Parejo e o “Xavismo”

Nato Duarte
AmplitudeFc
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3 min readNov 1, 2019

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Não é de hoje que o futebol do meio campista Daniel Parejo encanta, sem sombra de duvidas é o “termômetro” do Valência, não é incomum chegar ao pensamento de que se o ELE está bem, o time consequentemente está bem. O que chama a atenção e nisso entra o título deste texto é a maneira como atua. A forma como domina o meio campo e o centro das ações o faz lembrar de outro grande jogador, Xavi Hernandez, O lendário meia do Barcelona formado e moldado em LA MASIA — Centro de formação de atletas do Barcelona , surge a dúvida: Como pode um jogador formado na base merengue (Real Madrid) herdar por estilo tamanha semelhança em alguns pontos com Xavi? São filosofias e maneiras de ver futebol muito distintas nas duas bases, tentaremos entender:

O “Xavismo

O Neologismo permite, o termo “Xavismo” de fato, não está em nenhum dicionário, mas ele contempla uma série de características de um jogador, fica fácil de entender: liderança, técnica, bola parada, organização, fluidez. O exemplo vem nessa ilustração na final da “Copa do Rei” 2018/19 em que o ritmo do time passa pelo poder de organização da equipe, mesmo sem ter a bola, atraindo espaço para outros jogadores aparecerem:

O Controle do meio campo: Como já mencionado Parejo, traz com sigo essa característica, de “limpar” o meio campo, de escolher as melhores opções de passe, sim, parejo parece estar em câmera lenta, mera ilusão, está sendo rápido no raciocínio, que comandarão ações futuras. O vídeo Abaixo contribui muito com a analise, e também foca na semelhança.

Jogar à frente da linha de defesa: Este talvez, o mais parecido dos pontos que liguem Xavi a Parejo, atuar nessa posição é extremamente difícil, qualquer erro numa região tão próxima de seu gol, pode ser um “tiro no pé”, o que não é o caso de Parejo. Nesta posição, com ampla visão do que pode ocorrer virou um belo “REGISTA”, responsável por armar o time uma linha abaixo da de volantes adversário.

Dani Parejo conduzindo o time de trás.

Marcelino Toral e o centenário do Valência

Talvez, Marcelino seja um dos responsáveis por Parejo ser um dos melhores meio campistas do mundo, hoje. O ex-treinador do Valência foi determinante em seu posicionamento, lhe atribuir a braçadeira de capitão, além de lhe dar a confiança que ele precisava, com isso as boas atuações viraram rotina, o tornando um jogador de Seleção Espanhola e Culminando no grande título da “Copa do Rei 2018/19”, após 11 anos ,contra o Barcelona de Messi, um título que evidencia o grande momento de Parejo, completamente adaptado à Valência, em sua 9ª temporada no clube, mesmo com rumores de sua saída, segue exuberante.

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