10 discos para um ano horrível
2016 foi um ano de merda.
Até aí, nenhuma novidade.
No entanto, queria resgatar uma tradição anual que eu mantive durante uma década de blogs (entre o período de 2003 até 2013) de fazer listas anuais de 10 discos que valem a pena dar uma olhada.
Normalmente uso o espaço aqui para falar de coisa séria, mas eu achei que escrever isso tudo no Face ia ficar longo demais, então dane-se.
Então, não obstante o ano horrendo, tivemos algumas coisas bem legais sendo produzidas — vários veteranos com discos geniais e alguns novatos entrando com o pé na porta. Como já virou regra nos últimos cinco anos, o cenário do que se consolidou chamar de “indie” tá um deserto criativo, e boa parte do produzido por bandas de “rock” (o que quer que ainda seja isso) tá um lixo. Mas o cenário Pop, R&B e eletrônico produziu muita coisa legal, e tivemos pelo menos três discos históricos de artistas com mais de 30 anos de estrada.
O que eu achei que (mais) valeu a pena esse ano:
10) Skuggsjá — A Piece For Mind And Mirror
9) PJ Harvey — The Hope Six Demolition Project
8) MIA — AIM
7) Savages — Adore Life
6) Aphex Twin — Cheetah EP
5)Alicia Keys — Here
4) Nick Cave — The Skeleton Tree
3) Leonard Cohen — You Want it Darker
2) David Bowie — Blackstar
- A Tribe Called Quest — We got it from here
Outras coisas que valeram:
O novo do Radiohead (melhor desde Hail to the Thief); duas ou três músicas do novo do Frank Ocean (Pink +White talvez seja a música do ano); vale dar uma ouvida no do Bon Iver (embora, sei lá); a Mixtape do Hamilton é muito massa — embora eu esteja sofrendo de exaustão com o musical.
P.S.: Esqueci de dizer que os discos novos do Suede, e do Chance The Rapper são maravilhosos.