversity, Equity and Inclusion, Angelita Oliveira e Simone Berry relataram o quanto as mulheres estão criando mais espaço, principalmente no campo de vendas, área majoritariamente dominada por homens, e como é necessária essa atenção da inclusão não apenas de mulheres, mas também de mais minorias.

O papo Technology and Culture: Shaping Brazil’s Global Image foi com Gilberto Gil e Marcelo Freixo falando o quanto a tecnologia ainda está correlacionada com a cultura, que pode ser uma boa aliada para contemplar o nosso Brasil, como as pessoas que não conhecem aqui veem nosso país como o da cultura, da música, da gastronomia, da literatura de Machado de Assis. Falaram ainda que a tecnologia alimenta esse encontro de pessoas e estimula com que elas respeitem a cultura daqui, mas também que a IA é um desafio se não souber lidar.

Harnessing AI for a Brighter Future: nessa palestra Fabio Coelho, presidente do Google, falou de modelos de processamento e do poder computacional que o Google já possui há anos, mas que agora está mais forte do que nunca. Que a IA hoje serve para empresas gerarem receita, serve para ser eficiente como assistente, que ela não é para substituir o trabalho intelectual, porque isso é feito por gente e não por tecnologia. E também para resolver problemas em educação e saúde que podem ser resolvidos por inteligência artificial. Além de falar sobre a responsabilidade e o controle que o Google precisa ter sobre misinformation (desinformação) na internet, removendo conteúdos de baixa qualidade e, por meio de algoritmos, entendendo as normas de uso da plataforma, falou sobre a necessidade de respeitar as ordens judiciais e apoiar a verdade, sempre checando os fatos.

Por Jéssica Mendonça, Tech Recruiter Leader

Quero ressaltar o quanto me chamou atenção o número de startups fundadas por mulheres! Sem sombra de dúvidas, esse aspecto reforça o quão importante se faz investir em diversidade, no protagonismo das ideias trazidas por todo e qualquer recorte. Além disso, o reforço de que as mulheres trazem sim para os negócios visões muito significativas.

Aliás, por falar em diversidade, a edição 2024 do evento trouxe a temática de forma intensa e calorosa.

Além da diversidade em foco, o evento apresentou uma série de soluções inovadoras que demonstram o poder transformador da inteligência artificial (IA) em diversos segmentos, como financeiro, vendas, saúde, recursos humanos (RH) e entre outros.

Para mim ficou muito nítido o quanto é importante ressignificar os negócios e o próprio trabalho por meio das infinitas oportunidades de automatização, mas sem perder a essência do olhar humano para os processos.

Conheci algumas soluções que podem impactar a área de RH, como Trillio, Gria e Digha — falo mais sobre elas no meu LinkedIn. Essas soluções não apenas demonstram o potencial da IA, como todas objetivam causar impacto significativo no bem-estar emocional dos colaboradores. Elas oferecem feedbacks personalizados e construtivos, promovendo um ambiente de trabalho onde os colaboradores se sentem valorizados e reconhecidos. Além disso, essas soluções podem identificar precocemente problemas de saúde mental, como estresse e burnout, permitindo intervenções oportunas para oferecer suporte aos colaboradores. Ao mesmo tempo, ao proporcionar desenvolvimento pessoal e profissional, essas soluções promovem um senso de realização e propósito no trabalho.

Incrível ter conhecido não só essas inovações, mas principalmente, vislumbrar um futuro do trabalho bem mais focado em diversidade, bem-estar, eficiência operacional, flexibilidade e rico em dados.

Por Isabelle Sobrinho, Talent Acquisition Lead DE&I

Foram abordados diversos tópicos no evento, da IA a ecossistemas sustentáveis, novas economias e muito mais. Uma das pautas de maior destaque foi diversidade, equidade e inclusão, reforçando a importância de refletirmos no futuro que queremos construir.

O Genesson Honorato falou sobre “Cruzamento de ideias: a diversidade como base para inovação criativa”. Ele nos convidou a refletir sobre nossas potências, tendo o Brasil como o lugar onde o futuro vai nascer. E provocou sobre a necessidade de mudar a lente para ver o protagonismo.

No Painel PandaConf as palestrantes Angelita Oliveira, Simone Berry e Tatiana Shibuola compartilharam sobre “More than lip-service: Diversity, equity and inclusion” (“Mais do que da boca para fora: Diversidade, Equidade e Inclusão”), dividindo que DE&I está entre os termos mais utilizados pelas empresas em todo o mundo, mas poucas empresas vão além de defender essas ideias. Precisamos mudar porque é bom explorar e para o mundo ter negócios mais inclusivos.

Luiza Trajano, Laura Salles e Fabiana Corrêa também levaram a pauta “How to empower diversity and equality for global impact” (“Como capacitar a diversidade e a igualdade para um impacto global igualdade”), e falaram sobre explorar a intersecção e mergulhar em estratégias proativas para evitarem desafios de diversidade, e nos convidou a ter um foco especial na abordaram da diversidade em países como o Brasil, onde negros e mulheres são a maioria.

Em uma mesa-redonda, a Fundação Dorina discutiu o tema “Como usar a tecnologia para promover a inclusão social de pessoas com deficiência visual”, abordando a importância de tirar o medo do desconhecido e ajudar a desmistificar as barreiras que se levantam quando se fala de pessoas com deficiência visual e da utilização da tecnologia assistida.

No meu LinkedIn compartilhei mais de 10 statups, ONGs e ferramentas de IA que conheci durante esses dias no Web Summit Rio e estão relacionadas ao tema de RH/Gente.

Por Maria Clara Barbosa, Coordenadora de Marketing

O tema macro este ano, em qualquer trilha, foi IA e isso me trouxe muitos questionamentos sobre qual a melhor forma de agregar a inteligência artificial com meu trabalho e carreira.

O entendimento mais importante que tive no evento foi compreender a importância do papel da IA na transformação digital, mas também o meu papel como gestora em cuidar das pessoas em meio a esse processo. Por isso é primordial que nós, profissionais, possamos encarar essa transformação como um momento de aprimorar nossas próprias habilidades. Falando por mim, que trabalho muito com criatividade, pude compreender que a IA tem mais utilidade para trabalhos automáticos e não para trabalhos criativos.

Anotei esta frase do Mário Sérgio Cortella que me chamou a atenção:

IA é um recurso poderoso, mas não podemos confundir automatização, que oferece tempo para mim, com autonomia. Quero que o elevador seja automático, aperto um botão e ele vai para onde eu quero. Mas não quero que seja autônomo, porque daí ele vai me levar para onde ele quiser

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