Desenvolvimento pessoal e profissional com autoliderança

Ingrid Machado
afya
13 min readApr 29, 2024

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Estamos em período de ciclo de avaliação de competências e esse é um ótimo momento para pensarmos a respeito da nossa evolução profissional.

O ciclo de avaliação envolve a avaliação individual de cada integrante do time e o feedback do líder para o liderado. Munido dessas informações, o liderado pode avaliar o que faz sentido e traçar um plano de melhoria para os meses seguintes.

Aproveitando essa oportunidade, o tema autoliderança pode ajudar quem pretende agir a respeito do feedback recebido.

O que é autoliderança

Autoliderança é a capacidade de evoluir e manter a motivação, sem depender de outras pessoas. É um processo em que nos auto influenciamos para desenvolver um autoconhecimento, capaz de nos direcionar para alcançarmos as nossas metas pessoais.

O autoconhecimento é importante para a autoliderança, porque ele é o primeiro passo. Ter um entendimento de quem se é e o que se quer vai dar o direcional necessário para evoluirmos no caminho certo. Mesmo que você decida que não pretende evoluir em nenhum ponto, estar com o autoconhecimento em dia vai permitir que você tome essa decisão de forma lúcida e tranquila.

É importante se atentar ao fato de que a autoliderança implica em cada um ser responsável pelo seu desenvolvimento. Isso significa que o seu líder pode dar um direcionamento sobre os próximos passos, mas é você quem decide seguir adiante e quem dedica um tempo para trabalhar no que for necessário.

Porque trabalhar a autoliderança

Podemos avaliar porque trabalhar a autoliderança a partir de dois pontos de vista.

No âmbito pessoal, trabalhar a autoliderança ajuda a tomar controle da rotina. Estar ciente das ações que tomamos no dia a dia, sabendo que estão alinhadas com os nossos objetivos, é uma forma de conduzir a rotina de forma mais consciente.

Também é uma forma de acompanhar a própria evolução, o que, consequentemente, pode nos ajudar a ter uma maior satisfação com a nossa vida.

No âmbito profissional, trabalhar a autoliderança ajuda a tomar controle da carreira. Fazer avaliações frequentes sobre as nossas habilidades, escolhendo conscientemente qual delas será evoluída, nos permite fazer escolhas de carreira mais conscientes. Essa mudança de visão aumenta a satisfação profissional, já que nos responsabilizamos por nossas escolhas e tentamos direcionar a nossa evolução de acordo com o que nos faz feliz e com o que temos capacidade de realizar.

Competências de autoliderança

A autoliderança pode ser dividida em 6 competências:

  • Definir objetivos
  • Habilidade
  • Foco
  • Fazer reflexões
  • Gestão de tempo
  • Responsabilidade

Cada uma dessas competências descreve uma parte da autoliderança e inclui diversas práticas que podemos trabalhar aos poucos.

Para cada competência, vou apresentar a definição, seguida de algumas práticas que podemos aplicar para trabalhar essa mesma competência.

Definir objetivos

Definição: competência de estabelecer objetivos realistas e fazer planos para atingir cada um deles.

A primeira prática para definirmos bons objetivos é usar o formato SMART de definição de metas. O SMART é um acrônimo que define as seguintes características para um obejtivo:

  • Specific (específico): ele é claro e explícito, sem deixar espaço para dúvidas no seu entendimento
  • Measurable (mensurável): existe uma métrica que será acompanhada para medir o nível de sucesso do objetivo
  • Attainable (atingível): é possível atingir esse objetivo com as ferramentas que você tem disponível no momento
  • Realistic (realista): é um objetivo que pode ser concluído
  • Time-bound (com prazo): existe um tempo limite para a conclusão do objetivo

Algumas fontes indicam o R do SMART como Relevante. Entendo que independentemente do objetivo ser Realista ou Relevante, as duas definições são características úteis.

Se o seu objetivo apresentar todas as características do SMART, então ele tem uma chance muito maior de ser concluído com sucesso.

Outra forma de definir bons objetivos é saber diferenciar entre objetivos de evitação e objetivos de abordagem.

Objetivos de evitação são aqueles que definimos como algo a ser evitado ou atrasado. O problema desse formato é que pensar negativamente aumenta o nosso estado de vigilância e diminui o nosso bem-estar.

