Front in sampa 2018 — Um dia inteiro de Front-End.

André Bonatte
Andre Bonatte
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5 min readAug 24, 2018

Dia 14 de julho de 2018 rolou o FrontInSampa, um evento focado e imerso no mundo do Front-End. — Tão bom que apaga o fato de ter que pegar o avião as 6 da manhã no Rio pra chegar lá em São Paulo na hora do evento — . Foram 10 palestras com profissionais muito ativos no mercado, cobrindo diversos temas relacionados ao desenvolvimento Front-End: Css e Ui, Ux, frameworks, cultura nas empresas, qualidade de software e até Machine Learning e Blockchain com JavaScript. Abaixo contarei um pouco mais sobre a minha experiência no evento!

Resumo das palestras:

Rafael Fabeni — Cultura do Desenvolvimento Revisitada.

Rafael Fabeni expõe suas descobertas em como está a cultura nas empresas e nas equipes de TI atualmente.

Fernanda Bernardo — Perceived Performance

Fernanda explica o conceito de Perceived Performance e como podemos utilizar da percepção do usuário para criar a aparência de melhor performance na nossa aplicação web.

Fernando Daciuk — Immutable JavaScript

Daciuk explica o conceito da imutabilidade no JavaScript e como podemos nos aproveitar disso no dia a dia

Alda Rocha — UXD: A Manopla do infinito do Design

Alda Rocha mostra que a complexidade do UX vai muito além de “criar wireframes” como muitos pensam, e destrincha os pilares que compõem um trabalho de UX.

Lucas Silva — Acessibilidade, CSS e UX

Sempre ouvimos falar da importância em se ter uma página web assessivel e Lucas expõe as possibilidades para um CSS Acessível.

Kete Rufino e Rod Costa — CSS in JS: Styled components na Nubank

A dupla da Nubank fala um pouco da nova tendência no mercado de se usar o CSS dentro de um componente React.

Júlio de Lima — Testes : Desenvolvendo como um QA

Júlio é um analista de Qualidade e mostra como um QA pensa - e aje - na hora de testar uma página.

Wiliam Grasel — E o Angular? Morreu ou não?

William mostra como o Angular ainda está bem ativo no mercado e o que esperar de novidades nas próximas versões da tecnologia.

Isa Silveira — Machine Learning, JavaScript e o Ócio.

Isa conta sobre sua aplicação de reconhecimento facial utilizando Machine Learning e JavaScript e lembra como criar aplicações automatizadas pode de dar mais tempo pra fazer qualquer outra coisa.

Matheus Lima — JavaScript e Blockchain

Matheus explica os conceitos do blockchain e como ele pode ser combinado com o JavaScript

Todas as palestras foram maravilhosas mas algumas, particularmente, caíram mais nos meus gostos e interesses, e me fizeram sair de lá querendo logo estudar e testar.

A Fernanda falando de Perceived Performance foi mind-blowing. Sempre que pensamos em performance, logo pensamos no lado técnico. Mas ela mostrou como usar da psicologia e da percepção do usuário pra criar a ilusão de performance na sua aplicação. E fez isso de forma bem divertida fazendo algumas “brincadeiras” com a platéia. Alda falando de UX me deixou com a vontade de participar de uma equipe de UX na hora. É um assunto novo — pra mim — ainda, mas que também já estou buscando saber mais. Ela também ressaltou a dificuldade de muitas pessoas de entrar mais na área do design por, normalmente, precisar de equipamentos e softwares muito caros -$$- e foi algo que me identifiquei bastante. Ela destrinchou o trabalho de uma equipe de UX nas partes que o compõe — arquitetura da informação, design de interação, engenharia de usabilidade,visual design, engenharia de prototipação, estudo do usuário — e fez sua explicação fazendo uma comparação com as jóias do infinito (de Vingadores Guerra Infinita).

Sobre blockchain, eu já tinha escutado diversas explicações, e sempre ficava uma dúvida no ar. A explicação do Matheus Lima, sinceramente, foi uma das melhores que já vi sobre o assunto. Por ser um assunto muito extenso, e que muitos não conheciam ainda, a palestra focou mais na parte Blockchain do que na parte JavaScript. Ele passou pelo Bitcoin, o conceito de smart contracts e o Ethereum. Enfatizou que, como a Web2.0 veio resolvendo diversos problemas da Web1.0, a ideia do blockchain pode ser um fator de extrema importância para uma possível web 3.0 que virá resolver os problemas da geração anterior. Para fechar, ele comentou sobre o web3.js, uma biblioteca para se conectar ao blockchain do Ethereum e sobre o Truffle, um framework completo para trabalhar com Ethereum e react.

E, pra finalizar, a palestra da Isa Silveira mostrou o que muitos ainda não esperavam: machine learning no browser! Ela contou sobre a aplicação que ela mesmo desenvolveu de reconhecimento facial em fotos — pra ajudar a mãe dela a achar fotos antigas — usando redes neurais convolucionais com o tensorflow.js, uma biblioteca JavaScript que permite desenvolver aplicações com Machine Learning no browser.

Ela comentou que poderia ter utilizado um software de terceiros pra fazer o reconhecimento facial pra ela, mas aí não seria algo de controle dela e ainda teria que fazer upload foto por foto, de qualquer forma, o que daria muito trabalho. Também poderia ter feito uma aplicação server side com uma biblioteca em python mas o tráfego de dados poderia ser muito grande. Por isso ela optou por usar o tensorflow.js e trazer o trabalho do machine learning para o client side: teria as vantagens do machine learning e não precisaria fazer o malabarismo de dados de um lado para o outro já que o trabalho seria todo feito no front end. Ela enfatizou também que, dessa forma, o estudo de machine learning fica mais acessível para àqueles iniciando o aprendizado na área.

Terminando sua palestra ela lembrou que uma das principais tarefas da tecnologia é essa: automatizar e facilitar as tarefas que a gente não quer fazer pra termos mais tempo para fazermos o que for que quisermos fazer. E, fechando com chave de ouro, nos incentivou a estudar menos de “apenas o que o mercado está pedindo” e estudar mais de “o que a gente acha legal de fazer”, porque às vezes a gente esquece que está na área, não só pelo emprego, mas que também a gente está na área porque ama programar.

Front in Sampa é o evento que vou carregar pra sempre comigo e, com certeza, estarei na edição de 2019. Vale muito a pena a viagem e espero ter conseguido aqui passar o quão legal — e instrutivo — foi esse evento.

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André Bonatte
Andre Bonatte

Estudante de engenharia da computação, trabalhando há 1 ano com desenvolvimento web e buscando me aprofundar em Front-End, UX e UI