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8 min readMay 21, 2019

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Preservar o meio ambiente é preservar a vida

OMeio Ambiente é onde a vida na Terra se desenvolve –, ou seja, trata-se do espaço em que seres vivos e não-vivos habitam e interagem. Ele engloba todos os indivíduos que estão incluídos com a vida no planeta. Em suma, é tudo aquilo que nos cerca, como a água, a vegetação, o solo, o clima, os animais, e até a humanidade.

No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente define os instrumentos para proteção do meio ambiente. É considerada o marco inicial das ações para conservação ambiental no Brasil. Através dela, o meio ambiente é definido como: “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

É impossível falar sobre meio ambiente e não pensar em sustentabilidade. O termo é abrangente, e envolve o planejamento da educação, economia a cultura para a organização de uma sociedade forte, saudável e justa. A sustentabilidade ambiental é um dos grandes desafios de vários países, incluindo o Brasil.

Mesmo com enorme biodiversidade, o Brasil tem sofrido com as ações humanas e naturais contra o meio ambiente. Um dos grandes problemas enfrentados é o aumento no número de queimadas nas diversas florestas do país. Isso afeta a qualidade da fauna e flora nacional. Prova disso é a diminuição de um dos biomas mais importantes do país: a Mata Atlântica. Mais de 900 km² da Mata Atlântica já foram destruídos. Apenas 8,5% do bioma original permanece. Assim, ela é considerada a vegetação mais ameaçada do país.

Além das queimadas e desmatamentos, o Brasil também sofre com a poluição de água dos rios e mares. Estima-se que cerca de 80% das doenças e 30% dos óbitos no mundo são causados por águas poluídas. Entre as fontes poluidoras mais significativas estão as indústrias domésticas e agropecuárias. Além disso, o país sofre com as enchentes nas cidades devido à grandes quantidades das chuvas aliado ao processo de urbanização sem planejamento nas grandes cidades.

A cada ano a situação do meio ambiente no Brasil e no mundo fica mais alarmante. É mais do que falta de consciência ou falta de educação ambiental: é o desrespeito à vida. Centenas de animais estão em extinção, assim como muitas espécies vegetais, apenas porque os seres humanos desejam produzir e vender mais. Agora é o momento de refletir sobre o que é prioridade e agir em prol da preservação ambiental para que a Terra continue habitável. O Brasil, como referência mundial em biodiversidade, tem papel importante nesse cenário.

Principais desafios do Brasil

É necessário deixar de priorizar construção de infraestruturas para automóveis e preferir sobretudo o transporte público

Osmunicípios da região Sudeste são os mais populosos do Brasil. Devido a esse fator, a região está sujeita aos maiores índices de emissão de poluentes por automóveis. A fim de promover a conscientização da população brasileira, o Mobilize Brasil é o primeiro portal que trata sobre mobilidade urbana sustentável. Marcos de Souza, assessor da empresa, apresenta alternativas e possíveis soluções para a redução dos impactos ambientais causados pelos veículos, tanto na região Sudeste quanto nas demais.

ALT: Optar pela mobilidade urbana de maneira sustentável ajuda realmente a reduzir os impactos ambientais?

Mobilize Brasil: Quando a gente pensa em mobilidade urbana sustentável, a gente está pensando em uma alternativa que permita que as pessoas circulem utilizando outros tipos de veículos, ou seja, veículos coletivos de preferência, e, se possível, elétricos, ou veículos leves como bicicletas, patinetes. A prioridade, no entanto, é optar pela locomoção a pé. Essas alternativas fazem com que o trânsito da cidade seja reduzido, e, portanto, se reduza o impacto negativo que o excesso de trânsito traz para as cidades. Falar de mobilidade urbana sustentável é uma tentativa de racionalizar custos e de encontrar formas de deslocamento nas cidades que evitem os malefícios trazidos pelos automóveis.

ALT: Quais são os principais impactos ambientais causados pelo uso excessivo de transportes?

MB: No Brasil, alternativas para o excesso de veículos começaram a ser procuradas a partir dos anos 1990. Mas isso já havia começado na década de 1970 nos países como Holanda, Alemanha e Dinamarca. Então, quando você pensa em uma cidade cheia de carros, você tem muitos acidentes. A quantidade de acidentes que são gerados por automóveis e motocicletas nas cidades do mundo é impressionante. Parte dos leitos do SUS e hospitais acabam sendo ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. Portanto, isso tem um impacto negativo na saúde, pois ao invés de esses leitos serem ocupados por pessoas com doenças eles acabam sendo usados para os acidentes. Esse é um custo gerado pelas empresas de automóveis e quem paga é a sociedade como um todo.

Hoje, quase 80% da poluição atmosférica urbana da cidade de São Paulo é gerada exclusivamente pelo sistema de transporte. Considerando a quantidade de doenças e problemas de saúde que são gerados por essa poluição, já percebemos o grande impacto na saúde pública. Além disso, há o problema da poluição acústica que também é gerada pelo excesso de trânsito. Isso não significa abolir o automóvel. O objetivo é tentar utilizá-lo de uma maneira mais racional.

