10 discos para um ano horrível

Fabricio Pontin
Ensaio
Published in
2 min readDec 2, 2016

2016 foi um ano de merda.

Até aí, nenhuma novidade.

No entanto, queria resgatar uma tradição anual que eu mantive durante uma década de blogs (entre o período de 2003 até 2013) de fazer listas anuais de 10 discos que valem a pena dar uma olhada.

Normalmente uso o espaço aqui para falar de coisa séria, mas eu achei que escrever isso tudo no Face ia ficar longo demais, então dane-se.

Então, não obstante o ano horrendo, tivemos algumas coisas bem legais sendo produzidas — vários veteranos com discos geniais e alguns novatos entrando com o pé na porta. Como já virou regra nos últimos cinco anos, o cenário do que se consolidou chamar de “indie” tá um deserto criativo, e boa parte do produzido por bandas de “rock” (o que quer que ainda seja isso) tá um lixo. Mas o cenário Pop, R&B e eletrônico produziu muita coisa legal, e tivemos pelo menos três discos históricos de artistas com mais de 30 anos de estrada.

O que eu achei que (mais) valeu a pena esse ano:

10) Skuggsjá — A Piece For Mind And Mirror

9) PJ Harvey — The Hope Six Demolition Project

8) MIA — AIM

7) Savages — Adore Life

6) Aphex Twin — Cheetah EP

5)Alicia Keys — Here

4) Nick Cave — The Skeleton Tree

3) Leonard Cohen — You Want it Darker

2) David Bowie — Blackstar

  1. A Tribe Called Quest — We got it from here

Outras coisas que valeram:

O novo do Radiohead (melhor desde Hail to the Thief); duas ou três músicas do novo do Frank Ocean (Pink +White talvez seja a música do ano); vale dar uma ouvida no do Bon Iver (embora, sei lá); a Mixtape do Hamilton é muito massa — embora eu esteja sofrendo de exaustão com o musical.

P.S.: Esqueci de dizer que os discos novos do Suede, e do Chance The Rapper são maravilhosos.

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