Objetivos de abordagem são aqueles formulados de maneira positiva e que podem ser de 3 tipos:

  1. Conseguir fazer algo pela primeira vez
  2. Manter um estado desejado
  3. Desenvolver ainda mais um estado positivo

Pensar positivamente vai sugestionar o nosso cérebro a seguir com a conclusão desse objetivo mais tranquilamente. Por isso, quando for definir o seu objetivo, avalie se ele é de evitação e, caso necessário, tente reescrevê-lo como um objetivo de abordagem.

Para conseguir aumentar a chance de concluir os objetivos, uma boa prática é tentar prever obstáculos prováveis. Com essa prática, ficamos preparados para enfrentar situações comuns que poderiam nos desmotivar ou dificultar a conclusão do objetivo.

Ao pensar em obstáculos e soluções para esses obstáculos antes de iniciar o trabalho em direção ao objetivo, conseguimos raciocinar com mais calma e diminuir o impacto do obstáculo sobre o nosso avanço.

Aqui é importante não perder tempo pensando em muitos obstáculos e sofrer com uma ansiedade antes mesmo de começar. A ideia é se preparar para os problemas mais prováveis e não fazer uma lista exaustiva de problemas. Algumas situações só vão aparecer quando colocarmos a mão na massa.

Uma forma de aumentar a confiança em outras pessoas é aumentar primeiro a confiança em si mesmo. E isso pode ser feito definindo objetivos e fazendo de tudo para cumpri-los.

O clássico exemplo de fazer promessas de ano novo e não cumprir é uma forma de entender a importância da confiança. Se não podemos confiar em nós mesmos, como os outros vão confiar na gente? Por isso, trabalhar a capacidade de definir e concluir objetivos é vantajosa para os dois lados de uma relação de confiança.

Habilidade

Definição: a capacidade de adquirir ou quebrar hábitos.

40% do nosso comportamento diário é baseado em hábitos e acontece de forma automática. Isso acontece porque o cérebro está sempre em busca de economizar energia. Ao focar em práticas para adquirir bons hábitos e quebrar maus hábitos, conseguimos definir uma boa rotina e ao mesmo tempo ajudamos o nosso cérebro.

Um ritual que fazemos várias vezes de forma consciente e gastando energia, pode ser repetido até virar uma rotina. Para isso, são necessários 3 ingredientes:

  1. Intenção: o ritual está alinhado com os nossos objetivos
  2. Esforço: precisamos nos esforçar para realizar esse ritual
  3. Tempo: o esforço para realizar o ritual deve ser contínuo

Com esses 3 ingredientes, o ritual vira uma rotina e, depois de um certo tempo, essa rotina vira um hábito.

Para estabelecer bons hábitos, precisamos que ele tenha 4 características:

  1. Claro: crie um estímulo
  2. Atraente: vincule uma ação que deseja fazer com uma que precisa fazer
  3. Fácil: pratique-o com o mínimo esforço
  4. Satisfatório: use uma recompensa imediata

Usando o hábito da meditação como exemplo, nós podemos trabalhar nesse hábito configurando um alarme todas as manhãs (claro), lembrando dos benefícios da prática (atraente), começando com uma prática de apenas 1 minuto (fácil) e comendo um doce sempre que conseguirmos meditar no dia (satisfatório).

Mantendo essa rotina de forma frequente, com essas características, o hábito é formado com o menor esforço possível.

Para quebrar maus hábitos, precisamos que ele tenha 4 características opostas às descritas anteriormente:

  1. Invisível: elimine os estímulos
  2. Desinteressante: elimine ou diminua o que torna o hábito atraente
  3. Difícil: inclua barreiras no processo
  4. Insatisfatório: a recompensa não deve satisfazer o seu desejo

A melhor abordagem é focar na primeira característica e tornar esse hábito invisível. Usando o hábito de entrar no Twitter como exemplo, esse hábito se torna invisível a partir do momento que não temos acesso ao celular.

Caso tenha dificuldade para tornar o hábito invisível, então busque as outras características para começar a quebrar esse mau hábito.

Foco

Definição: capacidade de se concentrar em algo ou diminuir distrações.

