Pratica o plano B. angkok

Fui à Tailândia por impulso. Voltei com 19 dias do que é saber o que é estar vivo. Ideal para principiantes do Backpacking conheçam as minhas top-tips

Ana Catarina Margarido
NitaAbroad
5 min readDec 17, 2017

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Wat Pho, Bangkok, Thailand, nov 2017

Recebi a chamada do taxista. Era o momento de pegar na backpack 🎒 e seguir viagem para o aeroporto de Gatwick.

Comecei a rir sozinha. Apesar de ter estado sempre bastante entusiasmada com a viagem tinha apenas o voo e primeiras 3 noites no hostel marcadas.

Não fazia a menor ideia do que estava a fazer. Não fazia ideia de como iria preencher 19 dias! Um nervoso miudinho e uma ansiedade tomavam conta de mim.

Entrei dentro do táxi e segui a viagem a pensar se existiria alguma coisa importante que me tivesse esquecido de pôr na mala.

Tudo o que pôr na mala para a Tailândia: Passaporte, Protector solar, After Sun, Chapéu, Roupa para uma semana — mais do que isso não aguentam o peso, T-shirt’s para poder entrar nos templos — aqueles lencinhos a tapar os ombros são uma mentira, ninguém entra só com isso-, Bikini, Calças de ganga — para a selva é bom para prevenir carraças, picadas de insecto etc-, casaco- leve, para a chuva mas também para a selva, para os pontos mais altos nas montanhas porque faz temperaturas negativas, para os aeroportos e para todos os locais com ar condicionado porque são sempre exagerados, chinelos, umas boas sapatilhas, repelente contra picadas de mosquitos, toalha praia/banho de preferência secagem rápida, câmara fotográfica e uma mochila pequena para transportar apenas o essencial para as tours. Algumas atividades requerem mudas de roupa! Muito importante é levar desinfectante para as mãos, sabonete ou toalhitas. Tudo o que são produtos de higiene são relativamente caros, difíceis de encontrar em casas de banho públicas e não é preciso enfatizar que são necessários! Levem o guia da LonelyPlanet para quando ficarem presos sem saber o que fazer poderem ler sobre outras opções de itinerário, preços e formas de deslocação.

Tive a minha primeira conversa com um indivíduo natural do Afeganistão (isto aqui em Inglaterra é o pão nosso de cada dia a conhecer novas nacionalidades, mas Afeganistão acho que nunca tinha acontecido). A viagem tornou-se tão interessante que quase me fez esquecer que estava a caminho da Tailândia.

Tinha de levantar dinheiro e troca-lo por Bahts (moeda thai). Apesar de ter pedido no banco não tinha chegado a tempo de o ir buscar. Cheguei ao aeroporto para levantar dinheiro e o cartão não estava a funcionar. Percebi nesse momento que o improviso ia ser Rei naquelas férias.

Para tudo na vida existe um plano B – neste caso C de Crédito 😂.

Top-tip: Levar cartão de crédito. Muitas das Tours que fizemos nesses 19 dias apenas deixavam que o pagamento fosse em cartão de crédito ou paypal. Apesar disso, levantar dinheiro ou trocar dinheiro é facilíssimo na Tailândia. As opções e oportunidades são aos milhares.

Encontrei a minha melhor amiga no aeroporto. Apanhamos o avião ✈️ para Bangkok com escala no Dubai. Viajar pela Emirates é de facto outra classe. O conforto é tanto que as 14horas passaram a voar não só literalmente mas também em perspectiva.

O aeroporto de Bangkok começou com a natural espera de controlo de passaporte, um carimbo válido para 30 dias no país e um cartão de imigração (que acabei por perder mas é suposto entrega-lo na volta). Tenho de admitir que me passou pela cabeça não voltar antes dos 30 dias. (Para quem quiser ficar mais de 30 dias precisa de visa!)

O jet leg não foi pesado, mas não posso dizer o mesmo na volta. Tailândia tem UTC +7h por isso na volta vivi o mesmo dia 2 vezes.

Apanhamos um comboio para o centro da cidade. Daí teríamos de mudar de estação para entrar no metro e poder fazer outra linha de comboio em direção ao nosso hostel.

Top tip: Façam download das apps hostelworld, Booking, Grab (uber da tailândia mas em que se pode pagar em dinheiro vivo), Emirates, Air Asia, Bangkok airways, Thai Mobile e um conversor de moeda.

Chegamos à hora prevista. Deixámos os templos para o dia seguinte para poder chegar de manhã cedo antes das enchentes de turistas e fomos passear pela Chinatown.

Bangkok é uma cidade 🌆 gigante, impossível de visitar a pé, com um trânsito sem regras: os semáforos são apenas para referência porque carros, carrinhas, motas, tuk-tuk, bicicletas, mini-vans… tudo passa quando acha que tem espaço 😳 para além de passarem no vermelho, a condução em sentido contrário também é constate 😱 A pobreza está à vista e a poluição do ar chega a ser insuportável. Pessoas de máscara são uma constante e a mistura de cheiros 24/24.

Apesar da maioria das pessoas com quem falei que tinham ido à Tailândia me terem aconselhado passar pouco tempo em Bangkok (2, 3 dias) tenho a dizer que as possibilidades são enormes.

De facto saí sem ter visto o Wat Arun que é um dos top 10 e sem entrar em nenhum museu.

Existem possibilidades de tours Around Bangkok que vale a pena ficar a dormir em Bangkok e fazer ida e volta entre elas: Ayuthaya, Damnoen Saduak Floating Market e Kanchanaburi.

Se as possibilidades à volta de Bangkok são bastante satisfatórias, uma das que tenho a aconselhar é a aula de Muay Thai. Apesar de ser referida nos guias poucas são as pessoas com quem falei que realmente a fizeram.

Pois bem, apesar de achar que a casa do Jim Thompson é um must do a aula de Muay Thai não fica nada atrás!

Eles falam inglês, estão habituados a receber turistas.

Não se atrevam a ir a uma aula, marquem uma hora de personal training. Uma hora chega para ter um cheirinho da modalidade e no fim prescrevem alguns exercícios para treinarem quando chegarem a casa — para o dia de São nunca à tardinha portanto.

Nos subúrbios de Bangkok ficariam impressionados com a importância desta modalidade. Um dos taxistas que uma vez apanhámos estava a ver uma luta ao mesmo tempo que conduzia! Sim, eu já tinha dito que em relação à condução com eles nunca dá para confiar.

Para concluir posso afirmar que Bangkok vale pelos templos. São super lotados de turistas e nem sei como tenho fotos quase sozinha. Um milagre.

Depois de verem os templos em Bangkok nenhum outro será igual. Estes são absolutamente impressionantes!

Se tudo correr bem, vão amar Bangkok e odia-lo depois de chegarem a Chiang Mai. É que Chiang Mai é tão bom que Bangkok passa a ser uma migalha na vossa experiência.

Fiquem a saber tudo sobre Chiang Mai brevemente, na minha próxima rúbrica.

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