Previsões astrológicas para 2020

Ísis Daou
alfaserpente
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15 min readMar 20, 2020
“Destruir para construir?” — colagem digital autoral

Na madrugada de hoje, 20 de março, precisamente às 0h49, o Sol ingressou no signo de Áries. É o ano novo astrológico. Um novo ano começa.

Pra começar a falar de previsões para o ano de 2020, precisamos falar sobre fins de ciclo. Nós temos dois ciclos mundiais importantes sendo iniciados esse ano, e toda grande transição desestabiliza o que já existe. Caso já não esteja claro, reitero aqui: temos um ano agitado e de grandes mudanças pela frente. Mas vamos por partes.

Mudanças de grandes ciclos: da Terra ao Ar

O dawr: ciclos de 360 anos

A primeira grande mudança de ciclo tem por referência o dawr (literalmente “tempo” ou “período”), conceito empregado pelo importante astrólogo persa Abu Ma’shar. Um dawr é um ciclo de 360 anos que é regido por um planeta combinado a um signo, a partir de um dado marco inicial; como esse texto já vai se alongar bastante, não vamos entrar nos pormenores teóricos que fundamentam o dawr, mas vamos falar da transição atual.

360 anos é bastante tempo: o dawr que estamos encerrando em 2020 começou em 1660. Pensem em tudo que mudou no mundo nesse período. Foi nesse intervalo de séculos que vimos a ciência moderna e a revolução industrial nascerem, só pra começar. Esse foi um dawr regido por Saturno em Virgem. Saturno, o rigor e a estrutura, representa também os recursos naturais, enquanto Virgem é um signo mutável de terra comandado por Mercúrio, regente do comércio; esse longo período é marcado pela ênfase na materialidade, na produtividade e o anseio pela exploração de recursos com o objetivo de mercantilização. Esse artigo elabora muito bem outros aspectos simbólicos relevantes deste e de outros períodos históricos.

O dawr que adentramos agora, em 2020, é uma ruptura grande em relação ao anterior: Júpiter em Libra será o regente desse grande ciclo de 360 anos, até 2380 (sabe-se lá se teremos Terra até tão longe). A regência de Júpiter é um contrabalanço importante após o período de Saturno. Enquanto Saturno constrói muros e cria isolamento, Júpiter representa o que temos de comum entre todos nós, mesmo em meio à diversidades e desigualdades sem fim. Júpiter é a própria amizade, a esperança, a alegria, a espontaneidade, a justiça. A sabedoria. E Libra, bom, Libra ainda é um signo de Vênus, o planeta da união. Um novo grande ciclo regido por Júpiter em Libra, enfim, simboliza um período de maior tolerância, cooperatividade e ênfase nas relações: lembremos que Libra é o signo do ar cardinal, o ar que inicia movimento: é a própria comunicação. E não existe comunicação sozinho. Como Júpiter também simboliza a fé e a espiritualidade, podemos esperar uma mudança global em direção a esse sentido, e não de uma forma conservadora ou restritiva; Júpiter é expansão, é se reconhecer no outro, é saber ver o que nos une como iguais.

É claro que estamos falando aqui de mudanças culturais grandiosas, observáveis mais facilmente com a passagem do tempo. De fato, o dawr tem uma marcação de tempo menos precisa, talvez por englobar um período longo demais. As grandes conjunções, por outro lado, tem dia e hora certos pra acontecer. Vamos à elas então.

Grandes conjunções: a cada 20 anos, dentro de uma Era de 240 anos

Grandes conjunções acontecem quando Saturno e Júpiter se encontram exatamente no mesmo signo, grau e minuto; isso ocorre a cada 20 anos, e sempre em signos do mesmo elemento durante o período de 240 anos, até que ocorra a mudança de elemento, que marca o início de uma nova Era de 240 anos. Essa transição é mais complicada porque ela acontece aos poucos, como se a gente desse 2 ou 3 passos pra frente e 1 pra trás.

O primeiro passo da transição atual foi em 31 de dezembro de 1980, um segundo em 4 de março de 1981 e um terceiro novamente em 24 de julho de 1981; todos esses foram encontros de Júpiter e Saturno no signo de Libra (esses 3 encontros tão próximos se deram por causa da retrogradação de ambos no início de 1981, que fez eles se encontrarem na ida e na volta também).