Com a quantidade de estímulos que recebemos todos os dias, a sensação que fica é que é cada vez mais difícil de focar. Mas práticas simples podem ajudar nessa competência.

A primeira prática é criar uma lista de tarefas com tudo o que está pendente. Às vezes, só precisamos tirar as informações da nossa cabeça e registrar num sistema externo para conseguir pensar com mais clareza.

Depois de criar uma lista de tarefas, podemos priorizar as tarefas dentro de uma matriz de Eisenhower. Essa matriz classifica as tarefas em 4 quadrantes de acordo com a sua urgência e importância:

  • Quadrante 1: tarefas urgentes e importantes
  • Quadrante 2: tarefas não urgentes e importantes
  • Quadrante 3: tarefas urgentes e não importantes
  • Quadrante 4: tarefas não urgentes e não importantes

De acordo com o quadrante que a tarefa cai, a matriz indica qual é a ação que devemos tomar para essa tarefa:

  • Quadrante 1: deve ser feita no momento em que surgiu
  • Quadrante 2: pode ser agendada e executada em um melhor momento no futuro
  • Quadrante 3: delegue para alguém capaz de executá-la
  • Quadrante 4: não deveria estar sendo feita

A matriz é um guia para a priorização. Muitas vezes, não temos para quem delegar tarefas ou alguma delas caem no quadrante 4 e, mesmo assim, tomamos a decisão de executar. Então, use como uma forma de entender principalmente quais deveriam estar sendo feitas com prioridade.

Uma forma de consumir essa lista de tarefas priorizada é através de Pomodoros. O Pomodoro é uma técnica para focar na execução de tarefas, dividida em blocos de tempo:

  • 25 minutos de foco
  • 5 minutos de descanso

Cada bloco de 30 minutos representa um Pomodoro e a cada 5 Pomodoros é feito uma seção de descanso de 30 minutos.

A ideia é manter o foco total durante 25 minutos, sem interrupções, e fazer qualquer outra atividade por 5 minutos. Para que a técnica funcione, você deve configurar um alarme, o que permite esse foco sem distrações. E também é importante pensar em qualquer coisa menos na tarefa atual durante os 5 minutos de descanso.

Resumindo, o fluxo sugerido é o seguinte:

  1. Fazer uma lista de tarefas pendentes
  2. Priorizar as tarefas com a matriz de Eisenhower
  3. Executar as tarefas usando Pomodoro

Para conseguirmos focar, também é importante reduzirmos as distrações. Trabalhar em um espaço de trabalho limpo e organizado, impede que se preste atenção ao que está fora de lugar durante os momentos de foco.

Ter atenção à ergonomia nos permite trabalhar de forma confortável, sem distrações com dores ou desconfortos. Por isso, a recomendação é trabalhar com uma cadeira própria para isso, bem posicionada em relação ao chão e à altura do monitor. Usar suportes para os pulsos ao usar o mouse e teclado também ajudam no conforto durante o dia.

Nem sempre entendemos o quanto o conforto acústico pode nos apoiar ou atrapalhar no foco. Mas é de conhecimento geral que barulhos recorrentes tiram facilmente a nossa atenção. Por isso, feche as janelas, use fones de ouvido e avise em casa ou no escritório que está entrando em momento de foco e não pode conversar no momento.

Caso perca o foco, uma ótima forma de recuperá-lo é através de um exercício de respiração.

This Calming GIF Can Help You Handle Stress

Esse gif se expande e se contrai em ciclos de 5 segundos. A ideia é acompanhar esse movimento, inspirando quando a imagem se expande e expirando quando a imagem se contrai.

Sempre que sentir que está muito acelerado e que não está conseguindo focar, pare por um momento e tente focar na respiração acompanhando o gif.

Fazer reflexões

Definição: capacidade de refletir e direcionar a si mesmo, suas ações, pensamentos e sentimentos.

Entre um estímulo e uma resposta nós temos um espaço para pensar e tomar decisões que pode ser melhor aproveitado se nos conhecemos e sabemos o que queremos.

