7 Previsões Aliados para 2018 em Portugal

Equipa Aliados
Aliados Consulting
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4 min readJan 3, 2018

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O ano 2018 promete ser marcado por várias e importante novidades nas áreas da Economia, Sustentabilidade e do Futuro do Trabalho!

De forma a “aquecer os motores” para um ano de transformação positiva nas empresas, regiões e projetos, estivemos a refletir sobre quais serão as tendências, e também o que é que prevemos que o novo ano traga de novidade.

Partilhamos aqui as sete ideias que mais achamos que representarão o ano de 2018:

1. Economia Circular inspira a criação de novas Startups

Nos últimos anos, mas muito lentamente o termo “Economia Circular” começou a entrar no nosso vocabulário, sendo que em 2017 assistimos a um push claro quer por parte da Comissão Europeia, quer por parte do Governo Português para esta questão. Se por um lado, empresas e associações como a Amorim e a Lipor já são campeãs da Economia Circular, estamos a assistir a uma cada vez maior aproximação das empresas ao modelo da economia circular, sendo esta também uma excelente oportunidade para o nascimento de startups e novos modelos de negócio circulares desde raiz.

2. Cumpre-se a promessa da Inovação Social

Este será o ano a criação de impacto através da inovação social. Portugal é um país pioneiro na União Europeia na utilização dos fundos de coesão direcionados à Inovação Social, tendo criado o Portugal Inovação Social, dotado de cerca de 150 milhões de euros, verba essa que cuja implementação se concretizará em 2018 pela primeira vez, financiando o desenvolvimento e o crescimento de projetos inovadores que vão transformar Portugal, cumprindo-se em 2018 a promessa da Inovação Social. Exemplo de um investimento do Portugal Inovação Social, nomeadamente através das “Parcerias para o Impacto”, é o projeto EKUI que criou um conjunto de ferramentas que permitem uma comunicação inclusiva, em especial na educação.

Além disso, Portugal tornou-se recentemente no segundo país no mundo a criar incentivos fiscais em sede de orçamento do estado para o investimento social.

3. A tecnologia possibilita novas soluções em áreas tradicionalmente não tecnológicas

A tecnologia entrará nos dois últimos grandes bastiões, o social e o Estado. Nos últimos anos, já temos visto iniciativas como o Gulbenkian Hack for Good, o Montepio Social Tech e o Startup Simplex, pioneiros em aproximar áreas que até então tinham estado de costas voltadas. Em 2018, um número alargado de iniciativas irão nascer para garantir que as soluções desenvolvidas ganham a escala e têm o impacto que só a tecnologia pode proporcionar.

4. Open Space a caminho do museu

Frank Lloyd Wright o grande arquiteto americano conhecido por uma série de edifícios icônicos é também o criador do Open Space. Desde então o Open Space passou a ser símbolo de modernidade no trabalho, de colaboração, de fluidez de comunicação e agilidade. Contudo o Open Space é também sinónimo de distrações constantes, de interrupções sem fim e de uma baixa produtividade. Quando questionados sobre onde se sentem mais produtivos, a maior parte dos chamados “trabalhadores do conhecimento” dizem que são mais produtivos a trabalhar em casa, ou então no escritório quando toda a gente foi embora. Em 2018, assistiremos à revolta do Open Space em que mais e mais pessoas procurarão modelos alternativos de espaço de trabalho tirando o maior partido do que a tecnologia nos oferece.

5. Competitividade pelo talento estará ao rubro

Em 2018 a luta pelo talento principalmente nas áreas tecnológicas irá atingir níveis sem precedentes. Com a atracção de centros tecnológicos internacionais de empresas como a Uber, Zalando, Xing, Euronext ou Vestas e com o crescimento nas nossas scaleups iremos assistir inevitavelmente a uma subida dos salários, mas também à procura de novos modelos de funcionamento organizacional. Ao contrário do que é muitas vezes partilhado, os Millenials não querem apenas poufs e free food. Os Millenials querem sentir que são mais do que apenas uma engrenagem da máquina. Assim, muitas empresas começarão a aproximar-se daquilo que Frederic Laloux ,autor do livro Reinventing Organizations: A Guide to Creating Organizations, chama de Teal Organizations — organizações caracterizadas por self-organization e self-management.

6. Reskilling é uma nova palavra no dicionário

Num mundo que discute a Indústria 4.0, e a sua associação à automatização e à utilização do Big Data, que começa a compreender o poder desintermediador do blockchain, e começa a discutir a inteligência artificial, uma transformação que está associada é a necessidade de novas competências para este admirável mundo novo, e também a criação de novas competências que mantenham incluídos os trabalhadores do atual sistema económico.

Em 2018 o termo “Reskilling” entrará em força no dicionário da economia nacional, significando não apenas a criação de novas capacidades, mas também a própria reinvenção de pessoas, empresas, comunidades ou países, tal como refere a OECD. Exemplo disso é a transformação que a Finlândia teve necessidade de realizar em resposta à perda de competitividade do setor dos telemóveis, da qual a Nokia é a ponta do iceberg.

7. Ensino da programação tornar-se-á universal

A Europa precisa de 700.000 engenheiros informáticos hoje. Estudos recentes mostram que Portugal precisa de mais de 15.000 no imediato. Conseguirmos dar respostas a esta necessidade num curto espaço de tempo é quase impossível, mas estaremos a responder a este desafio de forma séria quando a aprendizagem de programação for equiparada à aprendizagem do Português ou Matemática. O Município do Fundão é um pioneiro e tem trabalhado com a Academia de Código para formar jovens e menos jovens com a competências para se triunfar na economia digital. Em 2018, outros municípios os seguirão.

Acreditamos que estas serão algumas das mais interessantes novidades do ano de 2018, mas certamente o ano não deixará de nos surpreender.

Como atores empenhados na economia de impacto, continuaremos a seguir a velha máxima de Peter Drucker, “a melhor forma de prever o futuro é criá-lo”!

Vamos a isso 2018!

A equipa Aliados

Photo by Freddy Marschall on Unsplash

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A Aliados — The Challenges Consulting constrói soluções para os desafios da economia de impacto.