Inaugurada a nova Era do Ar, tivemosos anos 80 e 90 como divisores culturais de um novo cenário global, mas perto da virada do milênio, vivemos um retorno à triplicidade de Terra: em 28 de maio de 2000, Júpiter e Saturno se encontraram no signo de Touro, um terreno pouco proveitoso pra ambos os planetas, mas definitivamente um signo estável demais para o potencial de expansão de Júpiter.

Agora em 2020 daremos então o passo definitivo adentro do Era do Ar e sem mais conjunções em Terra por um bom tempo, com o encontro de Júpiter e Saturno em Aquário no próximo 21 de dezembro.

O mapa dessa grande conjunção promete profundas movimentações políticas, marcando o início de uma nova fase para o Brasil (e para o mundo). O encontro de Júpiter e Saturno vai acontecer na casa 11 do mapa desse evento, a casa do Legislativo, sendo esses dois planetas regentes das casas do Jurídico e do Executivo nesse mesmo mapa — quer dizer, os 3 poderes são ativamente o tema principal da próxima Grande Conjunção no Brasil, sendo o Congresso o palco principal.

Para além da análise de mapa dessa grande conjunção no Brasil, podemos avaliar a qualidade dos planetas nesse signo de forma geral. Saturno e Júpiter já estão melhores em Aquário do que em Touro, já que Saturno é o próprio regente desse signo e Júpiter possui mais força nos signos de ar do que nos de Terra. Desde 1980, com o primeiro passo dado nessa Era do Ar, vimos a tecnologia e a informação se desenvolverem de forma irrefreável. Até de forma literal, vemos a tecnologia saindo da materialidade e chegando ao ar, substituindo cabos e hardwares pesados pelo bluetooth, o wi-fi, o comando por voz. Com a ampliação do acesso à internet, a comunicação nunca mais foi a mesma. Vivemos a era da informação, da abstração e da volatilidade, e já sabemos disso.

É importante dizer que essa próxima conjunção de Saturno e Júpiter em Aquário não significa que entramos na chamada “Era de Aquário”. Estamos falando aqui de uma Era do Ar, mas depois de Aquário teremos conjunções em Gêmeos e Libra também. A tal “Era de Aquário” vem de uma marcação de eras baseada na precessão dos equinócios e, de toda forma, os cálculos para o início dessa era não batem. A chegada da Era de Aquário começou a ser falada e difundida fortemente entre os esotéricos nas últimas décadas, mas a realidade é que, dentro desse sistema de contagem, ainda estaremos pelos próximos 400 anos na Era de Peixes. Para quem quiser se aprofundar, esse mesmo artigo já citado aqui é bastante esclarecedor.

O desenrolar dos próximos meses será fundamental para analisar os significados da conjunção de Júpiter-Saturno em Aquário, e voltaremos ao mapa desse encontro no Brasil com maior profundidade futuramente; por ora, o que sabemos sobre encerramentos de ciclos é suficiente. Esse é o nosso contexto maior: a transição de duas Eras do elemento Terra para o elemento Ar está em curso. Parece promissor, de certa forma. Mas o ano novo é hoje, 20 de março, e o mundo vive em meio ao caos. O que esperar dos próximos meses?

Sol em Áries: o ano novo astrológico

Toda vez que o Sol deixa o signo de Peixes e entrar a 0ºde Áries, celebramos o ano novo astrológico. É o recomeço do zodíaco, é o Sol entrando no signo de sua exaltação, é quando o princípio da própria vida explode mais uma vez. Mas sem maiores teorias e reflexões, vamos às previsões.

Esse é o mapa que temos para o Brasil esse ano:

O mapa do ingresso é levantado para Brasília, a capital do país. É importante dizer que o mapa do ingresso do Sol pode variar bastante de acordo com a geolocalização de cada país, e portanto, também a interpretação e as previsões para esses locais.

Masha’allah, outro persa referência em astrologia mundana, diz que quando o ascendente do mapa é de um signo cardinal, precisamos levantar 4 mapas para delinearmos previsões para o ano completo; assim, teremos um mapa para cada entrada de estação.