ALT: Quais métodos podem ser usados para reduzir esses impactos?

MB: Mesmo que com as dificuldades e falta de recursos das administrações municipais e estaduais, o primeiro deles deve ser estimular aquilo que chamamos de mobilidade ativa, ou seja: melhorar as calçadas, as condições de caminhabilidade e acessibilidade nas cidades. Assim, os pequenos deslocamentos poderão ser feitos a pé ou cadeiras de rodas. O caminho seria mudar para automóveis menos poluentes, e migrar para uma cultura na qual as pessoas utilizem seus veículos apenas quando extremamente necessário.

O segundo passo seria mudar as prioridades. É necessário deixar de priorizar construção de infraestruturas para automóveis e preferir sobretudo o transporte público, na forma de ônibus, construção de metrôs, produção de veículos leves e uma rede de transportes públicos como bicicletas.

Leis que protegem nossa natureza

Fonte: Pensamento Verde

Lei dos Crimes Ambientais

Responsável por reorganizar a legislação ambiental quando se fala em punições e infrações. Esta lei dá condições para punição de infratores do meio ambiente.

Fonte: Laboratório Cavalieri

Lei da Política Nacional do Meio Ambiente

Obriga o poluidor a indenizar o Estado quando causar danos ambientais, já que o Ministério Público pode fazer o infrator recuperar prejuízos.

Fonte: Que Conceito

Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos

Cria normas para o gerenciamento apropriado de resíduos sólidos. Em outras palavras, estabelece que os resíduos precisam ser tratados de forma apropriada antes de serem descartados.

Fonte: Corelaw

Lei de Recursos Hídricos

Estabelece normas para a gestão de recursos hídricos. A água é definida como recurso natural limitado, com valor econômico, podendo ser usada para consumo, energia, transporte e lançamento de esgoto. Esta lei criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

O engenheiro florestal Israel Gomes Morais conversou com o ALT sobre um acontecimento marcante em uma unidade de conservação no Maranhão. Escute:

Você já deve ter ouvido falar sobre ONGs, mas sabe o que realmente são e como funcionam? Formalmente conhecidas como organizações não governamentais, as ONGs são instituições, na maioria das vezes, sem fins lucrativos que se dedicam a favor de uma causa. Elas fazem parte do que chamamos de terceiro setor: um conjunto de associações comunitárias, organizações e instituições filantrópicas, todas com proposito de incitar o bem no espaço em que estão inseridas. Com essa intenção, Ian Lazoski e Pedro Paulo Lins e Silva criaram a Welight, uma startup que desenvolve ferramentas para facilitar a geração de impacto social e ambiental, impulsionando o fluxo de recursos em prol de organizações do terceiro setor. A empresa surgiu a partir do projeto desenvolvido por eles que ajudava a levar água potável para vítimas da tragédia do Rio Doce e hoje consegue ajudar diversas ONGs.

Como a maioria dessas entidades depende de doadores para manterem-se ativas, os problemas enfrentados são muitos. “As fontes de doação podem se extinguir repentinamente, o que torna necessário um esforço constante de encontrar novas frentes de sustentação e expansão das atividades prioritárias”, conta Pedro Paulo Lins. Ele ainda reforça que, atualmente, a Welight consegue ajudar na manutenção de diversas ONGs: “Atuamos de maneira a otimizar o impacto gerado a partir do investimento social de pessoas empresas através de soluções que promovem um alto grau de transparência para o fluxo financeiro e para os resultados quantitativos e qualitativos gerados. Hoje, somos parceiros de 35 ONGs nacionais e internacionais e direta ou indiretamente de mais de mil empresas, tendo ajudado a distribuir em torno de R$ 500 mil reais para as mais diversas causas”. Mesmo com a ajuda de parceiros como a Welight, Lins acredita que a sobrevivência das ONGs não está fora de perigo. O governo atual, por exemplo, apresenta certos desafios. “As ONGs ambientais também enfrentam o enorme desafio de resistirem frente às políticas públicas predatórias, muitas vezes disfarçadas, adotadas pelo atual governo federal, que vem se mostrando como um forte oponente do terceiro setor e dos ativistas em prol das causas ambiental e indígena”, alerta.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), no Brasil existem cerca de 820 mil ONGs. Dessas, várias são dedicadas ao meio ambiente. Entre as mais conhecidas estão a World Wide Fund for Nature Brasil (WWF Brasil), que trabalha com a preservação da biodiversidade e orientam a racionalização de recursos naturais; a SOS Amazonas, que promove a conservação das florestas amazônicas; e o Green Peace, que conta com mais de 2500 ativistas dedicados a lutar pela proteção de nossas florestas e oceanos. Caso você se interesse por ações que promovem a preservação do meio ambiente, entre em contato com as ONGs Ecoa, ISA, Trevo e/ou Iniciativa Verde. Elas precisam de ajuda tanto financeira como de voluntários/as.

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Reportagens hipermidiáticas feitas pela equipe do ALT. Uma produção da Agência Brasileira de Jornalismo (ABJ).