Fazer reflexões tem diversas vantagens, que incluem:

  • Estar mais preparado para as mudanças
  • Construir competências de maneira mais eficaz
  • Ter autoconfiança e estabilidade
  • Ter liberdade sob alta pressão

Trabalhar a capacidade de fazer reflexões é uma boa prática para trabalhar o autoconhecimento e as vantagens são melhorias que acredito que todos nós desejamos atingir.

A primeira prática para fazer reflexões é iniciar uma rotina de reflexões diárias. Para ajudar nessa rotina, podemos usar perguntas que nos ajudam a refletir sobre padrões de comportamento:

  • O que foi positivo no dia de hoje?
  • O que não foi tão bom no dia de hoje?
  • O que eu faria diferente no futuro?
  • Fiz algo pelos meus objetivos?

Para que seja possível acompanhar a evolução dessas reflexões de forma mais assertiva, podemos manter um diário. O diário vai servir como um registro dessas reflexões e uma fonte confiável de informação. Ficar dependente apenas da memória pode ser um pouco confuso e nos levar à conclusões errôneas. Por isso, é melhor confiar no que foi registrado por escrito.

E não adianta fazer reflexões diárias, manter o diário para acompanhar essas reflexões e não tomar nenhuma ação. A evolução só vai acontecer se a reflexão for usada como insumo para ações de melhoria para o nosso desenvolvimento. Uma forma de agir sobre as reflexões é trabalhar a inteligência emocional.

Dentro da inteligência emocional, temos a autoconsciência e a autogestão. A autoconsciência é a habilidade de notar as nossas próprias emoções quando elas surgem e saber como reagimos em diferentes situações. Trabalhando a autoconsciência, avançamos para a autogestão que é a habilidade de usar a autoconsciência para mudar o nosso comportamento de acordo com a situação.

Trabalhar a autoconsciência e a autogestão é um caminho para transformar reflexão em ação.

Gestão de tempo

Definição: capacidade de usar o seu tempo da forma mais intencional possível.

Quando trabalhamos a autoliderança, estamos de alguma forma trabalhando a gestão de tempo. Porque não conseguimos definir objetivos, criar novos hábitos, focar e fazer reflexões sem fazer o mínimo de gestão de tempo.

Existem várias práticas que ajudam na gestão de tempo, mas podemos começar com algumas mais simples.

Uma prática que ajuda a organizar o nosso tempo é usar blocos de tempo na agenda. Ou seja, reservar com antecedência horários para realizar as atividades. Os blocos de tempo evitam procrastinação e podem ser criados por temas, para diminuir um pouco da pressão.

Por exemplo, você pode criar blocos de tempo para planejar a semana, estudar ou trabalhar. E dentro desses blocos focar em atividades relacionadas aos temas. Criar blocos de tempo recorrentes também ajuda a criar o hábito de fazer uma atividade sempre no mesmo dia e horário.

Outra prática para a gestão de tempo é o planejamento semanal, que pode ser feito através de um bloco de tempo recorrente. Nesse bloco, o foco deve ser em entender o que teremos de reuniões, entregas e pontos de atenção durante a semana. Bem como entender se temos momentos de descanso e intervalos suficientes entre as reuniões.

A ideia é tentar ajustar a semana para ter um planejamento próximo do ideal. Entender qual dia da semana será mais ocupado por reuniões e qual será mais tranquilo permite uma preparação para que nada fique para depois e nem que as atividades sejam concluídas com pressa.

O importante na gestão de tempo, e em qualquer uma das outras competências, é começar pequeno. Ninguém vira uma pessoa organizada da noite para o dia. Por isso, não se cobre por resultados rápidos.

Comece com blocos pequenos, entenda em quais horários do dia você trabalha melhor e mude o plano sempre que necessário. A evolução vai vir com o tempo e o caminho é bem mais importante do que o destino final.

Responsabilidade

Definição: capacidade de se responsabilizar pelas próprias ações e ser capaz de justificar as suas próprias ações e decisões.

Ser responsável e demonstrar responsabilidade é uma capacidade que também exige tempo para ser trabalhada. Mas que é totalmente possível.

Para nos ajudar a entender como trabalhamos a responsabilidade, podemos usar como ponto de início a definição das 4 tendências. As 4 tendências são uma classificação que identifica os padrões em que as pessoas se encaixam.