Casa 1: O povo e o país como um todo

Temos um começo de ano muito agitado, o que parece óbvio. A casa 1 abre em Capricórnio com três planetas superiores aí: Marte, Júpiter e Saturno. Isso por si só é um testemunho forte de austeridade, constrição, rigidez, escassez. Primeiro porque Marte e Saturno são os planetas maléficos, contrários à vida, e ambos estão em território no comando de Saturno, regente natural desses assuntos; segundo porque Júpiter, o grande benéfico, a própria sorte e redenção, está em queda, num signo de extrema fraqueza. Capricórnio é terra seca e árida e Júpiter, a fertilidade em essência; não há abundância possível num terreno desses. Se existia alguma sorte grande segurando as pontas, agora a fonte secou e quem bate na porta é a realidade dura e concreta, as coisas como elas são. A casa 1 fala de todos nós, o povo do país, o país de forma geral. E esse cenário de contração e rigidez vai atingir também classes mais altas, porque Júpiter representa os nobres e ricos; não é que as fronteiras da desigualdade social caíram, mas Júpiter em Capricórnio aí parece mostrar que algumas vulnerabilidades são comuns a todos, e tambem é no momento da rasteira que a humanidade dentro cada um de nós é colocada à prova.

Saturno nesse mapa se encontra nos últimos minutos do último grau de Capricórnio, que a gente chama de grau anarético, como se fosse sua faceta mais impiedosa, em clima de despedida do seu território. Tudo o que nos falta como sociedade vem à tona. A diminuição dos recursos materiais fica evidente. Também por esse pressionamento, Júpiter na casa 1 pode indicar desobediência civil e revolta, ainda mais em conjunção partil a Marte, esse sim exaltado, com força de ação para superar os inimigos; o desafio aqui é ter o discernimento de quais são os reais inimigos do povo, mas discernimento também é coisa de Júpiter, que anda debilitado. A pressa em julgar e condenar e uma agressividade geral parecem inevitáveis — tomar consciência disso talvez torne possível ações mais assertivas e menos emocionadas por parte da população. Marte em Capricórnio, apesar de evocar violência e destruição, está em condições de enfrentar dificuldades de forma efetiva, a nosso favor. E esse sim é um grande trunfo do ano para nós.

Masha’allah escreve que
“Saturno e Marte, quando um deles estiver em um ângulo na revolução do ano, e estiver direto em um signo de terra, significa a destruição das árvores e a morte dos animais.”

E nesse mapa temos os dois nessas condições, o que certamente levanta preocupação em relação à nossa biodiversidade. A situação de aridez que esses planetas refletem na casa 1 indica falta de chuvas, podendo trazer prejuízos para o meio ambiente. O Sol exaltado que aparece na casa 4, casa que trata da nossa terra, vem regendo a casa 8 do mapa: é outro testemunho de exploração e esgotamento da natureza, e da relevância desse tema nos próximos meses.

Por fim, outra coisa que Júpiter rege são nossas crenças, nossas ideologias, nossos acordos comuns. Desde o ingresso de Júpiter em Capricórnio, em dezembro, quantas verdades não caíram por terra? Sem fantasia, talvez assim seja possível crer no que está aqui e agora, e Júpiter na casa do povo parece trazer qualquer tipo de herói ou salvador ao chão. Nossa sorte só pode ser feita por nossas próprias mãos, partindo da ação.

Dinâmicas de poder

Como já vem se ensaiando nas últimas semanas, esse também é um ano de fortes disputas de poder. O presidente é representado pelo Sol e pela casa 10 e seu regente. O Sol em Áries aparece nesse mapa na casa mais baixa do céu, a casa 4, sem qualquer aspecto próximo. A casa 4, por ser a casa oposta à 10, também representa os opositores declarados do governo. Esse é o primeiro testemunho do poder do país fora do eixo, em contestação, e de uma figura central aparentemente com poucos aliados.

