Vai passar…

Pedro Henrique Machado
Alug escreve
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4 min readMar 27, 2020
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Assim como tudo na vida… uma hora vai passar… Basta sabermos a melhor forma de lidar com as intermitências que ocorrem durante o percurso de uma queda… É fato que a gente só aprende a levantar, quando antes caímos… mas, quem é que gosta de se machucar?

Cada tombo, traz consigo um ou uma série de APRENDIZADOS… E esse é o verdadeiro motivo para uma queda, esse sim a gente não pode simplesmente deixar passar…

certo que esse motivo, podia vir estampado logo de cara, para ficar claro onde é que erramos e onde é que podemos melhorar, mas não é… e não adianta reclamar… precisamos cair para entender… É como está escrito ali em cima:

É preciso cair para aprender a levantar

Aqueles que outrora já caíram vão saber do que eu estou falando: Tem tombo que a gente aprende logo de cara, mas tem uns que demoram dias, semanas, anos para darmos conta do seu verdadeiro propósito… mas ele vai estar lá, e quando a gente se depara com ele, logo vem o estampido:

“Ahh, foi por isso então”.

O que a gente não pode fazer, é simplesmente, deixar passar e achar que é simplesmente o acaso, ou pior, blasfemar:

"É a vida, fazer o quê?".

Encontrar o significado talvez seja o primeiro dos grandes desafios de uma queda, é basicamente encontrar a resposta para aquela tão famosa pergunta:

"Por que isso sempre acontece comigo?"

Pois é, chegou a hora de encontrarmos a resposta: Por que será que isso acontece comigo?

Que é a vida, isso a gente já sabe, a vida é cheia de quedas, mas e o que vamos aprender com essa em específico? Porque venhamos e convenhamos, não estamos falando de um "tombinho" qualquer né?

O que é que vamos tirar de aprendizado disso tudo?

E foi a procura por essa resposta que me trouxe até aqui… quem sabe durante esse texto, eu encontre o propósito para a minha queda, porque tem mais isso: Cada um cai do seu jeito, e concecutivamente, cada um tem a sua resposta, o seu aprendizado. Mas não vamos complicar mais… paremos por aqui:

Por que isso acontece?

Talvez precisemos olhar mais para o próximo e concecutivamente mais para si mesmo… quem sabe a gente precise cuidar mais de nós mesmos: falar melhor, pensar melhor, se alimentar melhor, ser a nossa melhor versão… quem sabe precisamos nos amar e amar o próximo sem medo e sem pré conceito, sem pensar no que vão achar da gente depois de um beijo do rosto de um colega, um abraço em um desconhecido… talvez seja esse o propósito: O AMOR, porque pensem comigo:

Quem de nós não queria se encontrar com alguém que a poucas semanas nem se dava conta? Quem não está sentido falta de um abraço apertado ou um aperto de mão? Aquela visita que antes a gente não suportava, está fazendo uma falta agora né? Pais, irmãos, primos, colegas, vizinhos, são importantes não é não? Lembra quando a gente pensava: "Não vejo a hora de chegar final de semana pra me trancar em casa e não por o nariz pra fora", e agora?

Um abraço, um beijo, um olhar… o que tem de tão complexo nisso?

Ou você vai me dizer que está sentido falta de caminhar pelas vitrines de uma loja chique? Andar pelo shopping cheio de gente desconhecida que não está nem aí para você? Se empanturrar em uma praça de alimentação? Entrar em uma loja e comprar o tênis mais caro, mesmo que ele não combine com você?

Acho que não né?

Agora um passeio em um parque, na rua do seu bairro… Uma caminhada com sua família, correr, andar de bicicleta… enfim…

Mais uma vez, o simples é o mais valioso, e a falta do que é simples, é o que mais machuca, não é não?

Talvez a gente nunca nem soube amar e o propósito seja nos ensinar a conjugar o verbo e não só usar o substantivo…

Por que venhamos e convenhamos, você se lembra da última vez que ajudou alguém sem querer nada em troca? A última vez que você perdeu o sono pelo simples fato de saber que existem milhares de pessoas passando fome, frio ou qualquer outra necessidade básica na mesma proporção que você se recusa a comer ou a vestir algo porque simplesmente não gostou? Quem aqui já doou sangue para salvar a vida de um desconhecido? Ou foi até um hospital visitar aqueles que não sabem o que é receber uma visita… Quem de nós foi até uma casa de abrigo contar uma história ou ouvir alguma de alguém que foi deixada lá a anos… Quem aqui ajudou um desconhecido? Pois é… acho que a gente tem muito o que aprender…

Quem sabe não seja essa a hora de aprender a amar, a dar valor no que realmente importa, a deixar de lado a mesquice, valorizar o que importa, o ar que respiramos, ou simplesmente, valorizar A VIDAAjudar o próximo, afinal, o próximo somos nós mesmos.

Nós somos o próximo para alguém e alguém é próximo para nós, a lógica é simples.

Que vai passar, a gente sabe… mas o que você vai tirar de lição disso tudo?

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Pedro Henrique Machado
Alug escreve

Um profissional de produto, professor universitário e empreendedor apaixonado por criação, processos, pessoas e práticas para desenvolvimento de software.