O dia em que São Paulo voltou a ser cinza

Agui Melo
Aguinaldo Melo
Published in
2 min readOct 3, 2016

O dia 2 de outubro foi um domingo qualquer. Um daquele dias que o script começa com acordar, tomar café e pensar no que fazer no dia.

A grande diferença desse dia era que entre essas tarefas eu tinha que votar, processo que me tomou apenas uns minutos e algumas pedaladas com minha bike.

Uma vez minhas obrigações de cidadão cumpridas, estava na hora da diversão. Comi, peguei o aplicativo Bike Sampa com o objetivo de ver se havia bikes disponíveis no ponto mais próximo de casa.

Após alguns minutos de caminhada, lá estava eu na bike do Itaú. Passei por algumas escolas em que vi aglomerações de pessoas indo votar, mas após me distanciar desses lugares vi uma cidade cinza, sem vida. As ruas estavam vazias, o dia nublado só deixava a cidade mais cinza ainda.

Um dia em que São Paulo estava cinza

Como de costume, os planos eram cruzar a via elevada João Goulart, o popular Minhocão. Mas ao chegar lá, descubro que o Elevado estava fechado para as pessoas.

Pego a ciclovia e vou em direção da praça Roosevelt. Na esquina da rua da Consolação tenho meu segundo choque, neste Domingo a ciclofaixa de lazer estava desativada.

Esta foi a hora que pude me lembrar como era São Paulo antes das ruas serem abertas para as pessoas. Uma cidade fria e cinza.

Na hora de voltar para casa recebo a notícia que o candidato que apoia o aumento de velocidade e não necessariamente é um fã da São Paulo que temos hoje havia se eleito.

Espero que ele atenda os anseios de todos os eleitores que o elegeram, mas que encarecidamente não deixe São Paulo ficar cinza novamente.

--

--