Nesse mapa o presidente também é Vênus em Touro, por ser o planeta regente da casa 10. Vênus está domiciliada, num signo fixo e na casa do seu júbilo, onde esse planeta se fortalece; a princípio, uma situação estável para quem ocupa o cargo mais importante do país. Entretanto, olhar os aspectos desse planeta muda um tanto o cenário: Vênus faz um trígono com Júpiter, um planeta debilitado, que rege aqui a casa 12, indicando possíveis traições com seus próprios aliados ou insatisfação de seus eleitores; e rege também a 3, a própria imprensa, uma oposição mais do que presente durante o primeiro ano do seu mandato. Com Marte, Vênus também faz um trígono, e aqui há rejeição por signo (Touro é exílio de Marte), portanto ineficiente na manutenção dessa aliança — no caso, estamos falando do Poder Legislativo, representado por Marte em Capricórnio por reger a casa 11. Este é um mapa em que o Congresso está mais forte do que o presidente em exercício; mais do que isso, reitera o papel de divergência que o Poder Legislativo tem desempenhado frente ao Executivo, com seus representantes em troca de farpas públicas, discordância de decisões, além do recente apoio do presidente às manifestações contra o Congresso e o STF. Marte é o próprio regente da casa 4, a oposição declarada ao governo. O acirramento dessas disputas aparece como um dos primeiros assuntos a despontar no ano, já na Lunação de Áries. Tem cara de impeachment? Olha, não parece impossível, mas nada parece definitivo nesses primeiros meses do ano.

Entre noites de paneladas contra o presidente, escrevo algo que parece óbvio: os próximos meses são de crescente e inevitável insatisfação popular com o governo. O povo é representado pela Lua, essa que surge em Aquário na casa 2, e que faz um aspecto de quadratura forte com Vênus em Touro, o presidente. Masha’allah escreve que quando o significador do governante aspecta um planeta inimigo do ascendente, o governante estará numa situação humilhante. É o que acontece aqui: Vênus, o governante, em quadratura com a Lua, que é “inimiga” do ascendente em Capricórnio, por reger o signo oposto (Câncer). Em 2019 tivemos o mapa do ingresso com a Lua, o povo, minguante e aprisionada na casa 12, como um refém da própria sorte. A mudança desse cenário pro atual não é das melhores, mas já é alguma coisa. Ainda que a rejeição seja motivada por razões mais econômicas (casa 2) do que ideológicas, e que a rejeição também comece nas camadas sociais mais altas, a rejeição é uma realidade, a chacota já é pública.

A Lua minguante em Aquário também é regente da casa 7, que significa outras nações, e também inimigos declarados do país. As relações exteriores e a reputação do governante tendem a piorar no cenário externo.

Por último, observações mais técnicas para os estudantes e colegas astrólogos: Vênus em Touro está a 8 casas da casa 10 (é a casa 8 do governo e do governante, um cenário de forte instabilidade, ruptura, crise, perigo).
A dodekatemoria de Vênus é a 11º de Escorpião; a antíscia, 14º de Leão, também na casa 8. A ameaça existe? Digam aí o que acham.

Resumindo, em termos de poder, as disputas são acirradas e a oposição ao governo atual é mais forte do que nunca. Os primeiros meses parecem importantes para movimentações nesse cenário. Entre maio e junho teremos Saturno, Júpiter, Vênus em retrogradação, que no mapa da independência do Brasil (calculado para as 16h30 de 07/09/1822) são os regentes do povo, do Congresso e do Jurídico; é possível que aconteçam algumas reviravoltas nesse período.

Casa 2: economia e finanças

Lua na casa 2, o povo preocupado com ter o que comer e pagar as contas. Lote da Fortuna aparece aí, nos últimos respiros de Aquário, o que parece garantir o mínimo, não mais do que isso; já é alguma ajuda frente à situação tão austera de casa 1. Mas o regente da 2 ainda é Saturno em grau anarético, e a Lua na 2 ainda é uma Lua minguante. A economia não vai bem e parece difícil melhorar a médio prazo. A Lua representando outros países (regente da 7) na casa 2 também aparenta uma presença de capital estrangeiro no cenário nacional; podemos estar falando de privatizações, dívida externa ou desavenças econômicas e comerciais com outros países; como eu entendo pouco ou nada de economia, deixo aqui os testemunhos pra quem souber melhor as possibilidades do contexto atual.