Esses padrões são divididos de acordo com a nossa resposta às expectativas internas e externas e são divididos da seguinte forma:

  1. Sustentador: atendem bem às expectativas internas e externas
  2. Obediente: atendem bem às expectativas externas, mas possuem dificuldade para atender às expectativas internas
  3. Questionador: atendem bem às expectativas internas, mas possuem dificuldade para atender às expectativas externas
  4. Rebelde: possuem dificuldade para atender às expectativas internas e externas

Você pode fazer um teste para descobrir em qual padrão se encaixa e então entender quais são as práticas que vão te ajudar a lidar com o seu perfil.

Além de classificar cada padrão, a definição também apresenta as características de cada perfil:

  1. Sustentador: cumprem prazos, possuem uma ansiedade para saber o que as pessoas esperam delas e esperam muito de si mesmas
  2. Obediente: nunca deixam de ajudar os outros e têm dificuldade para ajudar a si mesmos
  3. Questionador: só fazem algo que faz sentido para eles e precisam ter cuidado com a paralisia gerada pela análise excessiva
  4. Rebelde: fazem as coisas à sua maneira e tomam decisões de acordo com as percepções que têm de si mesmas

De acordo com o seu perfil, você pode seguir algumas dicas para trabalhar a sua responsabilidade:

  1. Sustentador: criar blocos de tempo no calendário, principalmente para colaborar com outras pessoas
  2. Obediente: fazer reuniões para concluir atividades, buscar parceiros de estudos e verificar progresso constantemente
  3. Questionador: definir objetivos com clareza do porquê eles são importantes para você e para as outras pessoas
  4. Rebelde: focar na sensação de liberdade das suas escolhas, entender oportunidades antes e decidir o que é certo depois

Saber qual é a sua tendência pode ser útil para entender como você se vê perante as responsabilidades e qual é a impressão que você passa para as outras pessoas. Conseguir atender às expectativas é uma forma de demonstrar reponsabilidade através de ações, ao invés de intenções.

O efeito Zeigarnik descreve que as pessoas tendem a lembrar mais de tarefas não terminadas do que aquelas que foram concluídas. Por isso, acabamos não prestando atenção em todo o progresso que fizemos e focamos no sentimento de culpa pelo que não conseguimos concluir.

Nós podemos nos aproveitar desse efeito para seguir algumas práticas para trabalhar a nossa responsabilidade. A primeira prática é fazer uma lista de tarefas para tirar a carga cognitiva do cérebro. Além de ajudar no foco, a lista vai nos ajudar a não ficar pensando constantemente no que deixamos de fazer.

Outra prática é fazer a interrupção útil, ou método Hemingway, que é interromper o trabalho sabendo qual é o próximo passo. Assim, conseguimos voltar rapidamente para a tarefa no dia seguinte. Isso acontece porque saber exatamente o ponto de parada e o próximo passo é mais motivador do que parar quando não se sabe mais o que fazer e ficar com uma pendência sem solução clara.

Demonstrar responsabilidade para outras pessoas é uma forma de mostrar que somos confiáveis, aumentando a nossa credibilidade.

A credibilidade depende da sua integridade, intenção, capacitações e resultados. Ou seja, se você se demonstrar íntegro (alguém que fala e age de maneira coerente), deixar claras as suas intenções, trabalhar para se capacitar e apresentar resultados, então você vai ser visto como alguém com credibilidade e vai conseguir estabelecer relações de confiança com outras pessoas.

Como se planejar para trabalhar a autoliderança

Para trabalhar a autoliderança, o primeiro passo é fazer uma autoavaliação a respeito de cada uma das competências. Em qual delas você mais precisa trabalhar? Qual delas parece ser mais difícil no momento? As respostas para essas perguntas indicam qual é a competência que você deve focar primeiro.

O ideal é focar em uma por vez, usando uma prática de cada vez até estar confortável com a ideia de incluir essa prática na sua rotina. Como mencionei anteriormente, desenvolvimento pessoal leva tempo. Algumas coisas podem ser desenvolvidas rapidamente, mas se a ideia é ter uma mudança perene, o ideal é ir aos poucos, aproveitando cada passo e sentindo mudanças e resultados reais.

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