Brasil desaponta contra a Inglaterra e levanta importantes questões
No último sábado dia 6 de outubro, a Seleção Brasileira Feminina enfrentou a Inglaterra, que atualmente ocupa a sexta colocação no ranking da Fifa. O resultado foi 1 a 0 para as Inglesas.
No plantel, as inglesas contam com boas jogadoras como as defensoras Lucy Bronze do Lyon e Houghton do Manchester City, a meio-campista Christiansen também do Lyon, a atacante Toni Duggan do Barcelona e principalmente a meia atacante Kirby do Chelsea. Logo, um resultado adverso para o Brasil era tratado como natural por quem acompanha a modalidade (e o resultado de fato foi uma derrota magra), porém o Desempenho do Brasil foi mais uma vez abaixo do esperado.
O Brasil de Vadão tem um perfil Reativo, com jogadoras que conduzem a bola com velocidade e aproveitam os espaços cedidos pelas adversárias no terço final, é uma equipe que prefere chegar ao gol adversário rapidamente. Mas esta ideia de jogo só se consolida em equipes defensivamente sólidas e organizadas, e este ainda não é o caso da Seleção Brasileira em 2018.
Como contra a Inglaterra, no início das partidas o Brasil geralmente busca pressionar as equipes adversárias já na saída de bola, buscando recuperar a bola perto do gol adversário. Mas a falta de coordenação na pressão à bola e as dinâmicas defensivas de Vadão num contexto geral não vem funcionando, o time brasileiro sofre muito para defender os lados do campo e, ao falhar na pressão alta, tem sua transição defensiva muito lenta.
Já defendendo em bloco médio, ou baixo, os problemas defensivos pelas laterais seguem. Além disso, a equipe deixa espaços perigosos atrás das volantes. Vadão a meses declarava abertamente o desejo de reintegrar a atleta Formiga (que havia se aposentado da Seleção) provavelmente visando preencher esta lacuna no meio campo, já que Formiga tem características de uma volante de Área-à-Área. Thaisa, que é geralmente uma das volantes titulares, joga sobrecarregada neste setor e necessita de uma companheira com um perfil diferente das atletas mais bem cotadas para a posição. Andressinha por exemplo, tem mais em seu perfil a construção de jogo com a bola e não defende tão bem, peca na pressão pós-perda, na transição defensiva e na intensidade. Uma das más noticias é que nesta primeira amostragem, Formiga, já com 40 anos, apesar de esbanjar elegância em campo, da mostras de que não tem o mesmo vigor de outrora.
No 1º tempo, a Inglaterra deu 1 finalização a cada 3'45" e acertou o gol Brasileiro a cada 15 minutos .
Na segunda etapa, as inglesas finalizaram a cada 4 minutos e meio e finalizou em gol brasileiro a cada 11'15".
Já a equipe de Vadão finalizou a cada 9 minutos em gol inglês e acertou o alvo a cada 22'30" no 1º Tempo.
Na etapa final, foi uma finalização a cada 11 minutos e 15 segundos e uma em gol com Raquel dentro dos 45 minutos.
Individualmente, a boa notícia da partida foi a estreia de Kerolin e a boa exibição da goleira Bárbara. A ponta que joga na Ponte Preta e tem passagens pelas categorias de base da seleção brasileira. Mesmo com poucos minutos, a jovem mostrou personalidade, incomodou a defesa inglesa nos minutos finais e deu duas finalizações perigosas que foram interceptadas pela defesa inglesa. Já Bárbara fez grande defesa no segundo tempo e teve uma partida segura.