Casa 3: Mídia e transporte

No ingresso de 2019, era Júpiter em Sagitário que ocupava a casa 3: tivemos um ano da imprensa ocupando um papel importante na difusão de informações, desestabilizando o cenário político. Esse ano quem aparece aqui é Mercúrio em Peixes. O mensageiro num signo mudo. Podemos esperar uma comunicação truncada, confusão e maior esforço para que as informações sejam compreendidas. Mas parece que o esforço aqui é mais sobre entender o que realmente importa, num oceano de excesso de informação. Apesar disso, Mercúrio aparece a 2º de Peixes, aplicando conjunção à estrela fixa Fomalhaut, da constelação de Piscis Austrinus. É uma estrela que estimula as capacidades mentais e promete sucesso na escrita e na ciência — pelo menos é o que Elsbeth Ebertin diz a respeito nos mapas natais. É também uma estrela afortunada e relacionada à espiritualidade. Com esse posicionamento, é possível pensar num cenário mais favorável à área científica, à produção acadêmica, aos estudantes de forma geral (essencialmente, representados por Mercúrio). A conjunção com Fomalhaut nas águas instáveis de Peixes é quase um alento à quem trabalha de alguma forma com a difusão do conhecimento; há de ser possível encontrar vias para uma comunicação efetiva e relevante, pautada na razão, não em fake news conspiratórias.

Mercúrio em Peixes como regente da casa 6, abrindo em Gêmeos, também vai representar o tema da saúde pública como foco da mídia nos próximos meses — o que também não surpreende, visto o contexto atual. O funcionarismo público, trabalhadores de forma geral e sindicatos também são assuntos da casa 6 e as questões de direitos trabalhistas estarão em pauta, o que é esperado com a desaceleração da economia em razão da mesma pandemia.

Júpiter, o regente da casa 3 e portanto das comunicações nesse mapa, está em compromisso com a oposição (Marte, regente da 4) e favorável ao Congresso (Marte também regente da 11), e essa conjunção com Marte sugere uma pressão grande da oposição através das mídias. Por último, Júpiter, por estar em “queda”, pode significar problemas ou interrupções nas redes de comunicação (a meu ver, não parece censura) e outras transmissões, assim como acidentes com transportes.

Mais uma provocação para colegas astrólogos e estudantes pensarem aqui: existem dois testemunhos curiosos sobre juízes, juristas ou líderes religiosos, de forma geral: ambas as categorias são representadas essencialmente por Júpiter, e também pela casa 9 e seu regente. Bem, o regente da casa 9 é o próprio Mercúrio em Peixes, em queda e exílio, e Júpiter também está queda. Podemos esperar a queda (não literal, risos) de figuras controversas nesses meios devido à disseminação de notícias? Acredito que sim. Esse Júpiter rege a própria casa 12, de perigos não vistos, e está por antíscia na 12 também.

Casa 5: cultura e entretenimento

A casa 5 é a que fala da cultura de um país, das festas, da diversão, do entretenimento. Ter Vênus domiciliada e jubilada aí é um indício favorável à área criativa, talvez como uma forma de reconhecimento de relevância do setor. Os aspectos com o trio em Capricórnio na casa 1 não ajudam muito, e nem com a Lua, e a qualidade fixa de Vênus aqui dá a entender que o cenário é mais de resistência e preservação do que de inventividade. Já tivemos cenários mais restritos e conservadores, mas não vejo grandes novidades por aqui. Tratemos de valorizar, então, o que é nosso por tradição.

Enfins

Esse é o cenário geral, olhando para os primeiros 6 meses desse ano astrológico — no final de setembro, às vésperas das (possíveis) eleições municipais, teremos o ingresso do Sol em Libra, e um mapa de previsões para a segunda metade do ano. No segundo semestre também temos um eclipse solar parcial, em 14 de dezembro (o único eclipse relevante para o Brasil esse ano), e a grande conjunção de Júpiter-Saturno em 21 de dezembro.

Até lá, muito chão pela frente. As previsões de períodos menores, no mês a mês, vem com a análise das lunações — a primeira delas, claro, em Áries, se inicia na próxima terça-feira, 24 de março. Esse ano todas as lunações serão publicadas com uma breve interpretação, aqui e/ou pelo instagram @alfaserpente (já segue lá também?).

Por ora, já temos bastante coisa pra absorver e também pra discutir sobre essas interpretações. Bora trocar figurinha nos comentários? Manda dúvidas, perguntas, palpites. O Sol voltou a Áries e esse sempre será motivo pra celebrar. Feliz ano novo pra nós.

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Ísis Daou
alfaserpente

observadora do céu, pesquisadora de símbolos e colagista autodidata