Conheça cxs/poa, banda que abre a coletânea da Alforge Records

Trio, com influências noventeiras, traz ao projeto faixa instrumental

Com o nome autoexplicativo, a cxs/poa é uma banda que produz música à distância, antes mesmo da pandemia. O trio formado por João Feix (guitarra), Pedro Rheinheimer (bateria) e Lucas Kirchner (baixo), se divide entre as duas cidade do Rio Grande do Sul, superando os desafios da falta de estrutura e logística para ensaiar.

“A cxs/poa nasce da distância, pela separação física que pode ser vencida pelo advento da internet. Integrantes que moram em cidades diferentes, tem a oportunidade de conectarem e criarem juntos”, declara a banda.

Para a coletânea, eles trazem a música instrumental “Totorro”, que abre o disco mostrando logo de cara, que a coletânea tem a intenção de explorar diversas facetas do hardcore. Sobre a faixa, os músicos afirmam:

O nome da música é uma homenagem a uma banda francesa que nós todos gostamos e ouvimos muito na fase de composição. Essa faixa também estará presente no nosso próximo disco. Lançar nesse formato com a Alforge, tem muito a ver com as conexões, e essa coletânea é sobre isso. Com a galera unida, vamos para frente, sempre.”

Em relação ao processo de gravação, o trio comenta que o som foi gravado em casa, mas que as guitarras foram captadas no Divisa Home Studio.

“Sobre o processo de gravação, como nós sempre fomos impulsionados pela distância, nos acostumamos com esse lance de mandar áudios, trocar ideias e decidir as coisas juntos pela internet”, afirmam.

Mesmo habituados à produção musical à distância, o grupo sentiu o impacto da pandemia, principalmente na questão do contato com os amigos, o público e os shows. Para eles, são partes insubstituíveis e memoráveis.

“Cada show tem uma história. Como quando fomos tocar em Capitão e tivemos que desatolar o carro numa subida de um perau, aí usamos pedras pra calçar as rodas. Ou quando a gente foi andar de skate antes de viajar para um show em Caxias e o João foi parar no pronto socorro. Teve uma vez roubaram um prato nosso. No início da banda era comum variar os bateristas, e um dos nossos integrantes tocou batera nos pés e guita nas mãos”, relembra o trio.

Além das influências noventeiras, cada integrante comentou o que anda ouvindo ultimamente:

“Estou revisitando o que eu ouvia na época mais punk/metal da minha vida e conhecendo umas bandas novas, Spazz, Municipal Waste e Repulsion, essas tenho ouvido seguido. Indico conhecerem a Death Ecstasy de Canoas, banda de uma galera bem nova. — Pedro.

“Covet, Garage Fuzz, John Frusciante e Sport”. — Lucas.

“Estou num momento muito “mix de jazz/fusion japones” no Youtube, Azymuth e Miles Davis” — João.

Para conhecer mais sobre a cxs/poa é só acessar: https://cxspoa.bandcamp.com

Ouça a coletânea pelo link: https://onerpm.link/361557710523