Mulheres na tecnologia: a importância das comunidades femininas dentro e fora das organizações

AMARO
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3 min readOct 13, 2021

Você não sabe que precisa de uma comunidade feminina até viver em uma, e esse é um dos motivos que torna o aumento do índice de mulheres no mercado tecnológico ainda mais importante. Não somente pelos benefícios da representatividade de gênero, especialmente em cargos de liderança, onde almejamos naturalizar a presença feminina, mas também para a construção de espaços organizacionais nos quais seja possível estabelecer uma rede de apoio sólida e um ambiente saudável para que as mulheres possam desempenhar suas funções e se desenvolver plenamente.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, as mulheres representavam apenas 20% dos profissionais de tecnologia do Brasil. Esse dado, ainda muito distante do necessário para que haja a equidade de gênero, além de impactar diretamente no senso de pertencimento e reconhecimento das mulheres na área, também diminui a probabilidade de haver mais de uma mulher atuando em um time ou instituição. Isto dificulta a formação de espaços e grupos femininos no setor tecnológico das empresas e, por efeito disso, inviabiliza que muitas mulheres possam usufruir dos benefícios da convivência em comunidades femininas.

Fazer parte de um conjunto de pessoas que compartilham de interesses, perspectivas e adversidades similares às nossas é uma oportunidade única para dividirmos nossas dores, compreendermos nossos direitos e nos identificar coletivamente. Um fato que evidencia isso, são os impactos positivos que os diversos projetos e iniciativas coletivas como WoMakersCode, {reprograma}, Mulheres de Produto, UX para Minas Pretas, Ladies that UX, entre vários outros, causam na vida de mulheres que desejam entrar ou se especializar no setor tecnológico, contribuindo desde capacitações profissionais até a viabilização de novas oportunidades.

As comunidades femininas são fundamentais para expandir a nossa participação no mercado e para auxiliar no processo de inserção de novas mulheres no setor. Para mulheres já inseridas no mercado, estar em um coletivo é tão importante quanto, pois conviver com outras mulheres no dia a dia de trabalho nos fortalece, potencializa e empodera como profissionais. Estar em uma empresa que propicia o encontro de mulheres no setor tecnológico é um privilégio que desfruto desde que fui integrada ao quadro de funcionários da AMARO em julho deste ano.

O fato da igualdade de gênero fazer parte da cultura da empresa foi um dos principais motivos que me fez decidir participar do processo seletivo, e sinto diariamente o impacto positivo dessa decisão na minha construção profissional, pessoal e social. Recentemente, fiz questão de agradecer e enaltecer uma colega de trabalho pelo seu posicionamento de se reafirmar e lutar para ser ouvida, quantas vezes fosse necessário, até dar certo. Enquanto eu, na mesma situação, possivelmente teria recuado, mesmo acreditando que meu argumento fosse importante para a discussão. Todavia, foi somente agora, próximo ao Ada Lovelace Day — uma celebração internacional das conquistas das mulheres na ciência, tecnologia, engenharia e matemática, que possui esse nome em homenagem a Augusta Ada Byron King, a primeira pessoa programada da história — que começamos a abordar a temática de mulheres na tecnologia, que eu entendi o que essa colega realmente representou para mim: força, coragem, inspiração e principalmente identificação, pois pela primeira vez, nesses 4 anos de mercado, senti que havia encontrado uma pessoa que entende e partilha dos mesmos desafios que eu por ser uma mulher trabalhando com tecnologia.

É em razão disso que agrego tanto valor à influência das comunidades femininas, afinal, são as mulheres que convivo diariamente na AMARO que me mostram que eu verdadeiramente pertenço à empresa e à área da tecnologia. Por saber o privilégio dessa coletividade que eu incentivo as mulheres que desejam entrar na área, e as que já estão nela, que busquem ou criem suas comunidades, dando oportunidades e suporte umas às outras e abrindo novos caminhos para as próximas que virão.

Somos nós quem estamos criando o setor de tecnologia no qual as nossas meninas irão trabalhar um dia e precisamos garantir que as próximas “Adas” tenham espaço para existir e deixar seu legado na história do mundo.

Conheça as mulheres do time de tech & data da AMARO: amaro.com/women-in-tech

Thaise Pôrto, UX/UI Design na AMARO

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