Isso não é aquilo
Por que será que, ao falar de uma mulher, as associações tendem a ter um tom pejorativo?
Fazer associações é natural do ser humano, mas por que será que, ao falar de uma mulher, essas associações possuem um tom pejorativo? “Mulher é sensível”, e a sensibilidade ganha um ar de fragilidade. “Mulher é complexa”, e a complexidade se transforma em complicação. “Mulher é emocional”, e a emoção já não serve para decidir. “Mulher é delicada”, e a delicadeza se fantasia de passividade.
Mas nenhum sinônimo é perfeito.
Nem sempre isso é aquilo.
Nenhuma mulher é uma só palavra.
E palavra nenhuma deve nos apequenar.
Somos muitas e somos muito.
Queremos e vamos ser tudo o que podemos ser!
COMPLEXA NÃO É COMPLICADA
Complexa é ter diversas nuances e camadas interligadas, é uma leitura que fazemos sobre aquilo que não conhecemos muito bem. Ser uma pessoa complexa não significa ser complicada, difícil ou indecifrável. Significa apenas que se é uma pessoa e isso é maravilhoso.
EMOCIONAL NÃO É INCOERENTE
Emocional é provocar emoções e vivê-las com plenitude. Ser uma pessoa emocional não tem nada a ver com a capacidade de tomar decisões, com a noção de justiça ou com a coerência em suas atitudes. E seja nas profundezas ou na superfície, ser um humano é ser emocional.
SENSÍVEL NÃO É FRÁGIL
Sensível é ter a capacidade de perceber com os sentidos, algo inato ao ser humano. Ser uma pessoa sensível não é o mesmo que ser ou estar frágil, e não é nenhum defeito, desvantagem ou problema — muito pelo contrário. A sensibilidade é capaz de transformar completa e positivamente uma conversa, uma relação, um trabalho, um ambiente, uma pessoa.
DELICADA NÃO É PASSIVA
Delicada é saber conviver de maneira cortês, sutil. Ser uma pessoa delicada não é viver de modo passivo, aceitando tudo o que é imposto, e não é uma característica definitiva das mulheres. A delicadeza, inclusive, pode ser qualidade, pode ser artifício, e pode, também, não ser.
Conheça a segunda edição da nossa série #IssoNãoÉAquilo sobre emoções e sentimentos.