APIX 2018: tendências a serem colocadas em prática

Arthur Magalhaes Fonseca
aisdigital
Published in
4 min readAug 15, 2018

Nos dias 07 e 08 de agosto aconteceu em São Paulo — SP o APIX 2018, maior evento da América Latina dedicado a conteúdos do universo das APIs. O encontro foi promovido pela Sensedia e teve a participação de palestrantes de diversas empresas que falaram sobre a jornada da transformação digital, design de APIs, GraphQL, Microsserviços, API Manager, entre outros.

Apesar de já ser parceira da Sensedia, esta é a primeira edição que a AIS Digital patrocina o evento, afinal, é uma empresa de tecnologia que acredita que as APIs são realmente peças importantes para que a transformação digital aconteça. E nós, como líderes técnicos e integrantes do time da AIS, pudemos prestigiar de perto as apresentações e reunimos aqui algumas tendências destacadas pelos palestrantes.

Luiz Henrique das Neves, CTO do Tribanco contando o case deles com APIs (Foto: Facebook Sensedia)

Quem passou por lá?

Como cases de sucesso presentes, tivemos alguns unicórnios brasileiros: Nubank (Marcelo Toledo), PagSeguro (Diego de Oliveira) e Netshoes (André Petenussi). Também estiveram lá algumas empresas que estão passando pelo processo de inovação digital, como o Grupo Fleury e cases de sucesso, como a Elo e a Natura, além de representantes de cases internacionais como o palestrante Adam DuVander da Zapier.

Mas para começar a nossa série de publicações, escolhemos uma das palestras de maior repercussão: Microsserviços — boas práticas do campo de batalha, apresentada por Elemar Júnior, CTO da Guiando (empresa brasileira de gestão de custos).

O que podemos aprender com os microsserviços?

Quando se trata desse assunto, é comum existirem algumas comparações, como “microsserviços é melhor que SOA”, “Você tem que trocar seu time ou ferramenta” ou “Sua tecnologia precisa ser igual a do Netflix”. Para quebrar esses jargões, Elemar contou um pouco sobre a sua experiência, destacando que a escolha da tecnologia usada vai ser definida pelo contexto do seu negócio e não o contrário disso.

Aproveitando o assunto, o palestrante fez uma interessante comparação, dizendo que o Netflix tem algo em torno de 1 milhão de requisições por segundo. O número é realmente tentador e impressiona mesmo, mas se você parar pra pensar, talvez você não precise de um poder de processamento como o do Netflix para o seu ambiente de trabalho, não é mesmo? Essa é a lição que fica para quem já pensou, em algum momento, trocar a tecnologia que usa para alguma outra mais relevante no mercado.

Estratégias focadas em negócio

Assim como SOA, que quase fracassou por querer impor exigências de tecnologias sobre o negócio, em microsserviços essa problemática tem voltado à tona. Isso quer dizer que ainda existem equipes preocupadas em resolver problemas com linguagens X, Y ou Z, mesmo sem ter necessidade.

Na nossa trajetória como Líderes Técnicos na AIS, percebemos que há uma preocupação grande em alinhar os anseios do cliente com a solução proposta. Isso para que as questões não sejam estritamente técnicas, fazendo com que o LT e o cliente entendam perfeitamente o que foi sugerido.

Assim, como o próprio Elemar disse, nossos desenhos e representações arquiteturais devem ser um reflexo do nosso código entregue.

Tá legal, mas como faço para engajar o meu time?

Em sua apresentação, o especialista também trouxe algumas curiosidades sobre uma jornada microservice e destacou a importância de um profissional assumir uma postura de ownership sobre a arquitetura para que o projeto tenha sucesso.

Aqui na AIS, as squads têm perfis mistos, que mesclam conhecimento (técnica) e experiência (prática). Geralmente, o Líder Técnico (LT) ou programador Master devem assumir essa característica de “dono do projeto”, com o auxílio do Líder de Projeto (em muitos casos funciona como Product Owner proxy). Faz parte da nossa cultura fazer com que todo o time esteja engajado nas decisões, inclusive, para que o conhecimento e as responsabilidades sejam compartilhadas entre todos.

Diante disso, percebemos que a AIS acredita no potencial de cada membro da equipe para trazer novas propostas, encorajando sempre o time a propor soluções poliglotas a nível de backend e microservices, como NodeJS, Kotlin, Scala, Ruby, Java, entre outras. O pragmatismo em cada solução, linguagem e framework nos permite almejar estar sempre a um novo patamar.

E aí, preparado para colocar em prática as ideias que destacamos aqui? Temos certeza que sim. Continue acompanhando o nosso Medium, pois já temos mais assuntos, inclusive sobre como trazer as APIs para o universo da experiência do usuário, dois mundos que parecem tão distantes, mas que para nós podem coexistir em uma mesma Sprint. Esperamos por você no próximo artigo!

*Esse texto foi construído com a colaboração de Lucas Neves, Líder Técnico da AIS Digital.

--

--