Rio de Janeiro (RJ). Foto: Mídia NINJA

No Brasil, fomos às ruas e paramos!

8 de março de 2017, e ainda recebemos flores e descontos em restaurantes e compras como se isso fosse o que nos bastasse num dia de luta como o 8 de março. Mas nesse ano foi bem diferente. Paramos e fomos às ruas pedir que ao invés de flores nos dêem respeito.

Juiz de Fora (MG) — Foto: Antonioni Cassará
Porto Alegre (RS) foto: Sofia Cortese/ Mídia NINJA

De Brasília, capital do país, a Solidão, no sertão pernambucano, mulheres pararam. O chamado à greve geral que ecoou das hermanas do Paro Internacional de Mujeres e do International Women’s Strike animou as brasileiras a PARAR e se juntarem, fazerem rodas de auto cuidado, cirandas, marchas, seminários, encontros, plenárias, performances, caminhadas, apresentações musicais, todas em uníssono pedindo pela vida das mulheres. Porque a ilegalidade do aborto continua causando mortes de mulheres que não deixarão de fazê-lo, mas o farão sem segurança. Porque a violência contra a mulher é uma realidade gritante no país onde matam-se mais transexuais no mundo, onde uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, onde o racismo é diário e massacra mulheres negras, onde lésbicas e bissexuais são espancadas e não tem suas opções sexuais respeitadas, onde mulheres deficientes tem poucos ou quase nenhum direito. Paramos contra um congelamento de 20 anos em investimentos na educação, saúde e assistência social que fará mulheres assumirem mais funções, contra reformas trabalhistas que farão mulheres trabalharem mais por menores e piores salários. Paramos pelo direito a moradia, a agricultura familiar, pelas mulheres atingidas por mineradoras, pelas atingidas por barragens, pelas originárias que são desconsideradas, pelas trabalhadoras sexuais que não são nem citadas.

Recife (PE) foto: Héllyda Cavalcanti Mídia Ninja . Parada Brasileira de Mulheres e Itatiaiuçu (MG). Foto: Mídia NINJA
Itatiaiuçu (MG) Foto: Mídia NINJA e Apitaço em Recife (PE) foto: Comunicação Colaborativa Parada Brasileira de Mulheres
Florianópolis (SC) foto: Francisco Antônio /Mídia Ninja
Boa Vista (RR) fotos: Yolanda Simone Mêne; Goiânia (GO) foto: Annie Marques/ Mídia NINJA
Solidão, no sertão Pernambucano, Foto: Comunicação Colaborativa Parada Brasileira de Mulheres; e Maceió (AL), foto: Gustavo Marinho
Em Mossoró (RN) as mulheres ocupam o INSS foto: Camila Paula; Teresina (PI) Fotos: João Allbert/ Mídia NINJA
Ipatinga (MG) foto: Helenice Viana/ SECI; Cabo Frio (RJ) foto: Mídia NINJA e Formosa (GO) foto: Direção Estadual do MST Goiás
Rio Branco (AC) foto: Rose Farias, Santa Cruz da Baixa Verde (PE) foto: Comunicação Colaborativa Parada Brasileira de Mulheres; 500 mulheres do MST marcham até na em Cuiabá foto: Francisco Alves/ Mídia NINJA

Mulheres que não puderam parar um dia em seus empregos puderam se juntar às ruas, aos apitaços, às marchas, possibilitando que as vozes fossem amplificadas e ouvidas mundo a fora.

Brasília (DF). Foto: Mídia NINJA
Curitiba (PR) foto: Melito Junior e São Paulo (SP) foto: Rita Souza / MTST / Mídia NINJA
Belo Horizonte (MG). Foto Mídia NINJA
Cuiabá (MT). Foto: Francisco Alves/ Mídia NINJA
Manaus (AM). Foto: Mídia NINJA
Catalão (GO), Foto: Tereza Steil/ Mídia NINJA. Salvador (BA), foto Daniela Moura/ Mídia NINJA
Petrópolis (RJ) foto: Mariana Kreischer; Brasília (DF) foto: Laís Vitória/Mídia NINJA; Fortaleza (CE) foto: Comunicação colaborativa Parada Brasileira de Mulheres
Anhanguera (GO) foto: Annie Marques; Rio Verde (GO) foto Lucas Victor Lima; Maranhão foto: Comunicação Colaborativa Parada Brasileira de Mulheres
Campinas (SP) foto: Angela Helena/ Mídia NINJA; Vitória (ES) foto: Luisa Centeno

Nós mulheres paramos por muitos fatores, mas fomos às ruas principalmente pelo bem viver. Pelo direito das mulheres terem seus corpos respeitados, suas vozes ouvidas, seu direito à felicidade válido numa sociedade que não se importa com elas.

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Brasília (DF). Foto: Léo Milano/ Mídia NINJA
Rio de Janeiro (RJ). Foto: Isadora Freixo/ Mídia NINJA

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