EPIDEMIA DE FAKE NEWS
Embora pareça algo novo, as fake news, ou notícias falsas, são transmitidas para a população há vários séculos. O termo fake news ganhou destaque em 2016, quando os eleitores de Donald Trump , começaram a propagar diversos conteúdos falsos sobre a concorrente Hillary Clinton. O principal meio pelo qual as fake news se difundiram, são as redes sociais, por ter uma extensão ampla e ter a capacidade de atingir pessoas do mundo todo. Com isso, a população é afetada por essas falsas notícias, e acaba se deixando levar por elas, ainda mais em tempos de pandemia, na qual nos encontramos nos dias de hoje, em que notícias falsas podem levar à morte.
O mundo está em crise, precisando da ajuda de cada indivíduo para que possamos enfrentar esta pandemia, pessoas de bem, que tem como missão ajudar o próximo e salvar vidas, estão na linha de frente dessa luta. E as fake news interferem diretamente no trabalho dessas pessoas para passar informações de cuidados pessoais. No dia 23 de março, as grandes redes de comunicação se juntaram numa campanha que tem como símbolo a hashtag #imprensacontraovirus, que tem como foco a responsabilidade que os jornais têm em informar o cidadão leigo, sobre fatos da epidemia.
Logo após o pronunciamento de Jair Bolsonaro no dia 23 de março, o professor da USP, Pablo Ortellado, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, monitorou 813 grupos públicos de whatsapp, e comprovou que a difusão de áudios com notícias fakes aumentaram, áudios como “chá quente mata o covid-19”, “jovens tem que sair de casa para ganhar imunidade”, se espalharam em diversos grupos. Portanto, compreendemos que com pronunciamentos incorretos vindo de autoridades governamentais, informações podem chegar ao público de maneira errada, prejudicando o trabalho da imprensa, que tem como arma contra o coronavírus a divulgação de informações verídicas.
A internet é de extrema importância para a população, porém, dentro dela há muito mais conteúdo descartável do que aqueles que agregam ao seu conhecimento. Se as pessoas soubessem filtrar o que é necessário do que é supérfluo, o mundo seria bem melhor, o trabalho das pessoas que estão lutando contra a pandemia seria facilitado. Aliás, as fake news também são uma epidemia que se propaga por distâncias longas, pois o que não é verídico é mais compartilhado do que as coisas que são. Quem nunca compartilhou uma notícia tendo lido só o título? Pois é, devemos ter cuidado, e conferir as fontes.
